quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Convide o "outro" para almoçar

O vídeo da ativista americana Elizabeth Lesser segue na linha do "o que me incomoda no outro está em mim".
Vale como reflexão também sobre assumirmos que o "outro" reflete aquilo que está em mim e que eu não reconheço.
Com o tempo começamos a entender o verdadeiro significado do conceito africano ubundu adotado pelo 10º presidente da África do Sul, Nelson Mandela, " Eu preciso de você para ser eu, e você precisa de mim para ser você", e citado por Elizabeth durante sua palestra.
Acesse o link abaixo e surpreenda-se!




Elizabeth Lesser: Convide “o Outro” para almoçar | Video on TED.com

Mulheres no trem

Como andam as mulheres nesse trem desumano, pegajoso, que cheira a suor, pum e arroto?
Andam, em sua maioria, em pé, apertadas, amassadas, cansadas, tocadas, bolinadas, caladas, sofridas essas mulheres.
Os homens vão sentados, em sua maioria.
As mulheres, em pé. Poucos homens dão lugar, dão espaço, dão atenção, consideração às mulheres, sejam novas, sejam velhas, crianças, mulheres barrigudas, bonitas, feias, gordas, magras. Carregam sacolas, crianças, malas, guarda-chuvas, pacotes, caixas. Sozinhas. Sem ajuda. Ninguém ajuda, às vezes outra mulher. às vezes mais velha até da mesma idade. Mais nova, difícil. Pensa que não vai envelhecer. Olha pro lado, de lado, desvia o olhar, finge que dorme. Abre a boca. Baba. Homens? Dormem,roncam, têm o olhar perdido no vazio. Desde o século passado sua maior motivação ainda é o futebol. São os primeiros a entram no vagão. São os primeiros a se sentar. As mulheres vão em pé. Ali. Na fuça deles. E, nada!
No frio é menos ruim. Mas não é bom.
No calor é pior. Não tem ar-condicionado. Um sistema de ventilação transforma o ar em algo que venta quente, agrava a temperatura. As janelas abertas não amenizam o abafado. O bafo, o mau-hálito. O calor indesejado no cangote. O encosto. O roçar incômodo. O ultraje. Dos que vão em pé. Não passam nem um perfume, um desodorante...raro sentir um cheiro bom dentro do trem vindo de um macho. Fedem. Não cheiro de macho. Cheiro de falta de banaho, de falta de amor por si mesmo. Não se gostam tanto quanto não gostam de mulheres, de crianças, de velhos...

As mulheres têm alma. Homens têm alma. Alma feminina. Alma masculina. Há que resgatar essas almas. Há que salvar essas almas.
Almas sofridas, vividas, cheias de vida.
Há que deixar essas vidas se manifestar, brotar, nascer, desabrochar, emergir, vir à tona.
Mas como? Como acessar esse feminino tão ultrajado? Tão vilipendiado? De que maneira? E o masculino? Onde está?

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Quer se curar? Mude sua atitude

Carl Gustav Jung
Muito se discute sobre a necessidade de a psicoterapia ter ou não um curso de formação com reconhecimento de órgãos oficiais. Atualmente, a psicanálise de Freud ou a psicologia analítica de Carl Gustav Jung, aqui no Brasil, possuem formação através de cursos livres e prescindem de faculdades ou cursos com chancelas oficiais. O assunto é polêmico e há quem defenda uma formação acadêmica, e algumas sociedades tecnocratas oferecem cursos na área com  exigência de que o candidato tenha formação em psicologia ou até mesmo medicina. Nada impede que os psicólogos se interessem pelos assuntos da alma do ser humano, muito menos os médicos - estes, aliás, poderiam se interessar mais pelo assunto mesmo, conforme o próprio Jung comenta em seu livro A Prática da Psicoterapia ( e olha que ele podia falar, pois ele era formado em medicina!)
Entretanto, é exatamente o doutor Jung que do alto de sua experiência e dos seus conhecimentos escreveu o texto a seguir:

"A psicologia não é assunto exclusivo para especialistas, nem se limita a certas doenças. É universal e humana; e como a humanidade, ela se diversifica, de acordo com o tipo de profissão, de doença etc. Também não se restringe ao instintivo ou biológico. Se assim fosse, ela podertia até constar de um manual de biologia sem o menor problema. Mas não é isso que acontece, muito pelo contrário: seus aspectos sociais e culturais revestem-se de uma importância tal, que sem eles nem seria possível imaginar a psique humana. Por isso, é impossível falar de uma psicologia geral e normal, como se ela resultasse simplesmente do embate entre instinto e moral, ou outras oposições do gênero. Desde o início da história, o homem se deu suas próprias leis. e ainda que fossem invenção dos nossos antepassados malevolentes, como Freud parece sugerir, é estranho que, em todos os tempos, a humanidade tenha se norteado por elas, em silêncio.
O próprio Freud, que queria ver a sua psicanálise limitada ao âmbito da medicina (com invasões, apenas circunstanciais em outros campos), viu-se obrigado a lidar com questões de principio, que ultrapassavam de longe a medicina pura. O simples tratamento superficial de um paciente inteligente conduz inevitavelmente a problemas fundamentais, já que a neurose ou qualquer conflito psíquico depende muito mais da atitude pessoal do paciente, do que da história da sua infância. Quaisquer que tenham sido as influências sofridas pelo paciente em sua juventude, ele tem que acabar se conformando. E só vai consegui-lo, se tomar uma atitude adequada. A atitude é da maior importância. Freud, pelo contrário, atribui importância primordial à etiologia (s.f. Ciência das causas, da origem das coisas.Parte da medicina que pesquisa as causas das doenças) do caso, pois supõe que a cura da neurise se opera, assim que as suas causas se tornam  conscientes. Na verdade, o conhecimento das causas é de tão pouca serventia como, por exemplo, o conhecimento exato das causas da guerra, para ajudar a valorizar o Franco Francês. A tarefa da psicoterapia consiste em mudar a atitude consciente, e não em correr  atrás de reminiscências submersas da infância. Uma coisa não é possível sem a outra, certamente, mas a ênfase deveria ser posta na atitude (consciente) do paciente. Isto tem sua razão de ser; pois quase todo neurótico gosta demais de ficar preso a seus sofrimentos passados, remoendo suas recordações cheio de autocompaixão. Muitas vezes sua neurose consiste no fato de estar preso ao seu passado e querer justificar tudo pelo que ocorreu no passado."

