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domingo, 30 de dezembro de 2012

Domingo

Caminhos...
Você acorda, e ainda na cama alonga os músculos do corpo todo num espreguiçar enorme....olha para o celular na mesinha de cabeceira, vê que horas são e pensa que a noite, afinal, não foi de todo ruim mas podia ter sido melhor.
Enumera mentalmente e rapidamente o que precisa ser feito o que deve ser feito e não o que quer fazer/gosta de fazer enquanto afasta os lençóis e estica as pernas para fora da cama. Encontra os chinelos embaixo da cachorrinha que dormia ao lado, sai do quarto e, apesar da vontade de fazer xixi, desce a escada, abre a porta da sala, pega os jornais e vai para a cozinha. No caminho, vê a caca dos cachorros que precisa ser limpa e que hoje, por causa da chuva está pior a bagunça do que nos dias secos. Resiste a limpar a lavanderia e vai mesmo direto pra cozinha, mas não resiste á bagunça da mesa do sábado. Passa um Veja em tudo e quando percebe está fazendo isso também no balcão, e aí, para. Coloca a toalha limpa na mesa e vai ajeitar as xícaras, pires, talheres etc. Olha para a Tv e pensa se deve ou não ligá-la. Melhor seria ouvir uma música, um mantra...mas pra isso teria de subir até o quarto, pegar o CDplayer os CDs....desiste. Ajeita as xícaras nos pires, coloca as frutas nos pratinhos auxiliares, guardanapos...tudo em ordem/ mais ou menos, pensa. Só então vai beber seu leite com café. Antes, engole suco com farelo de trigo (ouviu num programa de Tv sobre saúde que é bom para o funcionamento do intestino) e junto vão as cápsulas de vitamina D, quitosana, spirulina e isoflavona, metade receitado pelo ginecologista para ajudar na menopausa, metade pegou por intuição na prateleira da loja de produtos naturais porque leu em algum lugar que ajudavam a emagrecer. Há 4 anos briga com a balança. Coincidentemente, há quatro anos não menstrua mais. Já fez caminhadas, academia, pilates, dietas orientadas por nutricionistas....e, nada. Piorou há dois anos quando resolveu reatar um casamento abandonado há 12 anos. Mas piorou muito mais quando há mais ou menos um, teve certeza de que a escolha fora equivocada. Aliás, parece que escolhas equivocadas são sua marca registrada. Você olha para as torradas com patê de peito de peru e chega quase a se deprimir.
Mas decide que não adianta chorar pelo leite derramado. Coloca a caneca personalizada dentro da pia, dá tchau pros pets, pega a bolsa e sai sem escovar os dentes. 

domingo, 23 de dezembro de 2012

Mais uma véspera da véspera

Quando eu era criança a véspera da véspera era como se fosse a véspera do Natal porque lá em casa a gente sempre abria os presentes na madrugada do dia 25. O dia 23 era de grande expectativa porque o dia 24 a gente ia à Missa do Galo - que eu nunca entendi por que tinha esse nome já que nunca vi galo nenhum na Missa - (depois de grande entendi, mas não vou explicar porque isso não é importante agora) e quando a gente voltava da igreja quase duas horas da madruga chegávamos em casa e não sei como nem quando mas minha mãe deixava todos os presentes embaixo da árvore e eu acreditava que era o Papai Noel que deixava tudo lá, uma vez até vi, eu juro, eu vi o dito cujo passar pelo céu com suas renas e trenó etc etc...Bom, eu chegava em casa e abria tudo. Sempre tinha muitos presentes. Não posso reclamar da minha infância. Não foi uma infância pobre. Ganhava muitas bonecas, pianinho, casinha de boneca, panelinhas, pratinhos, ganhava roupas, sapatos, sim, no plural....Tive Susi, Barbies, bonecas de todo tipo e tamanho, que falavam, que andavam, que choravam, que faziam xixi, que dormiam, que cantavam...
Aí,  a gente ia ceiar. Nós tínhamos uma moça que morava em casa e trabalhava para nós. Isso durou até os meus 12 ou 13 anos...depois veio a fase de menos valia. Mas isso é outra história.
A história boa é que durante muitos anos eu acreditei naquele bom velhinho que via na loja, sim, mas não entendia, como ele conseguia entregar presentes pra tantas pessoas que ele atendia lá naquela loja (era o Mappin! lá na Praça Ramos, uma loja de departamentos enorme com vários andares e ascensorista no elevador que ia falando: segundo andar, eletrodomésticos; terceiro andar, brinquedos, quarto andar, mesa, cama e banho...). naquela época não existiam shoppings. O nosso shopping era o Mappin, depois a Mesbla...ah como era chique comprar na Mesbla, como era bom quando as tias ricas te davam presentes da Mesbla, principalmente roupas! Eram sempre peças bonitas, finas, exclusivas...em São Caetano, onde eu nasci e morei até os 20 anos, não tinha essas coisas. Sim, depois a Mesbla veio pra santo André...do lado de SCS...ah e como era chique dar uma volta no centro de Santo André e andar pelas escadas rolantes da Mesbla que ficava na Praça do Carmo! sim, essa mesma onde está a Catedral do Carmo onde casaram meus primos e onde minha filha também se casou recentemente...
Ah, o Natal...as ceias eram lá em casa e os almoços do dia 25 também porque era meu aniversário (bom, é até hoje!), e ao contrário do que TODO MUNDO diz quando sabe que eu faço aniversário no Natal (ah, que chato, você ganha um presente só....) MENTIRA! EU SEMPRE GANHEI DOIS PRESENTES: um de NATAL e outro de ANIVERSÁRIO!!!! invejosos, morram de INVEJA! Eu ganhava DOIS presentes. Ou outros meros mortais é que ganhavam um só de Natal.
Então, no dia seguinte, a gente acordava tarde porque já tinha ido á Missa do Galo e não precisava acordar cedo pra ir á Missa de Natal. E aí era o dia do meu aniversário! No almoço já ganhava mais presentes, agora eram os de aniversário: da tia, do vô, da mãe, do pai...e o pessoal ia chegando, mais tios e tias e primos e primas e a casa ia lotando, e os presentes chegando....sempre dois: um de natal, outro de aniversário.
Muito bem, e daí! Depois dos 15 anos parece que tudo ficou meio estranho. Meu avô morreu, minha tia se mudou pra Santos, meu primo se divorciou (foi o primeiro da fila) e, sei lá....ficou tudo um tanto estranho. Meu irmão foi embora pra Guaratinguetá ser militar, depois foi morar no rio Grande do Sul...depois eu casei (a primeira vez), depois meu pai morreu...aí, sei lá, ficou tudo mais estranho ainda.
Às vezes bate a saudade daquele tempo, quando eu voltava da Igreja segurando a mão da minha mãe, de madrugada, pelas ruas quietas de São Caetano....vestindo um vestidinho engomado, com fitas coloridas, um sapato branco de verniz, uma fita no cabelo encaracolado....uma pulseirinha de ouro com meu nome gravado....olhando pro céu estrelado (que na época ainda era estrelado), vendo o Cruzeiro do Sul, as Três Marias, Vênus na linha do horizonte e, quem sabe, o Papai Noel em seu trenó dourado puxado pelas renas brilhantes.
Feliz sonhos, feliz lembranças para todos!

Deixando o Rancor de Lado: Cultivando a Liberdade Interior

O   rancor é um sentimento negativo que pode prejudicar nossa saúde mental e nossos relacionamentos. Abaixo, apresento algumas estratégias ...