quinta-feira, 24 de março de 2011

Entrevista com a atriz Patrícia Naves

Escrevi o texto abaixo em junho de 2010, por ocasião da Copa do Mundo. Seria para uma revista para a qual fazia um frila na época. Mas a pauta caiu então decidi agora publicar a entrevista que fiz com a atriz Patricia Naves, esposa do jornalista esportivo Mauro Naves. ela é uma gracinha, supergentil, me atendeu por telefone, de sua casa, entre uma viagem e outra, já que estava acompanhando o marido que cobria a Seleção Brasileira, antes de embarem para a África do Sul. Espero que gostem. Eu gostei.

“Agora veio o reconhecimento”


A atriz Patrícia Naves, na sala de sua casa
Patrícia conheceu Mauro Naves durante um Carnaval, no Rio, assistindo a um desfile da Grande Rio. Mas só conheceu. O interesse pelo jornalista da Rede Globo só foi se confirmar anos mais tarde quando, já separada do primeiro marido, reviu Naves. “Eu não queria saber de nada. Estava fechada para balanço.” Isso foi em 1995. Naves era solteiro, ela já tinha uma filha (Bárbara); ele tinha fama de namorador e Patrícia vinha de um casamento de 13 anos. Mas a paixão falou mais alto. No dia 3 de fevereiro de 1996 estavam se casando. Tudo bem que ela tomou a iniciativa de comprar as alianças de noivado porque achou que a relação estava se arrastando – “Sabe aquele chove não molha? Então resolvi oficializar. E ele topou numa boa”, comenta rindo.
Mineira de Patrocínio, cruzeirense (“lógico! Em Minas não tem outro time!”), Patrícia cresceu cercada de carinho e, principalmente, do apoio do pai, José Novaes, que deixou de herança, além de sólidos valores, o gosto pela pesca. Sim, Patrícia Naves, essa mulher linda, formada em Belas Artes pela UFMG adora pescar e leva os filhos Raíssa, 13 e Maurício, 9,  junto, tanto que eles já aderiram ao hobbie da mãe.
E como fica a paixão pelo marido que vive viajando? Ela conta que sempre soube que a vida de Naves era assim. “Quando ele não está no Exterior, cobrindo algum evento como Copa, Olimpíada ou Pan-Americano, está em alguma cidade do Brasil cobrindo um Brasileirão ou outros eventos”, se resigna. Aliás, dois dias depois de casados Mauro Naves embarcou para o Pré-Olímpico da Argentina, ficou mais ou menos 40 dias ausente, voltou e era ela que estava num desfile em Montevidéu. Ela engravidou em abril e aí ele partiu para a Olimpíada de Atlanta. Aniversários? Raramente comemoram juntos. “Meu filho Maurício só passou um aniversário do pai uma vez na vida”. Eu, só quando estive com ele na Granja Comari. A gente comemora depois.”
As saudades são grandes, Mauro sempre viajando e Patrícia também tem trabalhado bastante. “Mas antes era pior: telefone era muito caro e ruim. Agora tem o Skype, a gente se fala sempre!”, comemora. Fora isso, Patrícia costuma acompanhar as matérias em  que Mauro aparece. “Ele gosta, pede minha opinião, eu participo do trabalho dele”. E vice-versa. “Um entende o trabalho do outro”, diz.
E a atuação em Viver a Vida? “Tenho muita gratidão pelo Jayme (Monjardim, diretor da novela) e pelo Maneco (Manoel Carlos, autor) porque a Silvia me possibilitou ter certeza de que sou capaz. O Maneco escreve ao longo da novela e foi ele quem fez a personagem crescer”, diz modestamente. “A gente vê o reconhecimento das pessoas na rua, com uma energia muito boa pela admiração, pelo respeito, foi muito bom! Eu já tinha ficado contente com o meu trabalho em Paraíso Tropical, mas Viver a Vida foi o reconhecimento mesmo!”
E contracenar com o Thiago Lacerda? “E com o Rodrigo (Hilbert)! Ah, é como bate- bola entre amigos, a gente se divertia muito, era muito gostoso”.
E o futuro? “Atuar é o exercício constante da ansiedade. Se estiver trabalhando quer saber se está bom. Se não está trabalhando, quer saber quando vai ser chamado. Férias são boas, mas nessa profissão não dá pra ficar muito longe da mídia”, diz a atriz, que está analisando um texto de teatro, mas que só vai pensar nisso mesmo depois que voltar de uma viagem que fará eu o Mauro e as crianças, depois que a Copa terminar. “Vamos para Orlando, Portugal e Nova York. Aí, sim, vou retomar minha vida profissional.”


