quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Sobre black blocs

Sabe quando as crianças, por pura farra, atiravam pedra na janela do vizinho e saíam correndo? 
Ou quando tocavam a campainha das casas de toda a rua e saíam correndo dando risada? 
Quando apertam todos os botões do elevador pelo simples prazer (sádico) de imaginar o próximo usuário parando indefinidamente em todos os andares? 
Então, essa é uma fase normal da criança. Ela desafia as autoridades (mãe, pai, vizinho, síndico) buscando limites. Ela quer - e precisa - saber até onde ela pode ir. Faz parte do seu desenvolvimento psíquico. 
E só a educação lhe dá essa noção. 
Os black blocs de hoje são de uma geração que tudo pode. Provavelmente suas mães/pais não disseram que atirar pedra na casa dos outros é uma falta de respeito com o que não é nosso, que não se deve, enfim, fazer ao outro aquilo que não gostaríamos que fizessem conosco. 
Talvez esses jovens sejam aquelas criancinhas lindas que chutavam a canela dos tios e ninguém as repreendia, ou que judiavam de pets sem nenhuma outra consequência que não fosse o sofrimento do bichinho. 
São pessoas que não aprenderam a respeitar nenhum tipo de autoridade porque não tiveram ninguém fazendo esse papel na sua primeira infância, que é onde tudo é aprendido. Pra sempre!

Um bom lugar pra ler um livro


Pichadores não são grafiteiros

Muita diferença há entre grafiteiros e pichadores.
Grafiteiros são artistas.
Pichadores são arteiros.
Pichadores alegam que fazem o que fazem porque querem deixar sua marca e, para isso, não estão nem aí onde vão deixá-la. Pode ser no seu muro branquinho, no seu portão, na parede de um museu, num local público qualquer, até mesmo em cima de grafites os pichadores se acham no direito de "deixar sua assinatura", na maioria das vezes inelegíveis pelos reles mortais (em geral, só um pichador entende o que outro escreveu).
Pichadores são eternos meninos que não foram devidamente educados pelas suas mamães.
Lá pelos 5 ou seis anos, quando as crianças começam a aprender a escrever, geralmente é o próprio nome que elas rabiscam. E lá vão elas rebiscando tudo que veem pela frente, deixando sua marca. Escrevem no sofá, nas paredes, no balcão da cozinha, enfim, em toda superfície que aceitar uma tinta, lá estará o nome do fedelho ou fedelha aprendiz.
As mães mais astutas, darão umas bronquinhas logo no início do processo. Vão dizer aos pequenos que lugar de escrever ou desenhar é no papel. Comprarão resmas de sulfite, caixas e mais caixas de lápis coloridos e toda sorte de canetinhas hidrográficas (elas ainda existem?) para que suas criam deem asas à imaginação sem prejuízo do mobiliário. Algumas mais liberais até elegem uma parede da casa, muitas vezes do próprio quartinho do gêniozinho, para que ali, e somente ali, ele expresse toda a sua criatividade artística. Quem sabe não pari um Van Gogh, um Picasso, um Modigliani, um Renoir? pensa a mãezinha zelosa e orgulhosa de seu rebento indomável.
Muito bem. Se assim é, então podemos deduzir que os atuais pichadorezinhos permanecem fixados nessa fase infantil, provavelmente ou por terem sido duramente reprimidos ou por não terem sido devidamente orientados, daí pensam que todas as superfícies que aceitam tinta estão ali à disposição deles para o que der e vier.
Numa total falta de respeito ao que não lhes pertence. 
Numa total falta de respeito ao que, ao contrário, é público, é de todos e por isso mesmo deve ser preservado e conservado.
Infelizmente, porém, parece que a palavra educação não fez parte da infância dessas criaturas que estão por aí para testar nossa capacidade de tolerar a sandice alheia.
Perguntado, certa vez, a um deles, por que, afinal, você não picha as paredes ou muros de sua casa? e o cara-de-pau respondeu indignado, como se a resposta fosse óbvia: porque meu pai não deixa! ele me mata se eu fizer isso lá em casa! 

As flores de imagem não morrem

Já que a primavera está mais pra inverno...vamos alegrar a tarde chuvosa, cinzenta e friorenta com essas margaridas!


Deixando o Rancor de Lado: Cultivando a Liberdade Interior

O   rancor é um sentimento negativo que pode prejudicar nossa saúde mental e nossos relacionamentos. Abaixo, apresento algumas estratégias ...