terça-feira, 30 de novembro de 2010

E se?

Você tem certeza do que vai acontecer quando morrer?
Como será partir desta, e por que dizem "para uma melhor"? Quem garante será melhor? E se eu gosto da minha vida, gosto de viver aqui, porque seria "uma melhor" morrer?
E se o "Nosso Lar" estiver certo? e se estiver errado? E se não existir nada ou e se existir o nada? Como será viver no nada? Allan Kardec escreveu à exaustão sobre o tema e ainda existem milhões de pessoas que não acreditam numa linha do que está contido em O Livro dos Espíritos, Gênese, Céu e Inferno....budistas e hinduístas acreditam que podemos renascer como formigas, pulgas, bois, ratos, peixes...e se for assim mesmo? teremos consciência disso? seremos um gato filósofo? uma aranha hermetista? e se existir o céu como os católicos tanto apreciam? e São Pedro com sua chave mestra, e o Diabo tomando conta do Inferno...e os anjinhos tocando flauta? Como as flautas ou harpas (tem gente que fala que não é flauta, que são harpas, enfim) chegaram lá no céu? Quem levou? De que material são feitas? Teremos espíritos samaritanos nos ajudando na passagem? Existe um espírito auxiliar para cada ser humano encarnado? Tipo Nicolas Cage em "Cidade dos Anjos"? Até pra traficante? Traficante tem mentor? O que faz o mentor de um assassino? Chora? Lamenta? Se sente um fracasso? E de político corrupto? O que sente o mentor de um corrupto, e de um pedófilo, de um estuprador? Somos consciências divinas e para onde vai essa energia que nos anima aqui neste planeta? Do pó viemos? Do pó cósmico, sim, viemos e para lá iremos? Por que é tão difícil amar ao próximo? por que é tão difícil amar a si mesmo? Por que tem gente que acredita em deus, em deuses, em santos, em ídolos (de barro, da música, do cinema) e não acredita em si mesmo? E. afinal, Deus é homem? É mulher? É as duas coisas? E se for? Deus é quem ou o que? E se...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

The water

A água está presente em 70% do planeta, 70% do nosso corpo. Nos oceanos estão 97.5% de toda a água da Terra, mas é uma água salgada, portanto, imprópria para beber, tomar banho etc. A água doce, isto é, com salinidade próxima a zero, é uma pequena fração dos recursos hídricos do planeta. Fora isso, do pouco que existe, quase 70% da água doce está congelada e 30% é subterrânea. Apenas 0,3% da água doce disponível está em rios, lagos e represas. Agora vejam: 70% dessa pouca água irriga as plantações e hidrata o gado, ou seja, aquele bife que vai para o nosso prato (não mais para o meu, mas ainda vai para o prato de uma porção de pessoas) consome a maior parte da água disponível no planeta e que poderia ter outro destino. As indústrias, sempre tidas como as grandes vilãs do desenvolvimento, consomem 20% dessa mesma água boa e nós, pobres mortais, em nossa residência, utiliza os apenas 10% do H2O potável.
Com tanta água salgada dando sopa (sem trocadilhos) a primeira coisa que vem à cabeça é: então por que não dessalinizamos os mares? Bom, primeiro porque isso tem um custo, mas mesmo assim já existem 300 milhões de pessoas que moram na Espanha, em Chipre e na Austrália que consomem 60 bilhões de litros de água dessalinizada diariamente. (fonte: National Geographic, abril, 2010). Segundo, porque em vez de procurarmos alternativas caras o que deveríamos é ter mais consciência e gastar menos água, ou melhor, desperdiçar menos água. Ainda deixamos a torneira da pia do banheiro aberta enquanto escovamos os dentes? Ainda deixamos a torneira da pia da cozinha aberta no máximo enquanto lavamos a louça? quantas vezes por semana usamos a máquina de lavar? reutilizamos a água da máquina para lavar o quintal ou a garagem ou o banheiro? usamos a mangueira como vassoura para limpar a calçada? tomamos banho demorados? - mais de sete minutos?
Se respondemos sim a alguma dessas perguntas acima, sim, ainda desperdiçamos muita água boa.
Não. Não é só responsabilidade nossa. Acredito que o poder público tem sido omisso. Por exemplo, por que as prefeituras não implantam descontos progressivos no IPTU para quem atingir uma determinada faixa de consumo mínimo de água? Por que as prefeituras não obrigam os novos condomínios residenciais a instalar sistemas de reaproveitamento de águas de chuva para utilização no vaso sanitário, lavagem de garagem e jardins? E, ao mesmo tempo, também poderiam dar algum tipo de incentivo fiscal.
Enfim, sozinhos, individualmente, nossa contribuição é pouca, mas não pode ser desprezada. Mas podemos deixar de ser acomodados e procurar aquele vereador que ajudamos a eleger (se é que nos lembramos de quem foi?), ou o deputado estadual, federal, senador, ou mandar um e-mail se não for possível falar pessoalmente com a criatura, e cobrar dele uma atitude, um posicionamento, um projeto. Esse pessoal também precisa ser lembrado constantemente que está onde está porque foi eleito, tem seu salário gordo e polpudo pago com nosso rico e suado dinheirinho.
Muito ainda se pode fazer em relação à água, em relação ao lixo (outro grande problema) que merecia uma atenção tão grande ou maior do que a que se está dispensando agora, por exemplo, a esse caso dos traficantes no Rio de Janeiro que, me desculpem os crentes inocentes, só está acontecendo porque em algum momento algum acordo não foi cumprido. Quem viver verá!