Patrícia Naves:
Um filme: Cinema Paradiso – lembra minha própria infância.Eu ia num cinema muito parecido com o do filme na cidade que nasci.
Um livro: Presente do Mar, de Anne Lindbergh – fala sobre as diferentes fases da vida da mulher. É meu livro de cabeceira.
Um sucesso: Viver a Vida
Um ator: Mateus Solano – eu não o conhecia e me surpreendi com o talento dele principalmente porque o Maneco entregava o texto um dia antes da gravação
Uma atriz: Alinne Moraes – impecável sua atuação
Um ídolo – meu pai, José Novaes
Uma viagem: foram muitas que eu fiz em companhia do Mauro, mas à Grécia foi a mais romântica.
Um som: minha filha Bárbara tocando piano para mim. Ela agora mora em Portugal, toca vários instrumentos e agora é DJ. Adoro quando ela toca o tema de Cinema Paradiso no piano para mim.
Um sonho: ter a oportunidade de realizar meus objetivos

terça-feira, 22 de março de 2011

Dia Mundial da Água - Atividades em Santo André

Para celebrar o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, a Secretaria de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense preparou uma programação, com uma exposição sobre os mananciais e atividades nas escolas da região. Todas as atividades são gratuitas.
A programação começa no próprio dia 22, com a abertura da exposição “Proteja os Mananciais”, que busca esclarecer o que é um manancial e qual a importância de protegê-lo. São 14 banners que apresentam as principais ameaças à produção de água de qualidade e em quantidade para o consumo e algumas das alternativas para sua recuperação e preservação. A mostra aborda ainda a criação das Áreas de Proteção e Recuperação aos Mananciais (APRM) das Bacias Hidrográficas dos Reservatórios Guarapiranga e Billings, mananciais de grande relevância da Região Metropolitana de São Paulo. A exposição estará aberta à visitação até o dia 29, das 9h30 às 16h, no Centro de Visitantes do Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba.
E nos dias 22, 24 e 25 de março, acontece a oficina “Brincando e aprendendo sobre os recursos hídricos”, nas escolas de Paranapiacaba e Parque Andreense. A atividade, destinadas aos alunos do ensino infantil e fundamental, contará com uma série de jogos interativos sobre a temática dos recursos hídricos. Também será debatido com os grupos a necessidade da economia de água.
A Secretaria de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense foi criada em 2009. Ela é a responsável pela administração de 55% do território de Santo André e compreende, além da histórica vila ferroviária, a área de proteção e preservação de mananciais da cidade.

Serviço:

Programação do Dia Mundial da Água em Paranapiacaba e Parque Andreense

Exposição “Proteja os mananciais”
De 22 a 29 de março, das 9h30 às 16h, no Centro de Visitantes do Parque Natural Municipal Nascentes de Paranapiacaba (Av. Rodrigues Alves, 471 A, na Parte Baixa de Paranapiacaba).

“Brincando e aprendendo sobre os recursos hídricos”
Dias 22, 24 e 25 de março
Atividades relacionadas à temática dos recursos hídricos, nas escolas de Paranapiacaba e Parque Andreense.
Todas atividades são gratuitas
Mais informações sobre a programação: 11 4439-1327

Walkiria queria

Super Lua no Perigeu
Walkiria queria um dia pra ela. Sabe assim? no meio da semana. Não no sábado ou no domingo ou no feriado. Não. De semana. Pra fazer café no meio da manhã e comer sequilhos na frente do computador enquanto assistia aos videos enviados pelos amigos por e-mail que só lotavam sua caixa postal. Pra ler o que desse na telha, pra ver TV, ouvir música, dançar, espichar na cama, brincar com os gatos e não fazer nada. Walkiria queria dormir depois do almoço, acordar e olhar a janela lá fora e ver que estava garoando e pensar - que bom! eu estou aqui no quentinho. Não sair pra nada, mergulhar dentro de si mesma. Walkiria queria. Queria desligar o telefone da tomada e desligar-se do mundo das vozes, das cobranças, dos vendedores chatos de telemarketing que, sim, estão fazendo o seu trabalho mas são chatos. Queria, fazer pipoca e comer vendo aquele filme que há séculos ensaia assistir. Walkiria queria não ter roupa pra lavar, pra passar...não todos os dias. Mas ela também não queria ter uma pessoa que fizesse isso, mas que necessitasse de sua presença ali explicando, fiscalizando. Não. Se um dia tiver uma secretária quer uma que tenha iniciativa, que faça sem mandar. Walkiria queria.