Então, é isso, quem quiser a ajuda de um psicoterapeuta saiba que ele não faz milagres. É preciso vontade e disposição para mudar. O especialista ampara, dá suporte. Mas é o cliente que tem de mudar de atitude! Como disse Jung.

domingo, 25 de setembro de 2011

Repetindo padrões

Se você é daquelas pessoas que estão sempre entrando em situações desagradáveis que se repetem em sua vida, e que o fazem dizer: eu não tenho sorte com amor, com dinheiro, com empregos, com chefes...então, o texto a seguir, extraído do livro "FLUA" de Louis Burlamaqui vai ajudá-lo a compreender que, se você está repetindo padrões de comportamentos é saudável prestar atenção e procurar a ajuda de um profissional especializado, porque dificilmente saímos desse círculo vicioso sozinhos.

"O verdadeiro propósito das relações humanas é o aprendizado. Todos nós aprendemos nos relacionando. É comum casais divergirem, e não há problema nenhum nisso. O aprendizado reside em outra esfera, mais sutil. Ele existe na irritação e na raiva, quando manifestadas em alguma situação ou no comportamento de alguém na relação a dois. 
A irritação e a raiva são sinais poderosos sobre nós mesmos por meio do espelhamento do outro. A disfunção é revelada pela emoção.
Quando sentimos raiva ou uma irritação forte devido a algum comportamento do companheiro ou companheira, isso pode ser um sinal de algo de que não gostamos em nós mesmos e que não foi reconhecido nem tratado.
Relacionamentos são acordos entre as partes para compartilhar realidades mútuas, de modo a obter feedbacks sobre a verdadeira natureza da experiência.
Se vivemos sempre os mesmos problemas com as pessoas e temos a sensação de que determinada situação se repete em nossa vida, isso nada mais é do que um sinal de que ainda precisamos desses "joguinhos" emocionais para alimentar nosso aprendizado.
Flávia é uma oftalmologista (...) que antes de se casar (...) sempre namorou homens que lhe traziam problemas. Eles a tratavam mal, moldavam-na, queriam ter pleno controle sobre ela. Ela sempre se queixava, apaixonava-se por eles e sofria nas relações. Quando terminava comum pelos motivos acima, aparecia um novo namorado, com personalidade diferente, estilo diferente, mas que a tratava da mesma forma. Até que um dia se casou.
Dois anos depois, sentada no sofá da casa de sua mãe, chorando, disse que era sempre agredida com palavras e que o marido era rude, dentre outras coisas. Disse que sempre sonhou com um homem gentil, e não entendia por que o destino sempre trazia homens bonitos, sarados e dominadores para a sua vida. Ela sempre se apaixonava pelos homens errados. Dos poucos que conheceu que eram realmente diferentes ela não conseguiu gostar.
Ora, a vida não trouxe nenhum desses homens para ela. Foi Flávia quem os atraiu. Foi seu modelo de ressonância, Ela precisava desses homens para aprender algo. O problema é que, como não apreendia, o padrão se repetia. E sempre vai se repetir enquanto não houver aprendizado. Rompe-se uma relação e o padrão vem em outra, mais cedo ou mais tarde, se não existir aprendizado."


sábado, 24 de setembro de 2011

O que me incomoda no outro está em mim

"Na China antiga, um homem chamado Wong sentia-se hostilizado pelas pessoas da pequena aldeia onde morava. Um dia, o sr. Wong foi visitar o sábio da região e desabafou:

_Cumpro minha obrigações para com os deuses, sou um bom cidadão, um exemplar chefe de família, vivo praticando a caridade...Por que as pessoas não gostam de mim?

A resposta do mestre foi simples: embora o sr. Wong fosse caridoso, o seu rosto sério levava todos a uma conclusão diferente. Ainda que fosse muito rico, era pobre de alegria e cordialidade, e nunca sorria, apesar de sempre ajudar as pessoas.

O sábio deu ao sr. Wong uma máscara sorridente, que se ajustava perfeitamente ao seu rosto. Advertiu-o, entretanto, de que, se algum dia a tirasse do rosto, não conseguiria recolocá-la. No primeiro dia em que Wong saiu à rua, todos começaram a cumprimentá-lo e, em pouquíssimo tempo, já estava cheio de amigos. Mas, um dia, chegou à conclusão de que as pessoas não gostavam dele, mas da máscara, pensou: "É  preferível ser hostilizado a ser estimado por uma máscara falsa". Foi até o espelho e retirou a máscara sorridente. Mas que surpresa...O seu rosto tornara-se também sorridente, assumira as expressões e o sorriso da máscara....

O sr. Wong mudou sua face simplesmente porque começou a retribuir o que recebia. Isso remete-nos ao simples fato de que entre mim e o outro existe uma relação fina de troca, seja positiva, seja negativa, e ela é sem dúvida uma oportunidade de muito aprendizado.

Sempre que o leitor julgar alguém, sempre que se sentir irritado, ressentido com os defeitos do outro, deverá refletir: "Será que eu não tenho algo semelhante e estou com dificuldade de reconhecer isso em mim, sendo mais fácil acusar p outro?".
(Texto extraído do livro "Flua", de Louis Burlamaqui, 2011)

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

SIGNIFICADO DAS DOENÇAS

Difícil que alguém ainda não tenha ouvido falar em Louise Hay .