LEMBRE-SE DA QUANTIDADE DE ÁGUA NECESSÁRIA PARA A PRODUÇÃO DESTES ITENS, NA PRÓXIMA VEZ QUE FOR CONSUMI-LOS:
carne de frango: 3.900 litros por quilo
maçã: 70 litros por unidade
uma folha de papel: 10 litros
camiseta de algodão: 2.700 litros por unidade
carne de porco: 4.800 litros por quilo
arroz: 3.400 litros por quilo
pão: 1.300 litros por quilo
queijo: 5.000 litros por quilo
carne bovina: 15.500 litros por quilo
calça jeans: 11.000 litros por quilo
laranja: 50 litros por unidade
couro bovino: 16.000 litros por quilo 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vegetarianismo

Desde maio não sinto vontade de comer carne vermelha. Não consigo, não vai. Nem presunto, salame, embutidos em geral. Já não era muito fã de embutidos mesmo. Hoje, não consegui comer uns pedacinhos de frango que havia cozinhado com abobrinha e milho verde. Comi só os vegetais. Até o cheiro da carne me enjoou. O que será isso? Tenho por meta ser vegetariana, mas ainda como ovos e leite de origem animal. Gosto de queijos, requeijão, gelatina...então, tenho consciência de que há ainda um longo caminho a percorrer. A notícia boa é que já estou no caminho.