Walkiria queria voltar ao passado e consertar umas coisinhas. Queria refazer outras. Não fazer umas tantas. Walkiria queria. Queria ter muitas plantas em sua sala, um jardim na frente de casa, um ipê na calçada fazendo sombra e amarelando o céu no inverno quando florescesse. Queria um pé de goiaba no quintal, junto com uma horta cheia de alface, tomate e chuchu. Walkiria queria que da  janela do seu quarto pudesse ver o por do sol todos os dias. Mas na hora do por do sol Walkiria não está na janela do seu quarto. Walkiria sentiu raiva de morar numa cidade nublada e perder o espetáculo do Perigeu - que é quando a Lua está mais perto da Terra - fenômeno que só acontece de 18 em 18 anos. Agora, no próximo, vou ter 70 anos! pensou. E então Walkiria se assusta com a conta. E acorda do seu sonho de querer.

Anotações sobre o Feminino

Estou lendo o livro "Mulher: Em busca da feminilidade perdida", organizado por Connie Zweig, uma analista junguiana que, a partir de um determinado sonho decide escrever o livro porque, segundo ela, "aprendi que o alinhamento com meu pai, e - através dele, com a propensão da sociedade de ser patriarcal ou dominada pelo masculino - para possuir plena e conscientemente minha própria identidade feminina - eu precisava romper a conexão com a mente masculina lógica que havia conduzido minha vida como se fora o capitão de um navio disciplinado."
Connie vai desenhando um mosaico de definições sobre o que é feminino, masculino, patriarcal e matriarcal através dos textos de seus convidados, todos também analistas junguianos. As principais questões que Connie pretende desvendar são: o que significa ser mulher num mundo altamente masculinizado para as mulheres que não querem "se masculinizar"? Por que algumas mulheres ainda confundem ser femininas com subserviência e submissão? Por que algumas mulheres não conseguem ser femininas ocupando altos cargos e sendo bem-sucedidas profissionalmente? Por que tantas mulheres querem ter bebês ainda que tardiamente, só para dizer que passou pela experiência da maternidade? e por que se fala tanto sobre espiritualidade feminina e Deusa, quando somos dominados por religiões culturalmente ordenadas pelo masculino?
Já li alguns textos do livro e confesso: isso tudo está mexendo muito comigo. Estou me identificando com vários conteúdos e me questionando sobre meu papel de mãe, de filha, de mulher. E ando ficando muito rebelde, mais do que já sou normalmente e não sei muito bem qual o fim dessa estrada. Se dará em nada? Ando cansada. E confusa. e ao mesmo tempo disposta. e ao mesmo tempo lúcida!
Quero vestir saia, vestido, apesar do trabalho que dá e das cobranças: suas pernas não são mais as mesmas de 30 anos. Você não é a Hebe, a Ana Maria Braga, a Susana Vieira...Você é uma mulher comum, pobre, que não fez lipo, não colocou silicone e teve três filhos. Não faz ginástica, não tem tempo de caminhar, de se cuidar mais, nem grana. Você é isso aí que o espelho mostra diariamente e de forma bem cruel. Uma mulher cinquentona cujo viço da pele vai se perdendo apesar do uso constante e quase compulsivo do hidratante. Os cabelos teimam em ficar cada vez mais brancos, os músculos, cada vez mais flácidos. A barriga, mais roliça, os quilos a mais que, renitentes, não saem do marcador da balança. E tudo isso porque você cismou de deixar a velha calça azul e desbotada no armário para sair me busca do feminino perdido.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Um mundo de descontos no clique do mouse