Mas, o fato é que ela afirma com conhecimento de causa que "todas as doenças que temos são criadas por nós. Somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo." 

Ela teve um câncer e se curou com afirmações positivas, mudanças de hábitos, de alimentação e uma atitude positiva diante da vida.

Louise diz que "todas as doenças têm origem num estado de não-perdão.Sempre que estamos doentes, necessitamos descobrir a quem precisamos perdoar.Quando estamos empacados num certo ponto, significa que precisamos perdoar mais.Pesar, tristeza, raiva e vingança são sentimentos que vieram de um espaço onde não houve perdão. Perdoar dissolve o ressentimento.

A seguir, você vai conhecer uma relação de algumas doenças e suas prováveis causas, assim elaboradas. Reflita, vale a pena tentar evitá-las. Ao lado de algumas das doenças, coloquei observações minhas, bastante pessoais, sobre situações vividas relacionadas com os tópicos e que só há pouco tempo tomei consciência de como evitá-las. Falo sobre isso também em cada um dos comentários: 

DOENÇAS/CAUSAS

AMIGDALITE:
- Emoções reprimidas, criatividade sufocada. Quando criança fui a rainha da garganta infla mada. Tive garganta inflamada até os 24/25 anos. Depois, fiz um tratamento com uns comprimidos que o médico chamou de vacina, cujo nome não me lembro, e fiquei muitos anos sem a tal da dor de garganta. Fui ter dor de garganta novamente em 2004 ou 2005 quando tive um relacionamento com uma pessoa que me humilhou profundamente. Claro, fui eu que atraiu todas essa situação. Mas na época eu ainda não sabia. De lá pra cá nunca mais tive dores de garganta e quando surge uma ameaça eu já converso com ela e analiso o que foi que eu não falei? O que foi que eu engoli que não queria engolir? O que está entalado? E boto pra fora! A dor passa na hora!

ANOREXIA:
- Ódio ao externo de si mesmo.

APENDICITE:
- Medo da vida. Bloqueio do fluxo do que é bom.

ARTERIOSCLEROSE:
- Resistência. Recusa em ver o bem.

ARTRITE:
- Crítica conservada por longo tempo.

ASMA:
- Sentimento contido, choro reprimido.

BRONQUITE:
- Ambiente familiar inflamado. Gritos, discussões.

CÂNCER:
- Mágoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.

COLESTEROL:
- Medo de aceitar a alegria.

DERRAME:
- Resistência. Rejeição à vida.

DIABETES:
- Tristeza profunda.

DIARRÉIA:
- Medo, rejeição, fuga.

DOR DE CABEÇA:
- Autocrítica, falta de autovalorização. Tive dores de cabeça a minha vida toda. Não sabia que estavam ligadas à minha baixa autoestima. Já faz muito tempo que não tenho e quando ela aparece procedo como no caso da dor de garganta. Ah! e, claro! Sou extremamente autocrítica!

DOR NOS JOELHOS:
- Medo de recomeçar, medo de seguir em frente. Pessoas que procuram apoiar se nos outros.

ENXAQUECA:
- Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.

FIBROMAS:
- Alimentar mágoas causadas pelo parceiro (a).

FRIGIDEZ: -
- Medo. Negação do prazer.

GASTRITE:
- Incerteza profunda. Sensação de condenação.

HEMORRÓIDAS:
- Medo de prazos determinados. Raiva do passado. 

HEPATITE:
- Raiva, ódio. Resistência a mudanças.

INSÔNIA:
- Medo, culpa.

LABIRINTITE:
- Medo de não estar no controle.

MENINGITE:
- Tumulto interior. Falta de apoio.

NÓDULOS:
- Ressentimento, frustração. Ego ferido.

PELE (ACNE):
- Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.

PNEUMONIA:
- Desespero. Cansaço da vida.

PRESSÃO ALTA:
- Problema emocional duradouro não resolvido.

PRESSÃO BAIXA:
- Falta de amor quando criança. Derrotismo.Nossa, Tinha muita pressão baixa quando criança e adolescente. E, sim, não me sentia amada suficientemente.

PRISÃO DE VENTRE:
- Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente. No meu caso é sazonal e, sim, acontece em ocasiões de falta de grana.

PULMÕES:
- Medo de absorver a vida.

QUISTOS:
- Alimentar mágoa. Falsa evolução.

RESFRIADOS:
- Confusão mental, desordem, mágoas. São raros, hoje me dia, mas, claro, tive milhares ao longa da vida. E, sim, tiveram a ver com desordem, principalmente.

REUMATISMO:
- Sentir-se vitima. Falta de amor. Amargura.

RINITE ALÉRGICA:
- Congestão emocional. Culpa. Crença em perseguição.

RINS:
- Medo da crítica, do fracasso, desapontamento.

SINUSITE:
- Irritação com pessoa próxima. Minha primeira crise foi quando eu estava com 25 anos, mais ou menos, de segundo casamento novo e, sim várias coisas me irritavam na ocasião com pessoas muito próximas. Hoje em dia, é tiro e queda> Já sei identificar os motivos que me levam a ter pequenas crises de sinusite.


TIREÓIDE:
- Humilhação.

TUMORES:
- Alimentar mágoas. Acumular remorsos. Se valer pólipos, tem tudo a ver. Tirei alguns do meu endométrio em 2000. Mas eles começaram a surgir, ou pelo menos eu tomei conhecimento deles, quando fiquei grávida do Rafa, em 1995, mais ou menos.

ÚLCERAS:
- Medo. Crença de não ser bom o bastante.

VARIZES:
- Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado. Ah! surgiram silenciosamente quando eu tinha uns 30 anos. E, sim, com frequência me sinto sobrecarregada. Sorte que elas não aumentaram na proporção dos meus sentimentos de sobrecarga.