Reencontros

Numa tarde de um dia qualquer de 2008 o telefone tocou. Atendi e do outro lado uma voz feminina pedia para falar comigo. Confirmei que era eu mesma e a moça falou: sou eu, a Margareth da Folha de São Paulo, que trabalhou com você, lembra? Lembrei imediatamente! Como poderia me esquecar daquela moça andava de moto, sempre de jaqueta de couro, sorridente, de óculos à lá John Lennon que despertava ciúmes no meu namorido, também jornalista e revisor da Folha?
Ela estava me convidando para um almoço que pretendia reunir os quase 100 revisores que passaram por lá até os estertores em janeiro de 84 (ou foi fevereiro?). Bom, Margareth conseguiu seu intento: no primeiro reencontro reuniu praticamente todos os remanescentes vivos. A gente levava um susto às vezes, não reconhecia esse ou aquele e  depois fiquei mais aliviada por não reconhecer vários que, na verdade, haviam saído bem antes de eu entrar. Fui pra Folha em maio de 83. Saía de um casamento fracassado com uma filha bebê - Raquel tinha 10 meses - e precisava sustentá-la de alguma forma. Quem me levou pra Folha foi a Rute, na época, esposa do Coimbra, que havia sido meu professor na faculdade Metodista onde estudara jornalismo. Coimbra me avisou: a revisão da Folha está fechando. Mas a Rute achou que pelo menos mais um ano funcionaria e que eu precisava cuidar da menina, enfim, topei. Fiz o teste (ela me emprestou o Manual da Folha) e alguns dias depois o Carlinhos - nosso eterno chefe - me chamava para conversar. Disse que eu e um outro rapaz (cujo nome não me recordo) havíamos passado no teste, mas que ele ia dar a vaga para mim por causa da minha filha (ele vira naquela ficha que a gente preenche e tal).Essa foi a nossa conversa. Logo estava eu lá naquela revisão enorme cheia de gente que eu nunca tinha visto. Entrava às 21h00. Como eu era nova, ninguém queria fazer dupla comigo. Ia lá pra "cozinha" como era chamada uma salinha nos fundos com uma mesa e várias cadeiras em volta onde os boys despejavam os "mortinhos" (sessão de fúnebres) e os "navios" (tabelas gigantes do jornal "Cidade de Santos" com as chegadas e partidas dos navios). Lá pelas tantas, o pessoal da elite que entrara mais cedo, saía e aí o pessoal da cozinha podia ir para o salão principal fazer dupla com alguém. A Rute sempre me dava uns toques: vai com fulano, vai com sicrano...e foi assim que um dia ela me apresentou ao tal do Soldera, que depois virou meu marido. Trabalhávamos sábados e domingos. Aos sábados entrávamos ao meio-dia. Aos domingos às 18h. Eu folgava às terças, coincidentemente o mesmo dia que o tal do Soldera o que depois, facilitou o namoro, a procura por um apê pra dividir, etc. Fomos em várias festas. O pessoal da revisão era muito animado pra festas em geral. Tínhamos 20 e poucos anos. Nessa idade, não faltam motivos pra se comemorar. Ficávamos no bar em frente, o bar do seu Ribeiro, depois do expediente, às vezes até amanhecer. Íamos a pé pra casa - morávamos na Conselheiro Nébias esquina com a Nothmann - e éramos muito felizes. Depois, engatei um trabalho à tarde numa revista sobre informática e como precisava levar minha filha pra morar comigo - porque por causa do meu horário maluco ela ficava com a minha mãe, embora eu fosse à casa dela todos os dias, dormisse a hora que fosse - porque o meu ex, pai dela ameaçara tirar a guarda de mim, pedi pro Carlinhos me demitir. Isso foi em janeiro de 84. Em fevereiro, a revisão acabou.
Graças à iniciativa da Marhareth - que depois de sofre um grave acidente com sua moto e de ter ficado entre a vida e a morte vários dias, e de ter optado pela vida, nunca mais andou de moto - reencontramos os ex-colegas.
O encontro mais recente aconteceu no dia 20 de novembro. Depois, conto mais histórias desse grupo. São várias.

