quinta-feira, 14 de abril de 2011

Quantas coisas temos que fazer para manter um casamento?

A frase acima seria um bom título para um filme do Woody Allen. E como os filmes dele, nem sempre o final seria feliz ou previsível como a maioria das comédias românticas americanas.
Mas a pergunta incita respostas abrangentes. Uma ocasião conheci um homem maduro casado há mais de 20 anos que dizia não fazer mais sexo com sua esposa. Viviam como irmãos. E eu não via sentido nisso. Aliás, continuo não vendo. Mas a gente sabe que existem inúmeros casais que vivem assim e isso não tem nada a ver com a idade. Mas o casamento se mantém. O casal mora na mesma casa, dorme na mesma cama, convida amigos para jantar, viaja, comemora Natal, aniversários.
Em outros casos, a esposa mantém o marido apesar de ele traí-la sistematicamente. Mas isso está mudando. Há homens que estão achando caro manter a esposa, digamos, original de fábrica, e estão preferindo o divórcio e um novo relacionamento com alguém bem mais jovem e que não dê nem muitas despesas nem fique fazendo cobranças ou exigências. Tipo assim: estão trocando o Corolla anos 2005 por um Uno Vivace 2012.
E há os casais que ainda encaram o casamento como um aprendizado. E todo aprendizado implica cometer erros e corrigi-los. Mas isso exige uma boa dose de maturidade e alteridade, quer dizer, se colocar no lugar do outro antes de criticar, antes de cobrar, antes de exigir que o "outro" o aceite como você é, você deve aceitar o "outro" como ele é. E quem faz isso? Ou quem consegue fazer isso?
Por que respeitar o que o outro gosta é tão difícil? Por que somos essencialmente EGOístas e defendemos a satisfação de nossas necessidades acima de tudo. Claro que, tudo isso se processa internamente e nós nem nos damos conta. Por isso é tão importante a auto-observação. O se olhar e se enxergar. Mas nem todo mundo gosta, porque em geral o que se vê é muito diferente da nossa imagem idealizada de nós mesmos. Dói. Dói muito. Por isso esse processo, muitas vezes, diria que na maioria das vezes, deve ser acompanhado por um especialista: um padre, um pastor, um terapeuta, psiquiatra, psicólogo.
Porque dá um nó na cabeça. E uma dor enorme no coração. Acontece que sem isso não crescemos. Vamos continuar meninos e meninas mimados, filhinhos de nossas mamães e papais.
Não tenho a fórmula, não tenho receitas. E nem digo que o autoconhecimento é a fórmula ou a receita. É o processo.
Então, não tenho a receita para manter um casamento feliz (complemento que não estava no título deste post). Mas se não for para ser feliz, para que mantê-lo?
Então, não tenho a fórmula, mas sei por experiência própria que o esforço é grande e deve ser compartilhado. E quando um perceber que o outro não está se empenhando dentro da proposta inicial que o levou a ter um relacionamento sério e marital, sou a favor de falar. A dedicação deve ser mútua. Do contrário, mais cedo ou mais tarde, o Titanic vai encontrar um iceberg pela frente.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A familiaridade cria tédio

O rosto muda.
"A familiaridade cria tédio. Vc nunca é receptivo ao familiar. Vc nunca olha sua esposa. Ela está com vc há tantos anos que vc se esqueceu completamente de que ela existe. Qual é o rosto da sua esposa? Vc olhou para ela recentemente? Talvez já tenha se esquecido completamente do rosto dela. Se vc fechar os olhos e meditar e se lembrar, poderá se lembrar do rosto - e dos olhos - para o qual vc olhou pela primeira vez. Mas sua mulher é um fluxo, um rio mudando constantemente. O rosto mudou, ela agora ficou velha. O rio correu e correu, novas curvas foram formadas; o corpo mudou. Vc olhou para ela recentemente? Sua mulher é tão familiar que não há nenhuma necessidade. Devido à familiaridade, tudo desapareceu. Mas não foi sempre assim. Certa vez vc se apaixonou por essa mulher. Esse momento não existe mais; agora vc não olha absolutamente para ela. Maridos e mulheres evitam se olhar." (Osho, em Vida, Amor e Riso)
Vc já olhou para sua mulher hoje?

Vale para as esposas tb, é claro!

Deixando o Rancor de Lado: Cultivando a Liberdade Interior

O   rancor é um sentimento negativo que pode prejudicar nossa saúde mental e nossos relacionamentos. Abaixo, apresento algumas estratégias ...