quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Lembram-se das neves do Kilimanjaro? Em 20 anos podem acabar

A conferência do clima de Copenhague, em dezembro, acontecerá à sombra dos momentos finais de um dos maiores símbolos da África, informa O GLOBO em reportagem publicada nesta terça-feira. A icônica imagem do cume gelado do Monte Kilimanjaro já é passado, pois existe muito menos neve lá agora do que há 20 anos. E um estudo apresentado nesta segunda-feira não dá mais do que outras duas décadas para os últimos campos de gelo desaparecerem por completo.
Possivelmente, em dez anos não haverá neve, indicou a pesquisa, a mais detalhada já realizada. A causa mais provável, afirmam pesquisadores, é o aquecimento global. Geleiras tropicais, como o Kilimanjaro, estão entre os lugares mais vulneráveis da Terra à elevação da temperatura.
Localizado na Tanzânia e com 5.892 metros de altura, o Kilimanjaro é o ponto mais elevado do continente africano - e também uma das suas imagens mais conhecidas, atraindo 40 mil turistas por ano. Mas dificilmente Ernest Hemingway teria inspiração hoje para escrever "As neves do Kilimanjaro", publicado pela primeira vez em 1936. A paisagem atual é um arremedo daquela vista nas primeiras décadas do século passado. Na verdade, hoje existe 15% do gelo registrado em 1912, quando começaram medições regulares. E análises do gelo e das rochas indicam que a montanha nunca teve uma cobertura de neve tão pequena nos últimos 11.700 anos, nem mesmo durante períodos de seca severa, que duraram mais de 300 anos.

Mas....enquanto isso...

Lula arrisca perder o bonde de Copenhague  
MARCELO LEITE
COLUNISTA DA FOLHA

É mais comum o governo Lula perder uma boa oportunidade de calar. Ontem ele deixou passar em branco uma chance de falar -e dizer a que veio, em matéria de aquecimento global e liderança mundial.
O acordo de Copenhague, que deveria ser fechado em dezembro para substituir o Protocolo de Kyoto a partir de 2012, está à beira do abismo. A última rodada de negociação, em Barcelona, vai de mal a pior.
Países africanos, que têm muito a perder caso se confirmem as previsões científicas de aumento de 3C ou mais neste século, ameaçam abandonar a reunião. Bolívia e Venezuela, que nada têm a perder no quesito responsabilidade, lançaram gás e gasolina na fogueira.
Era o momento adequado para Lula demonstrar a liderança inovadora que lhe atribuem no estrangeiro. Mesmo que não anunciasse os 40% de redução de emissões de gases do efeito estufa almejados por seu ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, qualquer cifra acima dos 20% garantidos pela trajetória atual de redução do desmatamento já ajudaria a aliviar a atmosfera.
A decisão fica adiada até 13 de novembro, quando faltarão 22 dias para Copenhague. O Brasil segue o exemplo dos EUA, que não conseguem fechar uma posição por dificuldades políticas domésticas. A diferença é que lá se trata de uma dissensão no Legislativo, não no Executivo.
Ronda o Planalto o velho espectro da incapacidade de arbitrar entre visões divergentes. Os ministérios do Meio Ambiente, das Relações Exteriores, da Ciência e Tecnologia, das Minas e Energia e da Agricultura nunca chegarão a um acordo sem intervenção do presidente da República.
O Brasil pode, sim, contribuir para desatar o nó de Copenhague. Só depende de Lula.

Então, estamos fritos! Literalmente!

Deixando o Rancor de Lado: Cultivando a Liberdade Interior

O   rancor é um sentimento negativo que pode prejudicar nossa saúde mental e nossos relacionamentos. Abaixo, apresento algumas estratégias ...