 Bom, nem todo mundo acredita nisso. Mas a coisa se processa mais ou menos assim: todos nós, quando crianças, não processamos bem algumas informações. Então, se essas informações nos provocaram emoções elas ficam gravadas no nosso subconsciente e se transformam em complexos, que podem ser de inferioridade, de poder (que compensa o de inferioridade), materno, paterno só para citar os piores. E aí, ao longo da nossa vida vamos viviendo ligados no piloto automático reagindo em vez de agir.

Quando surge alguma situação ou alguém que desperte em nós um desses complexos...pimba, reagimos defensivamente. claro, isso é natural. A própria psique engendra isso tudo e aí surgem os sonhos para nos ajudar a compensar os complexos trazendo símbolos para nos tranquilizar.

Se a pessoa fizer terapia, ela terá mais chances de elucidar essas questões e integrar esse lado escondido - tudo aquilo que foi negado na infância ou criticado ou reprimido vai pra sombra, ou seja, lá estão também os talentos, porque quando uma criança chega para o pai ou para a mãe, professor etc, e mostra um desenho e é ridicularizada ou criticada, aquele "talento" criativo é arquivado no lado escuro como uma coisa feia, inútil e isso acontece sempre acompanhado de alguma emoção como a raiva, por isso, fica gravado; se não houver emoção, não tem problema - e aceitar que possui "coisas feias" como a raiva por exemplo, a inveja, o orgulho, a soberba....mas igualmente descobrirá que a raiva tem seu lado positivo, a inveja e a soberba também e que tudo aquilo que condenaram em nós - e nós acreditando também passamos a condenar - pode ser usado a nosso favor.

Quando isso não acontece vira doença.

A emoção, se for negativa, contida, não elaborada, não trabalhada, vira doença. Reparem que Louise Hay associa as doenças a emoções negativas.

Na terapia, o psicoterapeuta está habilitado a ajudar e amparar o cliente para que ele acesse esses conteúdos, aceite-os e assim, possa transformá-los de carvão em diamante.

O mestre Jung dizia que "...em todos os casos....torna-se imprescindível uma certa reeducação e transformação da personalidade, pois se trata invariavelmente de uma evolução deficiente do indivíduo, que, em regra, remonta à infância." (1981 - Jung).

Portanto, caros, quanto antes procurarmos ajuda especializada menos sofrimento teremos no futuro.

O otimismo surge do contato com a lei

Nenhum grande instrutor disse jamais  que o caminho do autoconhecimento é cômodo ou fácil. Ao contrário: é nos momentos desafiadores que o ser humano pode conhecer melhor a si mesmo.   

O hábito da preguiça e da comodidade leva à estrada ampla do derrotismo. Mas o ser humano maduro olha profundamente o mundo a seu redor e vê a bênção e a libertação espiritual ocultas sob a aparência de sofrimento. A sua consciência focaliza a fonte da bênção, que é permanente, e ignora o sofrimento, que é passageiro.   
  
Mas o que é, exatamente,  otimismo?  A pergunta merece ser examinada.

Otimismo é o hábito de harmonizar a mente com o Ótimo que há em nosso interior.  O Território do Ótimo está localizado em nossa alma imortal.  É ali que mora a bênção permanente;  e ela lança sobre nós os raios de sol da iluminação, cada vez que o merecemos. O pessimismo,  por outro lado, surge  de um estado de infantilidade espiritual e psicológica pelo qual a pessoa sintoniza com alguma forma de preguiça de enfrentar os obstáculos.  O pessimismo é uma desistência de avançar em direção à vitória e à sabedoria. É uma justificativa para o hábito de não fazer nada. É uma desculpa para a irresponsabilidade ética. Se não podemos dar grandes passos, podemos dar passos tão pequenos quanto nossas forças permitirem.  Mas sempre é possível avançar. Avançar, em teosofia,  é sinônimo de TENTAR.  Interiormente, toda tentativa séria é um avanço.   

A coragem é necessária?   Seguramente. Em uma das suas possibilidades etimológicas, a palavra “coragem” vem de “core”, a raiz da palavra “coração”.  Por isso temos a expressão popular “coração de leão”; o  leão é um símbolo de coragem. O otimismo e a coragem andam juntos porque eles são dois raios da luz que surge do sol, ou do coração.  A expressão “raios de luz” é correta porque o coração é o Sol microcósmico  do corpo físico e da aura individual.  Assim como o cérebro, o coração é um centro de vida e de sabedoria. Mas é bom lembrar que o cérebro de um ser desperto também é comparável a um pequeno sol. Este fato é  ilustrado simbolicamente  pelas aureolas que há em torno da cabeça dos santos, em obras de arte da antiguidade.  

Nos grandes momentos da história humana – como  nos grandes momentos da  vida de cada aprendiz  –  rompem-se cascas de ilusão para que a luz brilhe mais diretamente.  Naturalmente, aquilo que a luz ilumina nem sempre é belo no primeiro momento.  Então os fracos e os inexperientes choram e desanimam. Mas os fortes despertam para o seu verdadeiro potencial, corrigem o rumo, vão à frente e agem à altura dos desafios.

O que é ótimo não está apenas  no interior da nossa alma.  Ele é também a nossa essência, e  por isso a filosofia ensina que todo obstáculo é sempre secundário. Os desafios são convites para o despertar do Eu Interior, do Verdadeiro Ser, do eu superior, Atma-Buddhi.  O aprendiz da sabedoria dá atenção ao que é permanente, isto é,  à inevitável vitória gradual da alma.

O indivíduo só se deixa carregar para este ou aquele estado de espírito, conforme recebe ou vê  notícias 'boas' ou 'ruins' ao seu redor, enquanto a ingenuidade espiritualmente infantil ainda predomina em sua vida.   O uso efetivo da força do pensamento – ao longo de um caminho elevado, realista e justo – é um fator determinante em todo processo cármico positivo.  O pensamento é o leme do carma. Quando assumimos a nossa responsabilidade sobre o rumo da vida, colocamos o leme na posição correta e passamos a eliminar as causas do sofrimento.


