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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Esperando o trem

Walkiria olhava para aqueles olhares tristes e distantes e se reconhecia em muitos deles. "O único rosto que não enxergamos é o nosso próprio rosto", disse um pensador. Walkiria andava meio cansada de não sabia o quê. Os olhares estavam ali. Na rua, nos vagões do metrô, nos corredores da empresa onde trabalhava. Tinha dias que Walkiria acordava cheia de entusiasmo. E já ouvira que entusiasmo é ter deus dentro de si. E nos dias que acordava desanimada. Sem ânimo? Animus aquilo que anima, que dá vida! Pra onde foi sua vida? Pra onde vai? Walkiria, tinha dias, não sabia. Não pensava. Não queria pensar. Queria fazer nada. Só olhar. Olhar perdido, pro nada ou pro céu azul debaixo das nuvens, ou olhar pra gata dormindo na janela...queria ser uma gata hoje e dormir ao sol que saía por debaixo das nuvens. Melhor ser gato que cachorro. Os cães são estressados e Walkiria queria paz. A paz do ócio. Relógio é prisão. É inexorável, ele te mostra os minutos que faltam pra acabar a sua ociosidade, a sua paz, o seu não pensar, o seu não sentir. o seu vaguear no nada. Por isso Walkiria não usa relógio. Será por isso que o da cozinha está parado há anos? Tem um livro pra ler, podia ler mas não quer; tem, tem tem, mas não quer. Quer só olhar. E não pensar. Enquanto não chega o trem.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Síndrome do pânico: a epidemia psicológica da década

Emprestei o texto abaixo do especialista em hipnoterapia Bayard Galvão. Achei o tema pertinente com tudo o que sempre comentamos por aqui. Espero que seja útil aos meus leitores.




Síndrome do pânico é um sofrimento psíquico provocado pelo “medo de ter medo”, ou mais especificamente, “medo de ter, novamente, uma crise de ansiedade”, sendo essa crise uma ou mais das seguintes sensações, com intensidade: taquicardia, falta de ar, sudorese nas mãos, confusão mental e dor no peito. Ela é muitas vezes confundida com um ataque cardíaco, levando o indivíduo ao hospital por achar que isso está ocorrendo, pelo menos na primeira, ou primeiras vezes. 




O próprio medo de ter uma crise de ansiedade dispara a crise, ou seja, o medo provoca o que é temido, gerando um quadro violento de retro-alimentação: o medo gera a crise, a crise provoca tanto desconforto que gera o medo de ter a crise.


Um ou mais dos seguintes efeitos são comuns ao indivíduo que tem esse quadro psicológico, em maior ou menor nível: medo de fazer esporte, medo de viajar, medo de passar pelos lugares em que a crise ocorreu, depressão, isolamento, medo de sair de casa, início da dependência da companhia de alguém, sensação de incapacidade, diminuição de auto-estima, alterações de apetite e aumento de alguma compulsão.


O seguinte movimento constitui, na maioria esmagadora das vezes, a síndrome do pânico:


Bloco I: ansiedades/ preocupações/ pressões/ cobranças/ "nervosismos" cotidianos


Problemas de relacionamento, no trabalho, doenças, dificuldades financeiras, com filhos, com amigos, crises existenciais, assalto/ violência e/ou uso de drogas geram um acúmulo de um ou mais desses pesos comuns do viver provocando um pico de ansiedade, comumente confundido com ataque cardíaco, direcionando-se ao hospital, geralmente passando por inúmeros exames cardíacos para chegar à descoberta que o corpo está bem, e que a causa das alterações fisiológicas é psíquica.


Bloco II: medo de ter a crise


Após uma ou mais crises, o indivíduo começa a ter medo de sofrê-la novamente, seja pela (a) dor dela em si, (b) sensação de morte que a crise representa, pela possibilidade de (c) passar vexame ao ter a crise em frente a outros ou (d) pensamento suicida por considerar ser uma solução para a dor presente.Ademais, um ou mais desses medos se tornam gatilhos para a crise, bastando pensar neles por segundos para provocá-la.




Um efeito comum, limitante também, é a fobia originada pelo medo de se encontrar no mesmo contexto em que ocorreu a crise, por exemplo: caso tenha ocorrido ao estar no trânsito, avião ou situação social, o indivíduo pode vir a criar uma fobia de passar por essas situações, circunscrevendo mais ainda a vida.