Costa dos Alcatrazes: descontos em hotéis
Quer descontos para passear e se divertir?
O São Paulo Convention & Visitors Bureau (SPCVB) acaba de lançar o catálogo online Bem Receber 2011. São mais de 130 ofertas de benefícios e descontos de 5% a 60% em serviços, espaços culturais e de entretenimento da cidade. Os cupons podem ser pesquisados e impressos automaticamente pelo site www.descontosp.com.br.
São tarifas especiais em hospedagem e gastronomia e benefícios como segundo hóspede cortesia em hotéis de bandeira internacional ou um delicioso welcome drink em restaurantes renomados. A escolha é fácil e intuitiva. O usuário busca as ofertas de acordo com sua preferência. A procura pode ser feita por categorias que vão de escolas a parques temáticos, por localidade ou até mesmo por faixa de desconto.
Atrações dos destinos parceiros do SPCVB no interior e litoral do Estado também podem ser aproveitados com economia e praticidade. São 14 cidades próximas à capital paulista que oferecem atividades diferenciadas de turismo de aventura e relaxamento. Entre elas estão Brotas, Costa dos Alcatrazes, Ilhabela, Itu e São Roque.
“Os cupons representam uma ótima forma de promover os atrativos da cidade e deixar uma lembrança marcante. Além disso, contamos com mais de 580 associados de diferentes setores, o que facilita uma oferta diversificada”, considera o diretor superintendente da entidade, Toni Sando. Válido para o primeiro semestre de 2011, o catálogo será divulgado em 20 mil cartões-postais da cidade, para distribuição nas principais feiras e eventos pelo Brasil.

Programa Bem Receber

Criado em 2006, o Bem Receber reúne uma série de ações para cativar visitantes de negócios e lazer por meio da boa receptividade. O programa oferece treinamentos para atendentes e concierges da rede hoteleira, além de policiais militares e taxistas, orientando-os sobre como atender bem e encantar o visitante que chega à capital paulista, seja a negócios ou a lazer. O principal objetivo é convencer os turistas a esticar sua permanência na cidade por pelo menos um dia. O projeto contempla ainda a presença do Bem Receber em grandes feiras e eventos, com distribuição de cupons com descontos e benefícios em atividades culturais e de entretenimento.

Sobre o SPCVB

Com 27 anos de existência e primeiro Convention & Visitors Bureau da América do Sul, o SPCVB é uma fundação estadual de direito privado, sem fins lucrativos, congregando atualmente aproximadamente 580 associados-mantenedores, que representam todos os segmentos do trade turístico paulistano. Seus objetivos são a ampliação do número de visitantes em São Paulo - hoje em torno de 11 milhões - e o aumento de sua estadia em nossa cidade, além de dinamizar o volume de negócios e o mercado de consumo na capital. Para isso, busca integrar setores da sociedade por meio de parcerias público-privadas e facilitar novos projetos que contribuam para a melhoria da qualidade de vida e da renda da população em São Paulo.


Acesse www.visitesaopaulo.com

PSICOLOGIA DO DINHEIRO

Quem disse que dinheiro não dá em árvore?
Compreender o significado e as atitudes das pessoas perante o dinheiro levando em conta padrões familiares e tabus transmitidos de geração em geração ao longo do ciclo vital, é o processo proposto pela psicóloga Valéria Meirelles, que estuda a Psicologia do Dinheiro – teoria ainda inédita no Brasil, uma das áreas da Psicologia Econômica.

Especialista em terapia de Casal e Família (PUC-SP) e Mestrado no Núcleo de Estudos de Psicologia Clínica em Família e Comunidade (PUC-SP), aprofundou-se no tema já publicado na Europa em 1987 e detalhado em 1998 no livro “The Psychology of Money” (Adrian Furnham e Michael Argyle) que refinou a teoria, incluindo as patologias financeiras: vício em jogo, consumismo, avareza, entre outras.

Agora, Valéria traz a teoria para a realidade brasileira em sua tese de doutorado, em andamento, intitulada “Cara e Coroa – Atitudes de Homens e Mulheres perante o Dinheiro ao longo do ciclo vital”.

Tanto nas pesquisas bibliográficas como na prática clínica, a psicóloga encontrou os motivos que levam as pessoas a terem péssimas relações com o dinheiro. “Ainda que o dinheiro faça parte de nosso dia a dia, se pensarmos bem, nem mesmo nossos pais se pararam para nos dar noções básicas sobre o seu uso. Aprendemos muito mais assistindo do que com explicações. Sem perceber, repetimos padrões financeiros familiares que ora nos ajudam, ora nos atrapalham, dependendo do contexto e da relação”, diz Valéria.