Texto publicado originalmente no boletim “O Teosofista”, n.º17 Outubro de 2008, do website www.FilosofiaEsoterica.com e enviado pelo colega terapeuta Geraldo de Souza

Os sintomas e seus significados

Emprestei do meu colega de profissão, o terapeuta Geraldo de Souza, alguns simbolismos sobre sintomas mais comuns que acometem as pessoas no dia a dia e que geralmente as levam para dentro de um consultório médico, quando na verdade, depois de se medicarem fisicamente, deveriam levá-las a procurar ajuda para curar suas almas, papel que o psicoterapeuta está apto a desempenhar. 
Leia a seguir, alguns exemplos dos sintomas mais recorrentes.

  • A garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
  • O resfriado ocorre quando o corpo não chora. 
  • O estômago arde quando a raiva não consegue sair. 
  • O diabetes invade quando a solidão dói. 
  • O corpo engorda quando a insatisfação aperta. 
  • A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam. 
  • O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar. 
  • A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável. 
  • As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas. 
  • O peito aperta quando o orgulho escraviza.
  • O coração enfarta quando chega a ingratidão. 
  • A pressão sobe quando o medo aprisiona. 
  • As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza.
  • A angústia e a depressão aparecem quando se perde a autoestima e o controle.
  • As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas. 
  • O peito aperta quando o orgulho escraviza.
  • O coração enfarta quando chega a ingratidão. 
  • A pressão sobe quando o medo aprisiona. 
  • O sentimento de abandono e maus-tratos geram mágoas, raivas, ódios e somatizações.
  • A falta de amor a si mesmo, emperra a evolução consciencial e espiritual.
  • O plantio é livre.  A colheita, obrigatória.
O(s) sintoma(s) aparece(m)  para que ocorram as reflexões e busca de uma solução melhor, mas nós quase sempre ficamos na linha dos normóticos, resignados, aceitando tudo que nós vem, mesmo o que não nos servem mais, cultivando crenças negativas, adotando o equívoco do coitado, abandonado, o bonzinho, o dadivoso, “ajuda a todos, mas ninguém me ajuda.” 

Reflita, o que lhe está prejudicando e coloque para fora, e faça terapia psicanalista com profissional de sua confiança que você pode alcançar melhora e cura há tempo!Sua saúde e sua vida dependem de suas escolhas!!! 

"Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade."  Mário Quintana

domingo, 18 de setembro de 2011

As Walkirias - uma breve pesquisa

Aproveitando a participação da terapeuta Luciaurea Coelho em nosso blog, resolvi publicar uma pesquisa feita tempos atrás, assim que minha amiga Walkiria decidiu se manifestar e dar as caras por aqui. Espero que gostem e que, de certa forma, algumas questões se iluminem não só para a Wal como para todas nós mulheres, porque o dilema dela é muito parecido com o de milhares de mulheres nos dias de hoje.
No próximo post vou explicar que todos nós vivemos um mito e como isso influencia nossas atitudes. Os movimentos são inconscientes, mas saber que existe essa influência dos mitos, que é arquetípica, nos ajuda a identificar os motivos que nos levam a agir dessa ou daquela forma. Deixamos de agir inconscientemente e passamos a agir com mais consciência. De certo modo, é isso que minha amiga está tentando fazer: ser mais consciente de seus dilemas e, a partir daí, transformar sua vida. Porque uma coisa é fato: acredite você ou não nisso, pode apostar, seus atos são influenciados, guiados, conduzidos por mitos. Quanto mais cedo descobrir, menos tempo perderá sofrendo.

The Valkyrie's Vigil ("A Vigília da valquíria"), de Edward Robert Hughes
Na mitologia nórdica, as valquírias eram deidades[1] menores, servas de Odin[2]. O termo deriva do nórdico antigo valkyrja (em tradução literal significa "as que escolhem os que vão morrer"). Nos séculos VIII e IX o termo usado era wælcyrge.
As valquírias eram belas jovens mulheres que montadas em cavalos alados e armadas com elmos e lanças, sobrevoavam os campos de batalha escolhendo quais guerreiros, os mais bravos, recém-abatidos entrariam no Valhala[3]. Elas o faziam por ordem e benefício de Odin, que precisava de muitos guerreiros corajosos para a batalha vindoura do Ragnarok.[4]

As valquírias escoltavam esses heróis, que eram conhecidos como Einherjar, para Valhala, o salão de Odin. Lá, os escolhidos lutariam todos os dias e festejariam todas as noites em preparação ao Ragnarok, quando ajudariam a defender Asgard na batalha final, em que os deuses morreriam. Devido a um acordo de Odin com a deusa Freya,[5] que chefiava as valquírias, metade desses guerreiros e todas as mulheres mortas em batalha eram levadas para o palácio da deusa.

Estátua de uma valqíria com uma lança - Copenhagen, Dinamarca
feita em 1908 pelo escultor norueguês Stephan Sinding (1846-1922).
As valquírias cavalgavam nos céus com armaduras brilhantes e ajudavam a determinar o vitorioso das batalhas e o curso das guerras. Elas também serviam a Odin como mensageiras e quando cavalgavam como tais, suas armaduras faiscavam causando o estranho fenômeno atmosférico chamado de Aurora Boreal.