domingo, 14 de novembro de 2010

Estávamos certos e não sabíamos

As sacolinhas de plástico oferecidas pelos supermercados existem há uns 30 anos mais ou menos. Eu me lembro que  quando eu era criança isso não existia. Minha mãe, meu pai iam ao mercadinho da esquina ou à feira munidos de uma sacola enorme feita de lona. Muita gente usava carrinhos nas feiras - esse imbatível objeto que atravessou o século 20 merecia um estudo! -. Aliás, quando eu era criança, pra vocês terem uma ideia do quanto sou antiga, nem supermercado existia na região do ABC. Em Santo André - que sempre foi uma cidade mais cosmopolita - o mais parecido com supermercado era a cooperativa da Rhodia, hoje Coop e hoje com quase dois milhões de sócios. Me lembro que ia lá com a minha madrinha quando passava o fim de semana na casa dela. Era uma bagunça incrível. Tudo meio misturado. Parecia uma feira com empório. Mas era legal, eu adorava ir lá porque minha tia comprava coisas que só lá eram vendidas. Naquela época a cooperativa era fechada, exclusiva para funcionários da Rhodia. Minha tia comprava lá porque meu tio trabalhava na Rhodia. Um outro tio meu, funcionário da Coral, comprava numa outra cooperativa: a da Volkswagen que não era assim tão fechada, já que meu tio não trabalhava na montadora e comprava lá. Na despensa da casa dele também sempre havia coisas diferentes das que eu estava acostumada. Tipo: Ovomaltine, patê de presunto, castanha de caju em latinha...Eles compravam as coisas e levavam pra casa em caixas de papelão. Não haviam embalagens de espécie alguma. Quem tinha carro se virava bem. E quem não tinha? 
Atravessou o século 20
Não sei. Acho que levavam carrinhos de feira e as sacolas de lona. Nunca prestei atenção porque meus tios tinham carro, então não me ligava no problema até porque meus pais, como disse, não compravam nesses locais. Perto de casa tinha o mercadinho do seu Onofre, uma quitanda que sempre mudava de dono, uma padaria...e a feira, duas ruas pra baixo de casa. O essencial. Novidades meu trazia do centro da cidade quando voltava do trabalhoo. Na mão, embrulhado em jornal - hoje em dia dizem que é anti-higiênico embrulhar comestíveis em palpel de jornal, mas naquela época era assim que as coisas funcionavam e ninguém morria por causa disso. Enfim, fora isso o primeiro super que eu vi foi um Peg-Pag que havia no largo do Cambuci, em São Paulo, onde morava uma professora que era amiga da minha mãe - e eu apaixonada, namoradinha, do filho dela, o Renato Felini, lindo de matar! todos os anos fomos os noivinhos da quadrilha junina no Externato Nossa Senhora do Carmo onde estudávamos -. E eu achava muito chique fazer compras naquele tal de Peg-Pag com suas prateleiras todas arrumadas, com aquela infinidade de shampoos de marcas famosas que anunciavam na TV - sim, já existia a TV quando eu era criança, preto e branco claro, mas estava lá na sala quando eu nasci -. Nesse lugar as mercadorias eram colocadas em pacotes de papel bem grosso, parecidos com as embalagens de cinco quilos de açúcar e de arroz da época que também eram feitas de papel reforçado e tinhas uma costura na borda.
Mais tarde, quando me casei pela primeira vez fui morar na alameda Santos em São Paulo - é...já tive meus momentos, leitores - e ali, na Santos, atrás do Conjunto Nacional havia um super (isso foi no início dos 80) chamado Barateiro, mas não era esse Barateiro que hoje pertence ao Pão de Açúcar. Na época, o Barateiro tinha um certo glamour, havia algumas lojas, não era parte de uma grande rede...enfim, ali, as mercadorias também eram colocadas em grandes sacos de papel grosso. Eu saía do super me sentindo a Diane Keaton chegando em casa em Manhattan com seus pacotes de supermercado. Aliás, nos filmes americanos até hoje as pessoas chegam em casa carregando pacotes de papel. Parece que a febre das sacolas de plástico só atingiu o terceiro mundo.
Depois, já no segundo casório, morava próximo à Santa Cecília e ali, na rua das Palmeiras também tinha um Barateiro antes de ser vendido ao GPA. O inconveniente dos pacotes de papel era que, se por acaso você comprasse algo úmido como frios ou carne, o pacote rasgava, ou caso você colocassae mais coisas do que o papel conseguia suportar, ou se alguma das mercadrias possuísse uma ponta, todo cuidado era pouco. Era necessário ser organizado e meticuloso na hora de ensacar a mercadoria, senão você corria o risco de chegar na calçada e ver tudo escorrer pelos seus braços - aliás, cena bem comum na época, diga-se de passagem. Talvez por isso nessa mesma época os supermercados mantinham meninos empacotadores nas pontas dos caixas. Algunes eram verdadeiros especialistas na arte de empacotar sem rasgar a embalagem.
Muito bem, as sacolinhas chegaram e eu nem percebi exatamente quando foi mas sei que eu e milhões de pessoas adotamos as tais vilãzinhas sem pensar. Ninguém, ninguém falava nada contra a talzinha.
As ecobags vão nos salvar?
Hoje em dia, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estima-se que o Brasil consuma, por ano, cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas tradicionais. Para modificar esse quadro, o Instituto Nacional do Plástico (Inp), a Associação Brasileira das Indústrias de Embalagens Flexíveis (Abief) e a Plastivida criaram, em 2007, o programa de Qualidade e Consumo Responsável de Plástico. Com amplitude nacional, houve um incentivo ao uso de ecobags e sacolas mais resistentes. Como resultado para as redes que aderiram, já no primeiro ano houve uma redução de 19,9 bilhões no consumo de sacolas e em 2010 estima-se uma diminuição de 14 bilhões.
Em 2008 foi criada uma certificação pelo Inp concedida aos produtores de sacolas para que eles cumprissem as normas da ABNT e fizessem uma sacola mais resistente. “Nós também incentivamos o uso das ecobags. Mas a adesão depende de uma mudança na cultura e um custo acessível”, diz Paulo Dacolina, presidente do Inp.
(fonte: Bruna Bessi, iG São Paulo |13/11/2010 05:30).
O problema é que essas danadinhas estão indo pros esgotos, pros bueiros e, consequentemente, para os rios, mares, oceanos e para as barriguinhas de tartarugas, pinguins, focas que as confundem com comida. Poluem e matam. Pois bem, precisamos voltar ao passado. Não acho que seja uma questão de cultura, a mudança de hábito, mas sim de esclarecimento, porque a cultura existia e não faz assim tanto tempo. Não sei exatamente em que momento perdemos isso. Mas é urgente que se resgate essa consciência e se diminua esse consumo. Já faz algum tempo que eu uso as sacolas de lona, caixas de papelão...mas estou londe de ter conseguido abolir completamente as sacolinhas de plástico, infelizmente. Estou me esforçando.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Juiz vai ficar em casa por dois anos recebendo salário