A Psicologia do Dinheiro torna-se importante ferramenta especialmente aqueles que se interessam pelo Planejamento Financeiro, pois antes de saber como poupar, onde investir e gastar com inteligência é importante saber o que ele significa para você e qual o lugar que ocupa em sua vida.

“A questão do dinheiro não é só capitalista, é mental. Afinal, por que sabemos exatamente o que deve ser feito para poupar, e mesmo assim, muita gente não consegue, demonstrando atitudes completamente irracionais?”, questiona.

Há também a questão familiar: Muitas vezes, frases feitas e repetidas ao longo da vida de um indivíduo marcam profundamente a visão dele sobre o dinheiro. Por exemplo: “Dinheiro não é tudo na vida”. “Só com muito esforço o dinheiro vem”. “Quem muito quer, pouco tem”. Parece simples desvencilhar-se dessas crenças, mas elas ficam muito mais enraizadas do que se pode imaginar e para isto, é importante também identificar e direcionar.

Através da junção de conceitos de terapia familiar (área de origem na formação de Valéria) com a Psicologia do Dinheiro, a psicóloga se propõe a ajudar as pessoas a identificarem o que foi exposto até aqui para então poderem colocar em prática os ensinamentos sobre dinheiro (que fazem parte da Educação Financeira) e claro, atingirem seus objetivos de maneira mais consciente e saudável.

Tabu

Falar de Dinheiro seja em família, entre amigos, com parceiros, cônjuges muitas vezes é mais difícil do que falar de sexo. “O dinheiro é um verdadeiro tabu. Pouco se discute, pois a maioria das pessoas sente-se desconfortável em falar sobre ele, especialmente quando envolve amor. Por dinheiro muito se constrói, mas também muito se disputa. Famílias se rompem e muitas heranças negativas são deixadas por gerações”, diz Valéria. Segundo a especialista, a Psicologia do Dinheiro trabalha todos esses assuntos com objetivo de ajudar as pessoas a compreenderem o significado do dinheiro em suas vidas, identificar as atitudes que possuem em relação a ele e a partir daí promover uma mudança que gere ganhos financeiros e pessoais.

São estes os temas que a Psicologia do Dinheiro engloba: atitudes frente ao dinheiro; jovens, socialização econômica e dinheiro; dinheiro e a vida do dia a dia; loucura do dinheiro – dinheiro e saúde mental; bens e heranças; dinheiro e a família; dinheiro no trabalho; desperdício de dinheiro; os muito ricos; dinheiro e felicidade.

Valéria Meirelles é formada em Psicologia pela USP há 21 anos; Mestre e Doutoranda pela PUC-SP e especialista em Terapia de Casal e Familiar (PUC-SP). Atua em na área clínica há 19 anos. Também é Coach.

Fonte:Floter & Schauff Assessoria de Imprensa
Jornalista Responsável: Christiane Alves
Tel: ( 11 )  3085-6583
Fax: ( ) 
Email: christiane@flotereschauff.com.br