As valquírias originais eram Brynhild ou Brynhildr ("correspondente de batalha", muitas vezes confundida Brunhilde, da Saga dos Nibelungos), Sigrun ("runa da vitória"), Kara, Mist, Skogul ("batalha"), Prour ("força"), Herfjotur ("grilhão de guerra"), Raogrior ("paz do deus"), Gunnr ("lança da batalha"), Skuld ("aquela que se torna"), Sigrdrifa ("nevasca da vitória"), Svana, Hrist ("a agitadora"), Skeggjold ("usando um machado de guerra"), Hildr ("batalha"), Hlokk ("estrondo de guerra"), Goll ou Göll ("choro da batalha"), Randgrior ("escudo de paz"), Reginleif ("herança dos deuses"), Rota ("aquela que causa tumulto") e Gondul ou Göndul ("varinha encantada" ou "lobisomem").

O portal norte da Igreja de madeira de Urnes do século XI tem sido interpretado como contendo representações de serpentes e dragões que representam o Ragnarök[11]
Richard Wagner compôs uma imponente ópera chamada "As Valquírias" (Die Walküre).[6]


[1] Deidade é o conjunto de forças ou intenções que materializam a divindade. A deidade é a fonte de tudo aquilo que é divino. A deidade é característica e invariavelmente divina, mas nem tudo o que é divino é deidade necessariamente, ainda que esteja coordenado com a deidade e tenha a tendência de estar, em alguma fase, em unidade com a deidade – espiritual, mental ou pessoalmente. Etimologia A palavra "deidade" deriva do Latim "deus. Relacionando os conceitos de céu ("divum", em latim) e dia ("dies"), além de estar relacionada ao termo "divino" e "divinidade," no latim "divinus," oriundo de "divus." Pode-se fazer propor uma influência do Sânscrito que também possui termos como "div(céu), e diu (dia)". Crenças - Em Filosofia, mais especificamente em epistemologia, crença é um estado mental que pode ser verdadeiro ou falso. Ela representa o elemento subjentivo do conhecimento Platão, iniciando da tradição epistemológica , ópos a crenças (opinão-"doxa"em grego) ao conceito de conhecimento.

[2] Odin ou Ódin (em nórdico antigo: Óðinn) é considerado o deus principal da mitologia nórdica.Seu papel, como o de muitos deuses nórdicos, é complexo; é o deus da sabedoria, da guerra e da morte, embora também, em menor escala, da magia, da poesia, da profecia, da vitória e da caça.Odin morava em Asgard, no palácio de Valaskjálf, que ele construiu para si, e onde se encontra seu trono, o Hliðskjálf, desde onde podia observar o que acontecia em cada um dos nove mundos.[1] Durante o combate brandia sua lança, chamada Gungnir, e montava seu corcel de oito patas, chamado Sleipnir.Era filho de Borr e da jotun ("gigante") Bestla, irmão de Vili e Ve,[2] esposo de Frigg e pai de muitos dos deuses.[3] tais como Thor, Baldr, Vidar e Váli. Na poesia escáldica faz-se referência a ele com diversos kenningar, e um dos que são utilizados para mencioná-lo é Allföðr ("pai de todos").[4]Como deus da guerra, era encarregado de enviar suas filhas, as valquírias, para recolher os corpos dos heróis mortos em combate,[5] os einherjer, que se sentam a seu lado no Valhalla de onde preside os banquetes. No fim dos tempos Odin conduzirá os deuses e os homens contra as forças do caos na batalha do fim do mundo, o Ragnarök. Nesta batalha o deus será morto e devorado pelo feroz lobo Fenrir, que será imediatamente morto por Vidar, que, com um pé sobre sua garganta, lhe arrancará a mandíbula.[6]

[3] Valhala, Valíala,Valhalla ou Walhala (há, ainda, quem use a forma original, Valhol) na mitologia nórdica ou escandinava é o local onde os guerreiros vikings eram recebidos após terem morrido, com honra, em batalha.
Odin teria ouvido que matariam todos os seus filhos e demais guerreiros. Curioso e precavido, achegou-se a deusa da sabedoria, um oráculo, que não quis lhe revelar a veracidade do boato. Insistente, Odin teria a seduzido, resultando em nove filhas conhecidas como valquírias. Odin, então, ordenara a uma delas, que foi incumbida de construir e organizar um palácio mágico, Castelo de Valhala, em Asgard (a terra dos deuses nórdicos), para onde seriam enviados todos os guerreiros mortos em batalha, chamados Einherjar. Metade das almas dos guerreiros passariam, então, os seus dias a treinarem-se em combates, desfrutando grandes banquetes e orgias a noite. A condição imposta seria a de proteger o castelo. Elas formariam um exército ("Exército das Almas Vivas"), invencível até ao advento do Ragnarok, quando combateriam ao lado de Odin. Com a chegada da noite, metade das almas seriam reconfortadas com as mesmas refeições dos deuses. A outra metade seguia para Folkvang, o palácio de Freyja.

[4] Na mitologia nórdica, Ragnarök (nórdico antigo "destino final dos deuses") é uma série de eventos futuros, incluindo uma grande batalha anunciada para por fim resultar na morte de um número de figuras importantes (incluindo os deuses Odin, Thor, Týr, Freyr, Heimdallr e Loki), a ocorrência de vários desastres naturais e a submersão subsequente do mundo em água. Depois, o mundo vai ressurgir de novo e fértil, os sobreviventes e os deuses renascidos se reunirão e o mundo será repovoado por dois sobreviventes humanos. Ragnarök é um evento importante na cânone nórdica e tem sido o tema de discurso acadêmico e teórico. O Ragnarök é o tema de muitos discursos e controvérsias para determinar a verdadeira origem da história escrita mais tarde, após a cristianização do mundo nórdico. Muitos especialistas argumentam que os textos fazem referências ao fim do mundo profético são inspirados em histórias bíblicas[1][2] do Juízo Final[3], especialmente o Apocalipse e o fim do mundo do Milenarismo[4][5], e do Eclesiastes[6][7][8]. Há também algumas comparações com outras histórias das mitologias indo-europeias, o que poderia indicar uma origem comum de mitos ou de influências pagãs externas. Para muitos estudiosos, essas influências emprestadas de outras culturas e reescritas por clérigos cristãos são erroneamente atribuídas à mitologia viking, e têm distorcido o conhecimento que temos da fé escandinava[9][10]. O texto também pode tirar suas fontes na observação das catástrofes naturais na Islândia.