Que um juiz seja machista não é o problema. Pessoalmente ele pode ter a opinião que quiser. O problema é ele manifestar essa mesma opinião contrariando a lei enquanto exerce sua função de magistrado. Ser punido com afastamento mantendo o recebimento do salário também é ilógico, além de ser o sonho de 99,9% dos brasileiros. Quem não gostaria de ser "obrigado" a ficar em casa ganhando seu rico dinheirinho? Depois, ainda há quem reclame da velha frase atribuída ao general De Gaulle"O Brasil não é um país sério".
Quarta-feira, 10 de novembro de 2010 - 11h23       Última atualização, 10/11/2010 - 11h23

Juiz que chamou Lei Maria da Penha de preconceituosa é afastado

Da Redação, com Band News FM

cidades@eband.com.br

Uma determinação do Conselho Nacional de Justiça afastou o Juiz da comarca de Sete Lagoas (MG), Edilson Rumbelsperger Rodrigues, por falar da Lei Maria da Penha de forma discriminatória e preconceituosa. As informações são da rádio BandNews FM de Minas Gerais.

A punição por desancar a legislação em sentenças nas quais a taxou de inconstitucional pode durar até dois anos. A lei foi um marco na defesa da mulher contra a violência doméstica. Ele também é acusado de rejeitar pedidos de ações contra homens que agrediram e ameaçaram mulheres.

Com votação de nove votos a seis a favor do afastamento, o julgamento que afastou o juiz, consequentemente reduziu o seu salário ao tempo de serviço. Os conselheiros que votaram contra o afastamento optaram pela censura ao magistrado e pela realização de um teste para atestar a sanidade mental do juiz. 

Aberto em setembro do ano passado, consta no processo administrativo que o juiz atacou a lei, dizendo que se tratava de um conjunto de regras diabólicas. Ele teria afirmado que a desgraça humana começou por causa da mulher, ainda no Jardim do Éden, segundo a tradição hebraico-cristã. Para ele, o mundo é masculino e assim deve permanecer.

Além disso, o juiz também manifestou a mesma posição em uma página na internet. Na época da acusação, o magistrado se defendeu das acusações e negou que tenha havido excesso de linguagem. Ele explicou que não combatia as mulheres, mas o feminismo exagerado existente na Lei Maria da Penha.

O juiz disse ainda que algumas implicações da lei têm caráter vingativo. E afirmou, ainda, não retirar nenhum dos comentários feitos, pois isso seria um ato de covardia. Apenas após o período estabelecido, o juiz poderá pedir autorização para voltar à ativa. A decisão ainda é passível de recurso ao Supremo Tribunal Federal.