terça-feira, 15 de março de 2011

Memorial da resistência/Pinacoteca/Jardim da Luz

Prédio onde funcionava o Deops, em 64
Entre 1964 e 1980 o Brasil viveu sob o regime de Ditadura Militar. Essa história está registrada no Memorial da Resistência de São Paulo, uma instituição dedicada à preservação das memórias da resistência e da repressão políticas instalada em parte do edifício que sediou o Departamento Estadual de Ordem Política e Social do Estado de São Paulo – Deops/SP, entre os anos de 1940 a 1983.
O Memorial foi inaugurado em 24 de janeiro de 2009,  para lembrar a população de uma fase negra, escura e triste na nossa história. 
Estive lá na semana passada e pude ver as celas onde os presos políticos eram mantidos. Eram quatro celas. Em cada uma delas ficavam de 16 a 30 pessoas, dependendo da época. As pessoas eram torturadas - não nas celas - mas próximo dali de modo que os presos ouviam os gritos dos torturados além de verem em que condições eles voltavam das sessões de tortura.
Lá no museu é possível ouvir depoimentos de sobreviventes sobre a rotina da prisão.
Uma das celas foi mantida intacta com as marcas nas paredes dos nomes das pessoas que passaram por lá. Mantiveream alguns colchonetes e toda uma ambientação representando aqueles dias negros.
É de arrepiar.
Tirando esse aspecto triste o Memorial possui um programa museológico estruturado em procedimentos de pesquisa, salvaguarda (ações de documentação e conservação) e comunicação (exposições e ação educativa e cultural) patrimoniais por meio de seis linhas de ação. Voltadas à pesquisa e à extroversão dos principais conceitos norteadores do Memorial e atuando articuladamente, essas linhas objetivam fazer da instituição um espaço voltado à reflexão e que promova ações que possam colaborar na formação de cidadãos conscientes e críticos, sensibilizando para a importância do exercício da cidadania, da valorização da democracia e do respeito aos direitos humanos.
- Centro de Referência (conexão em rede com fontes documentais e bibliográficas)
- Lugares da Memória (inventário dos lugares da memória localizados no Estado de São Paulo)
- Coleta Regular de Testemunhos (registro de testemunhos de cidadãos envolvidos com as ações do Deops/SP)
- Exposição (exposição de longa duração e mostras temporárias)
- Ação Educativa (encontros de formação para educadores, produção de materiais pedagógicos de apoio, visitas educativas e palestras)
- Ação Cultural (seminários, lançamento de filmes e de livros, apresentação de peças de teatro)(parte do texto extraído do site da Pinacoteca do Estado).
Após a visita é possível relaxar na cafeteria do espaço, bem decorada e com vista para o pátio do estacionamento da SalaSão Paulo. Tomamos dois cafés simples, uma Schwepps e comemos um pão de quijo e dois quibes. Pagamos em torno de R$ 20.
Saguão da Estação Sorocabana/Sala São Paulo
O Memorial fica ao lado da Sala São Paulo, o imponente edifício da Estrada de Ferro Sorocabana que abriga hoje a Sala São Paulo, sede da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e uma das mais importantes casas de concertos e eventos do País.
Quando fui não estava aberta à visitação, mas apreciar a arquitetura do prédio em si já é um deleite. Ele possui um salão gigante com três lustres enormes, que faz divisa com a estação. Aliás, a estação também possui uma arquitetura fantástica com as estruturas de ferro  e a bilheteria que manteve a decoração em madeira original, bem como o relógio que lembra o da estação de trem da antológica cena do filme Os Intocáveis.
"O caipira picando fumo", de Antonio Almeida




Também estive na Pinacoteca do estado e no Jardim da Luz . A Pinacoteca está em reforma e promete reabrir com muitas novidades. Mas é possível ver parte do acervo formado por obras importantes como os quadros de Antonio Almeida, Di Cavalcanti, Anita Malfati, Volpi e Cândido Portinari. É possível através do site se informar sobre a data da abertura da nova disposição de exposição do acervo. Mas assim como a Sala São Paulo, o prédio da Pinacoteca já vale o passeio. Há também uma loja funcionando e uma cafeteria também em reforma que reabrirá na nova fase. Para entrar na Pinacoteca, durante a semana, você paga R$ 6 inteira e R$ 3 meia entrada. Os ingressos valem para o Memorial.
Algumas obras a Pinacoteca estão no Jardim da Luz
Ao lado o Jardim da Luz, com seus mais de 110 mil metros quadrados de Mata Atlântica está ao lado da Estação da Luz, próximo ao Museu de Arte Sacra de São Paulo e ao Departamento Histórico da Prefeitura do Município. No Jardim, encontra-se a sede da Pinacoteca de São Paulo. Originalmente um jardim botânico, foi transformado em jardim público no fim do século XIX.
Em 1900 foi aí inaugurada a sede do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, prédio que atualmente abriga a supracitada Pinacoteca.
O aquário da Luz está com a água muito suja
Durante grande parte do século XX o Jardim passou um grave período de degradação, servindo de zona de prostituição e tráfico de drogas. A situação reverteu-se com uma política de revitalização da região central levada a cabo pelo Governo do Estado cujos resultados foram, entre outros, a instalação de esculturas ao longo do parque, reforma da Pinacoteca, maior policiamento e valorização da região.
Algumas obras do acervo da Pinacoteca estão expostas no parque que também possui um aquário (que poderia estar mais bem cuidado)
Um casal de namorados
no subsolo de um dos lagos. Apesar de as instalações estarem limpas e, pasmem!, sem cheirinho de xixi - comum naquela região da cidade - a água dos peixes está muito turva e com poucos peixes. Tem também uma caverna artificial bem interessante. Em cima dela fica um belvedere com bancos em volta, um lugar bem romântico, bom para namorar. 
Vista lateral do prédio da Pinacoteca
Pra fazer um passeio desse não se gasta muito, mas é bom vestir roupas bem confortáveis e tênis ou sapatos que não apertem os pés porque a gente anda muuuito. É bem agradável o contato com a natureza e com as obras de arte. Assim como, apesar de não ser tão agradável o contato com as celas do  Memorial, mas é bacana ver que moramos num país de relativa liberdade onde se pode lembrar de tempos que deveriam ser esquecidos mas ao mesmo tempo, devem ser lembrados para que não se repitam. Todas as escolas, faculdades, igrejas e comunidades deveriam organizar visitas a esses locais, principalmente ao Memorial para que essas novas gerações tomem consciência dos erros do passado e eles não se repitam.