O evento é atestado primeiramente no Edda poética, compilado no século XIII antes de fontes tradicionais e no Edda em prosa, escrito no século XIII por Snorri Sturluson. No Edda em prosa e em um único poema no Edda poética, o evento é conhecido como Ragnarökr ou Ragnarökkr (nórdico antigo "Crepúsculo dos Deuses"), um uso popularizado no século XIX pelo compositor Richard Wagner com o título da última de suas óperas Der Ring des Nibelungen, Götterdämmerung.

[5] Freia (em nórdico antigo: Freyja, também grafado Freya, Freja, Freyia, e Frøya) é a deusa mãe da dinastia de Vanir na mitologia nórdica. Filha de Njord e Skade (Skadi), o deus do mar, e irmã de Frey, ela é a deusa do sexo e da sensualidade, fertilidade, do amor, da beleza e da atração, da luxúria, da música e das flores. É também a deusa da magia e da adivinhação, da riqueza (as suas lágrimas transformavam-se em ouro) e líder das Valquírias (condutoras das almas dos mortos em combate).De carácter arrebatador, teve vários deuses como amantes e é representada como uma mulher atraente e voluptuosa, de olhos claros, baixa estatura, sardas, trazendo consigo um colar mágico, emblema da deusa da terra.Diz a lenda que ela estava sempre procurando, no céu e na terra, por Odur, seu marido perdido, enquanto derramava lágrimas que se transformavam em ouro na terra e âmbar no mar.Na tradição germânica, Freia e dois outros vanirs (deuses de fertilidade) se mudaram para Asgard para viver com os aesirs (deuses de guerra) como símbolo da amizade criada depois de uma guerra. Ela usava o colar de Brisingamen, um tesouro de grande valor e beleza que obteve dormindo com os quatro anões que o fizeram.Ela compartilhava os mortos de guerra com Odin. Metade dos homens e todas as mulheres mortos em batalha iriam para seu salão Sessrumnir. O seu nome tem várias representações (Freia, Freja, Froya, etc.) sendo também, por vezes, relacionada ou confundida com a deusa Frigga, mas ela também foi uma grande fiandeira na antiguidade. Freia também tinha uma suposta paixão pelo deus Loki, o deus do fogo.

[6] Cavalgada das Valquírias (em alemão: Walkürenritt) é o termo popular para o início do ato III da ópera Die Walküre (A Valquíria) de Richard Wagner. O tema principal da cavalgada, o leitmotiv Walkürenritt foi escrito originalmente em 23 de julho de 1851. Um esboço preliminar da composição foi composta em 1854 como parte da composição de toda a ópera, que foi completamente orquestrada no início de 1856. Junto com o coro nupcial de Lohengrin, Cavalgada das Valquírias é uma das obras mais conhecidas de Wagner, destacada parcialmente por suas referências na cultura popular, sendo usada como um estereótipo da Grand Ópera.  

Cena do filme Apocalypse Now, estrelado por Marlon Brando
Cultura popular - Cavalgada das Valquírias é provavelmente mais conhecida por seu uso no filme Apocalypse Now (1979) na cena em que um esquadrão de helicópteros atacam uma vila vietnamita. Desde então, tem sido usada em diversos filmes, jogos eletrônicos e comerciais. Exemplos de uso incluem Valkyrie (2009), Lord of War (2005), Casper (1995), (1963) e The Birth of a Nation (1915).

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O sapo que virou príncipe, que virou sapo, que virou....