Mais histórias de Valkiria

Valkiria é a terceira da direita para a esquerda.
Mais ou menos aos 17, 18 anos, as amigas de Valkiria foram trabalhar. Em escritórios, a maioria. De recepcionistas, secretárias, faz-tudo, auxiliar disso,daquilo, assistente, essas coisas. Mas a mãe de Val não deixou que a bonequinha fosse à luta. Disse que não precisava, que se dedicasse aos estudos - que eram bancados pela mãe e pelo pai enquanto suas amigas trabalhavam para pagar a faculdade delas -.
Então, enquanto suas amigas cresciam como pessoas e como profissionais, Valkiria se divertia. Era a alegria da turminha da facul, fazia sucesso entre a rapaziada, tinha vários namoradinhos, paquerinhas - na época era assim: você só beijava na boca depois que tivesse certeza de que aquilo era um namoro, mesmo que logo após o beijo e constatado que o cara era uma fria você desmanchasse o tal namoro, mas tudo no maior respeito, nada de mão naquilo nem aquilo na mão; isso era coisa pra namoros mais sérios! -, e as sextas-feiras na cantina mais famosa próxima à facul até o galo dar seu primeiro trinado.
Não existe uma comprovação científica sobre a relação "trabalhar-cedo-faz-de-você-uma-pessoa-bem-sucedida". Porém, aos 35 anos Valkiria constatou que o estágio nas danceterias e nos barzinhos da vida, não lhe proporcionaram a abundância sempre perseguida e nunca alcançada. Um encontro com as antigas amigas - todas casadas, com filhos etc. - jogou na sua cara que, sim, elas estavam em condição financeira muito melhor que a sua. Suas amigas já haviam conhecido vários lugares no exterior, possuíam casas bem montadas, bem decoradas, possuíam carro do ano, estavam empregadas há vários anos na mesma empresa...Uma delas recebera um prêmio de um grande banco por conta de um projeto que idealizara...e a Valkiria? O que tinha conseguido até ali? Estava no segundo casamento, não estava feliz, não tinha carro, não tinha casa própria, tivera um filho de cada um, não estava trabalhando na sua área de formação porque fora morar numa cidade do interior, e ao ser questionada por que se mudara para longe de tudo que, para ela era sua referência, tinha uma longa história - melhor deixar pro analista, pensava - e mentia dizendo que procurara proporcionar qualidade de vida aos filhos, então pequenos. Sim, de fato, por um lado, era verdade. Morar no interior era sinônimo de sossego, de brincar na rua, de andar descalço, de mexer na terra, ter uma horta, árvores no quintal, estrelas no céu e céu azul a maior parte do ano. Mas, profissionalmente e financeiramente não tinha sido uma boa escolha. Naquele momento, aliás, estava mais uma vez, desempregada.O que teria para contar para as amigas depois de 15 anos de separação? Melhor sorrir e calar. Ou mentir uma mentirinha inocente que salvasse seu ego de mais uma humilhação.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sobre lobos e mulheres

"Quando as mulheres reafirmam seu relacionamento com a natureza selvagem, elas recebem o dom de dispor de uma observadora interna permanente, uma sábia, uma visionária, um oráculo, uma inspiradora, uma intuitiva, uma criadora, uma inventora e uma ouvinte que guia, sugere e estimula uma vida vibrante nos mundos interior e exterior. Quando as mulheres estão com a mulher Selvagem, a realidade desse relacionamento transparece nelas. Não importa o que aconteça, essa instrutora, mãe e mentora selvagem dá sustentação às suas vidas interior e exterior.
(...)o termo selvagem neste contexto não é usado em seu atual sentido pejorativo de algo fora de controle, mas em seu sentido original, de viver uma vida natural, uma vida em que a criatura tenha uma integridade inata e limites saudáveis.
(...) Quando são cortados os vínculos de uma mulher com sua fonte de origem, ela fica esterilizada, e seus instintos e ciclos naturais são perdidos, em virtude de uma subordinação à cultura, ao intelecto ou ao ego - dela própria ou de outros.
A mulher selvagem é a saúde para todas as mulheres. Sem ela, a psicologia feminina não faz sentido. essa mulher não-domesticada é o protótipo de mulher...não importa a cultura, a época, a política, ela é sempre a mesma. Seus ciclos mudam, suas representações simbólicas mudam, mas na sua essência ela não muda. Ela é o que é; e é um ser inteiro. (...) Felizmente, por mais que seja humilhada, ela sempre volta à posição natural. Por mais que seja proibida, silenciada, podada, enfraquecida, torturada, rotulada de perigosa, louca e de ouros depreciativos, ela volta à superfície nas mulheres, de tal forma que mesmo a mulher mais tranquila, mais contida, guarda um canto secreto para a Mulher Selvagem. Mesmo a mulher maus reprimida tem uma vida secreta, com pensamentos e sentimentos ocultos que são exuberantes e selvagens, ou seja, naturais. Mesmo a mulher presa com a máxima segurança reserva um lugar para o seu self selvagem, pois ela intuitivamente sabe que um dia haverá uma saída, uma abertura, uma oportunidade, e ela poderá escapar."
do livro MULHERES QUE CORREM COM LOBOS - Mitos e histórias do arquétipo da mulher selvagem - de Clarissa Pinkola Estes