Síndrome do pânico como epidemia


É possível considerar a síndrome do pânico como a doença psíquica da década, e potencialmente do século, por duas crescentes causas (além da divulgação constante de violência, catástrofes e outros aspectos ansiogênicos): (a) culturas/ sociedades têm aumentado as pressões/ cobranças dos indivíduos de múltiplas formas, seja no convívio familiar-relacionamento (antes o homem tinha menos obrigações em casa ou com os filhos, não era tão exigido que fosse um bom ouvinte, que estivesse disposto a conversar com mulher e filhos, que fosse tão atencioso com a mulher e outras exigências de alta performance, inclusive em sexo), no trabalho (antes a mulher não precisava se preocupar tanto em ser bem-sucedida numa profissão, bastava se formar no segundo grau, hoje, tanto homem como mulher precisam ter uma boa faculdade, duas pós-graduações, uma língua além da nativa, ser líder, saber se relacionar bem com os colegas e outras “obrigações de alta performance”), na aparência (é preciso ser magro e jovial por toda a vida para ser digno de valor), ou no estado de humor, é preciso estar de bem com a vida o tempo inteiro, sendo sinal de fraqueza ou inferioridade não “estar sorridente” ; e (b)antes as pessoas tinham mais facilidade de lidar com a morte (embora pudessem sofrer imensamente pelo medo de terem que pagar pelos seus pecados no inferno após a morte), pois as religiões eram mais fortes, dando respaldo para lidar com o fim da vida, diminuindo o medo da finitude (outra causa tão forte para a crise de ansiedade quanto o próprio medo de tê-la).


Portanto, a ansiedade no cotidiano aumentando gradualmente, intensifica radicalmente a probabilidade de ocorrência da “síndrome do pânico”. Contudo, é possível na psicoterapia moderna, principalmente fazendo uso da hipnose, em colaboração com remédios psiquiátricos, curar mais de 70% dos indivíduos com esse sofrimento em até 20 sessões.


Bayard Galvão

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Os sintomas e seus significados

Emprestei do meu colega de profissão, o terapeuta Geraldo de Souza, alguns simbolismos sobre sintomas mais comuns que acometem as pessoas no dia a dia e que geralmente as levam para dentro de um consultório médico, quando na verdade, depois de se medicarem fisicamente, deveriam levá-las a procurar ajuda para curar suas almas, papel que o psicoterapeuta está apto a desempenhar. 
Leia a seguir, alguns exemplos dos sintomas mais recorrentes.

  • A garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
  • O resfriado ocorre quando o corpo não chora. 
  • O estômago arde quando a raiva não consegue sair. 
  • O diabetes invade quando a solidão dói. 
  • O corpo engorda quando a insatisfação aperta. 
  • A dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam. 
  • O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar. 
  • A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável. 
  • As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas. 
  • O peito aperta quando o orgulho escraviza.
  • O coração enfarta quando chega a ingratidão. 
  • A pressão sobe quando o medo aprisiona. 
  • As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza.
  • A angústia e a depressão aparecem quando se perde a autoestima e o controle.
  • As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas. 
  • O peito aperta quando o orgulho escraviza.
  • O coração enfarta quando chega a ingratidão. 
  • A pressão sobe quando o medo aprisiona. 
  • O sentimento de abandono e maus-tratos geram mágoas, raivas, ódios e somatizações.
  • A falta de amor a si mesmo, emperra a evolução consciencial e espiritual.
  • O plantio é livre.  A colheita, obrigatória.
O(s) sintoma(s) aparece(m)  para que ocorram as reflexões e busca de uma solução melhor, mas nós quase sempre ficamos na linha dos normóticos, resignados, aceitando tudo que nós vem, mesmo o que não nos servem mais, cultivando crenças negativas, adotando o equívoco do coitado, abandonado, o bonzinho, o dadivoso, “ajuda a todos, mas ninguém me ajuda.” 

Reflita, o que lhe está prejudicando e coloque para fora, e faça terapia psicanalista com profissional de sua confiança que você pode alcançar melhora e cura há tempo!Sua saúde e sua vida dependem de suas escolhas!!! 

"Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade."  Mário Quintana

Deixando o Rancor de Lado: Cultivando a Liberdade Interior

O   rancor é um sentimento negativo que pode prejudicar nossa saúde mental e nossos relacionamentos. Abaixo, apresento algumas estratégias ...