Walkiria me mandou por escrito, a seguinte questão: "Lu, não é mágoa, não é revolta. É uma questão de justiça. As mulheres ganharam um presente de grego com a tal da emancipação feminina, igualdade de direitos ou coisa do tipo que o valha, vc não acha? Com raríssimas exceções, as mulheres hoje em dia têm duas ou três jornadas de trabalho enquanto seus homens (quando elas conseguem ter tempo para um relacionamento estável) assistem passivamente aos seus programas favoritos de televisão.Existem pesquisas sérias que apontam um número astronômico de mulheres chefes de família. Até aí, tudo bem. Não tem uma figura masculina pra ocupar o posto. Eu mesmo, ano passado, quando respondi à pesquisa do IBGE fui recenseada como chefe de família. Olha eu lá na estatística, Lu. Existem mais mulheres tomando conta sozinhas de suas casas e filhos enquanto trabalham e estudam, do que homens nessa mesma situação. Sem falar que muitos homens, estatisticamente, se estudam não trabalham, se trabalham não estudam. Não é piada, não, Lu.
Bom, vamos imaginar como é a vida de mulheres Classe A: têm mensalistas, babás, carro de R$ 70 mil automático, secretária pessoal e às vezes, motorista. Não paga contas, porque é casada com um cara muuuito mais bem resolvido economicamente do que ela. Vai ao cabeleireiro duas vezes por semana, massagista, dermatologista etc etc etc.
A Classe C, assim, tipo eu, Lu, vc sabe, trabalha fora, paga as contas da casa e dos filhos e lava, passa, cozinha, faxina porque é óbvio, não tem faxineira e muito menos mensalista. Uma mensalista consumiria o equivalente a 30% do salário de uma Classe C feito eu. Não tem carro, anda a pé, de ônibus ou de trem.
Ainda que eu sou privilegiada. Tenho um emprego que me permite fazer várias coisas pela manhã. Por exemplo: acordo às 6h, tomo café com meu filho, subo para o quarto dele (pra poder curtir um pouco a gatinha e a cachorrinha que gostam e estavam acostumadas a dormir comigo na minha cama antes de eu voltar a estar casada) mais ou menos às 6h30, faço meditação até mais ou menos 7h30 (com a gatinha e a cachorrinha grudadas em mim!). Aí, posso dormir de novo até às 8h30 (normalmente chego em casa após o trabalho depois da meia-noite, uma duas da manhã quando não três, quatro, então, de manhã sinto muito sono) ou começar a lida: tirar roupa do varal, colocar roupa na máquina, depois no varal novamente, lavar a louça do dia anterior (que muitas vezes dorme na pia, embora tenha pessoas que vivem na mesma casa que chegam bem mais cedo do que eu, mas que, infelizmente, não se sensibilizam com a situação), limpar o fogão, a geladeira, varrer a casa toda, passar pano na sala, guardar todo tipo de coisa espalhada pela casa, arrumar estantes, tirar pó das mesmas (rs, das mesmas é horrível!), abrir e fechar a porta da sala para as cachorras tomarem um solzinho na garagem...Pensar o que vou fazer para o almoço, preparar o almoço (só essa tarefa implica uma série de sub-tarefas como lavar e cortar legumes, lavar grãos, cortar temperos, tomar conta pra que nada fique queimado....molhar e enxugar as mãos um milhão, setencentas e cinco vezes), colocar água nos potes de água das gatas e das cachorras, limpar as caixinhas de terrinha das gatas, limpar o coco das cachorras do chão da lavanderia, recolher o saco de lixo dos banheiros e o lixo orgãnico e colocar o saco na rua. Depois, tomar banho, me arrumar (mais uma série de sub-tarefas), almoçar e sair para o trampo (o que significa andar a pé uns 20 minutos no sol escaldante das 14 horas, ou na chuva ou no frio, até a estação de trem mais próxima). Às vezes também consigo passar roupa, mas aí, não limpo a casa. Então, num dia limpo a casa, no outro passo a roupa. Me sobra muito pouco tempo para fazer o que gosto de verdade que é ler, estudar (tenho uma infinidade de livros começados e não finalizados na cabeceira da cama, livros que preciso estudar para o meu curso de fim de semana, filmes que preciso assistir e analisar, videos....e está lá tudo parado). Preciso aplicar Reiki em mim mesma, treinar as técnicas de radiestesia....mas não sobra tempo, Lu. Ou eu largo a casa. E se largo a casa ela fica lá, suja, empoeirada, as roupas ficam dias e dias no varal, ninguém as recolhe, as que estão no cesto de roupa suja ficam lá, ninguém as coloca na máquina e as limpas para passar vão se acumulando nos cestos respectivos, ninguém passa. Vivemos numa comunidade mas só eu limpo o fogão, só eu limpo janelas, só eu limpo portas, portão, paredes....só eu arrumo armários, limpo armários Só eu coloco roupas para lavar, só eu tiro roupas do varal. Estou com sobrepeso, Lu, engordei pra caramba. Mes into inchada. Preciso emagrecer uns 4 quilos pelo menos. Se isso não me afetasse, tudo bem. Mas me sinto gorda, feia, e envelhecida. Mas que horas vou correr ou caminhar ou me exercitar? Com todas essas coisas para fazer em casa? E se eu for andar, as coisas da casa ficam lá, paradas.
Eu não me incomodaria de fazer tudo isso, Lu, se eu só fizesse isso. Se depois ainda não tivesse de ir até o outro lado da cidade todo santo dia e chegar tarde toda santa noite. Então, chego tarde, cansada e aí não tenho vontade de ler, de estudar. Mas se eu não trabalhar, quem vai pagar meu curso, meus livros? o inglês e o dentista do meu filho, meu plano de saúde... Quem?
Sem falar que muitas vezes os homens que estão com as mulheres não as tratam como elas gostariam de ser tratadas: com carinho, amorosidade, ternura...Homens não são gentis por natureza?  Será isso, Lu? Eu até entendo que suas mães não disseram a eles como deveriam ser cuidadosos com suas mulheres quando as tivessem, porque suas mães aceitavam a falta de carinho de seus maridos, as grosserias e ainda se curvavam humildemente levando o chinelo e o prato de sopa quando o marajá se refestelava no sofá para ver TV. Muitas mulheres acreditavam que a vida era assim mesmo. Que o homem devia ser um grosso mesmo, afinal ele também aprendera a ser assim com seu pai, avô. Só estava repetindo o padrão familiar.
Mas eu estou cansada de grosserias. de falta de verniz...de narcisismos, de só enxergar o próprio umbigo, de atitudes egoístas, individualistas....de tom de voz agressivo, de falta de carinho na voz, sabe como é? De um olhar carinhoso. E sorriso, então? Nossa, nem sei mais o que é isso, já tem um tempo... O que fazer? A pessoa diz que sou eu que faço tudo isso, Lu, ou melhor, que não faço. Mas os filhos não têm a mesma opinião. Mas esse assunto é assunto para uma próxima consulta virtual. Sei que o meu dilema é muito parecido com o de milhares de mulheres. O sapo que virou príncipe e que depois virou sapo novamente.
Eu não sou diferente de milhares de mulheres que se enfiaram numa sinuca de bico enorme com essa tal de emancipação feminina.
Se eu estivesse sozinha não estaria escrevendo nada disso. Mas não estou. E isso está me incomodando. Não é mágoa, nem ressentimento. É só uma questão de justiça, Lu. O que eu devo fazer? Me sinto na beira do precipício com um leão faminto na minha cola."
Alguém tem aí uma sugestão para a minha amiga Walkiria? Porque se eu tivesse já a teria utilizado em benefício de mim mesma.

Deixando o Rancor de Lado: Cultivando a Liberdade Interior

O   rancor é um sentimento negativo que pode prejudicar nossa saúde mental e nossos relacionamentos. Abaixo, apresento algumas estratégias ...