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Palavras de uma companheira de jornada

"Um homem deve ir em busca da sabedoria, da mesma maneira que um soldado vai para a guerra: com medo, com respeito, e com total segurança. Deve agir como se soubesse onde está indo, embora na realidade não tenha a menor idéia do que irá encontrar; o que importa é que ele está percorrendo o caminho que escolheu."
Carlos Castaneda

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Boo!

O texto não é meu, a montagem não é minha, mas me identifiquei total com a menininha e seus dilemas.
Apreciem sem moderação! Se não conseguir visualizar, clique na imagem. Ela aparecerá numa outra janela e você poderá dar zoom.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Quem lê tanta notícia?

De maio a outubro deste ano o post "Sapatos no trem" recebeu 330 visitas. "Aprender, errar e acertar" vem em segundo, com 75 visualizações, "Aprendi a dizer não, ver a morte sem chorar", 16 e "Dilma não, não e não", post bem mais recente, 15.
Por que "Sapatos no trem" mereceu tantos acessos? Nem imagino.
Agora, o mais incrível são as origens dos leitores. Só no último mês eu recebi a visita de leitores da Ucrânia (3), do vizinho Equador (3), da longínqua China (3), da Holanda (4), da Alemanha! (5), do México (6), da Rússia! (9), dos EUA (22) e, pasmem, da Finlândia, (30 visualizações - num mês? deve ser a mesma pessoa que acessa todos os dias?). E do Brasil (148).
Na soma geral, de maio a outubro também tive leitores do Canadá (12), do Chile (6) e do Reino Unido (5).
Trata-se de uma bela e intrigante estatística.
Por favor, leitores queridos, de países tão seletos, identifiquem-se! Deixem comentários, nem que se seja um Olá! um Hello!, um OI! estive aqui! qualquer coisa, gente.
Quero conhecer, saber quem lê tanta notícia? E lá na Finlândia? E por que "Sapatos no trem" fez tanto sucesso? Me expliquem, me ajudem a entender, a decifrar esse mistério, do contrário serei devorada pela minha própria ansiedade, curiosidade...
Quem serão os chineses ou chinesas que se interessam pelos meus escritos? Quem serão os alemães, povo tão culto e exigente? E os finlandeses? Que país é esse? Mal conheço e já faço tanto sucesso por lá! E os canadenses? Gente, será que sou lida por brasileiros residentes nestes países? è uma possibilidade. Mas desconhecia que a Finlândia abrigava tantos filhos da nossa pátria amada Brasil.

Um pouco sobre o país onde sou mais lida, depois do Brasil:
Será que eles gostaram dos meus textos?
A Finlândia (em finlandês: Suomi e em sueco: Finland ), oficialmente República da Finlândia,[3] é um país nórdico situado na região da Fino-Escandinávia, no norte da Europa. Faz fronteira com a Suécia a oeste, com a Rússia a leste e com a Noruega ao norte, enquanto a Estônia está ao sul através do Golfo da Finlândia. A capital do país é Helsinque.
Cerca de 5,3 milhões de pessoas vivem na Finlândia, sendo que a maior parte da população está concentrada no sul do país. É o oitavo maior país da Europa em termos de área e o país menos povoado da União Europeia. A língua materna de quase toda a população é o finlandês, que é uma das línguas fino-úgricas e é mais estreitamente relacionado com o estoniano. O finlandês é apenas uma das quatro línguas oficiais da UE que não são de origem Indo-Europeia. A segunda língua oficial da Finlândia - o Sueco - é a língua nativa de 5,5 por cento da população. A Finlândia é uma república parlamentar com o governo central baseado em Helsinque e os governos locais baseados em 348 municípios. A área Metropolitana de Helsinque (que inclui a Helsinque, Espoo, Kauniainen e Vantaa) é a residência de cerca de um milhão de habitantes e é responsável pela produção de um terço do PIB do país. Outras cidades importantes são Tampere, Turku, Oulu, Jyväskylä, Kuopio e Lahti. (Fonte: Wikipedia)