segunda-feira, 14 de março de 2011

Digressões de Walkiria

Ligar ou não ligar, desligar, deixar pra lá, sem se importar, esquecer, desfrutar, dormir, saborear, degustar, esquecer, mergulhar, em si mesmo, esquecer, desligar, relaxar, des-sofrer, des-doer. Viver para si. Esquecer o outro, do outro, desligar-se, do outro. Ligar-se em si, mergulhar em si mesmo. Olhar para dentro, dentro, foco, centro, centrada, ser. Inteira, íntegra, entrega, entregar, entregar-se sem perdas, perdoar, perder, perder-se do outro. Diferenciar-se. Ser você: você é você e o outro é outro.

terça-feira, 8 de março de 2011

Do diário óbvio de Walkiria - 27/12/2010

Walkiria estava tomada por uma angústia que doía por dentro, corroía, ardia entre as pernas. Uma mistura de desejo e raiva, desejo e medo, desejo e dúvida.
Ela queria muito ter coragem de dizer olhos nos olhos tudo o que estava sentindo, mas quando ficava a sós com Maurício ficava muda.
Era assim. Maurício era o pai de seus filhos. Eles estavam separados há mais de 10 anos. Um dia, tempos atrás, Wal viu uma reportagem no Globo Repórter que mostrava um casal que voltara após 10 anos de divórcio. Na época, ela achou um absurdo e pensou que isso nunca, jamais aconteceria com ela. Porém, o que era então isso agora? Não era a primeira vez que ela pensava em voltar. Não voltar para o passado, porque ninguém volta para o passado. Mas voltar para o sentimento que ela ainda nutria por Maurício e que negara durante uns bons pares de anos. No começo da separação, claro, foi aquela confusão, muita briga, discussão, ofensas. Mas Wal, já fazia um tempão, não aguentava mais saber que Maurício tinha namorado Ana, Beatriz,Carolina, Daniela....era melhor não pensar. Hoje Walkiria entendia que chegou ao cúmulo de receber em sua casa uma das tais namoradas e as pessoas ficavam divididas: ah, como a Wal é moderna e compreensiva...ah, como a Wal é boba, onde já se viu? Hoje ela sabe que não vai mais admitir isso. Hoje, Walkiria entende que a pseudo modernidade era a mais pura manifestação de sua persona, a máscara que todos criamos para conseguir sobreviver nesse mundão de Deus. Se Maurício não ficasse com ela, se Maurício tivesse outra namorada qualquer, além de morrer (e de ter de renascer, como sempre) Walkiria sabia que nunca mais conseguiria olhar nos olhos dele.
Walkiria imaginava que, agora, uma vida a dois teria de ser construída, tijolo a tijolo, por mais lugar-comum que a expressão pudesse ser. Dia a dia. Mas de uma coisa ela tem certeza: não vai sobreviver emocionalmente a outros casos dele. Se casos existirem.

Deixando o Rancor de Lado: Cultivando a Liberdade Interior

O   rancor é um sentimento negativo que pode prejudicar nossa saúde mental e nossos relacionamentos. Abaixo, apresento algumas estratégias ...