Valkiria e seus dilemas

Às vezes minha amiga Valkiria contava: "Tem dias que eu quero fazer tantas coisas...tenho sempre três ou quatro livros na cabeceira para serem lidos, fora os de estudo. Às vezes, quando vou dormir, estou lendo...e então, me vem uma boa ideia e eu não sei se termino o que estava lendo ou se corro pro computador e coloco a ideia no papel antes que ela vá embora."
Val é assim. Ela consegue colocar a roupa na máquina e enquanto faz isso elenca mentalmente todas as outras tarefas domésticas que ainda precisa fazer, tem de fazer, é obrigada a fazer, tipo limpar as caixinhas de terrinha das gatas, recolher os lixos dos banheiros, lavar a louça do café da manhã, passar aspirador no tapete e nos sofás, passar pano no chão...e aquela montanha de roupa no armário pra passar? Mas o seu coração, a sua alma gostaria de estar fazendo duas outras coisas: ou ler - aqueles livros todos que se empilham pelas estantes da casa - ou escrever. Duas coisas que Valkiria gosta muito de fazer. Valkiria queria ter nascido rica pra ter quem cuidasse dela, quem pensasse no que fazer para o almoço, quem fosse ao supermercado, quem limpasse a casa pra ela, quem passasse e guardasse a roupa, quem arrumasse seus armários...Enquanto isso, ela se sentaria confortavelmente e devoraria seus livros, faria anotações, copiaria as frases mais importantes...Ou escreveria finalmente o livro prometido ao velho amigo que, qualquer dia partiria para o outro plano sem ver o sonho concluído - . A bela e inteligente Valkiria se angustia. Não nasceu rica, mas poderia ter se casado bem. Poderia ter tido mais juízo. Ou mais sorte?  Por que não se casou com o primo? Talvez nem fosse rica, mas com certeza teria sido mais feliz. Ah, mas por que esse assunto agora? Valkiria olha para os armários da cozinha. Estão precisando de uma faxina severa. Sabe aquela em que a gente tira tudo de dentro, lava, seca e depois guarda novamente? Então. Val tem amigas que contratam pessoas só para esse tipo de serviço. É...tem gente que ganha a vida arrumando os armários dos outros....Um dia, num desses livros de autoajuda que Valkiria devora de vez em quando, um autor dizia que se você quer ter sucesso tem de se dedicar àquilo que gosta e delegar para outras pessoas tarefas mais simples e corriqueiras como limpar a casa, levar o cachorro pra passear, cozinhar, etc. E Valkiria se indignava com essas receitas de bolo de prosperidade: oras, pensava ela, se eu tivesse grana pra contratar todo esse povo pra trabalhar pra mim eu já estaria numa condição de sucesso e prosperidade. Se sou eu que tenho de fazer tudo, não me sobra tempo pra buscar mais fontes de renda e sem mais fontes de renda, nada de diarista, passadeira... é uma sinuca de bico, né não? raciocinava. Mas nem sempre foi assim, não é mesmo Val? Valkiria já teve seus bons momentos. Teve boas roupas, bons sapatos, um bom carro, um bom emprego; frequentava bons restaurantes; via gente bonita e bem-vestida, viajou, conheceu lugares bacanas. Mas hoje em dia...não. Não é que as coisas estejam ruins. Não, de jeito nenhum. Mas um espírito rebelde como o Valkiria sempre quer mais e mais e mais. Porém, o que minha amiga não percebia é que só dependia dela mesma virar o jogo, dar a volta por cima, sair do marasmo. Val, minha amiga Val estava num beco sem saída. Não podia contar com mais ninguém. Não devia esperar nada de ninguém. Tinha que se virar nos trinta, sim. Tinha que acordar mais cedo, sim, ser mais disciplinada, sim, ralar mais ainda, sim, ir dormir mais tarde ou nem dormir. Essa era a conclusão a que chegara. Achava uma injustiça. Sempre ajudara a todo mundo. Mas não ajudara a si mesma, né, Val? Precisava aprender. Teria tempo? Com tantas coisas pra fazer....Por onde começar?

Deixando o Rancor de Lado: Cultivando a Liberdade Interior

O   rancor é um sentimento negativo que pode prejudicar nossa saúde mental e nossos relacionamentos. Abaixo, apresento algumas estratégias ...