quarta-feira, 8 de junho de 2011

Uma visão católica de Jesus sobre a mulher descrita por um padre libanês

Jesus Libertador da Mulher é o livro publicado pela editora PAULUS, o quinto livro em língua portuguesa do padre libanês Emile Eddé e, segundo a assessoria da editora, escrito com palavras delicadas, deseja ser uma nova luz para ajudar a mulher a viver verdadeiramente a plenitude de seu ser. “Quando escrevemos sobre a mulher, é preciso que as nossas palavras sejam como flores e nossas sílabas como aroma”, diz o autor.

Eu não li o livro, mas diz a sinopse enviada pela assessoria da editora que Padre Eddé aborda diversos temas, como o da mulher nas antigas civilizações, no Evangelho, a participação de Maria neste processo de libertação, entre outros, e inicia seus argumentos destacando a situação das mulheres durante o primeiro século antes de Cristo, além do machismo da sociedade daquele tempo.

“Durante toda a época do Antigo Testamento na Palestina, e em muitos outros países do mundo, a mulher vivia em situação de paternalismo e tutela na casa de seu pai, ou de seu marido, ou de seu próprio irmão, ou do irmão de seu marido, no caso de tornar-se viúva. Isso significa que a mulher permanecia sob o comando do homem desde o seu nascimento até a sua morte”, lembra.

Padre Eddé também afirma: Jesus foi o maior protetor dos direitos femininos. Segundo o sacerdote, a sua atitude como primeiro libertador mundial da mulher e primeiro defensor da sua dignidade se destaca pela clareza, profundidade e coragem. “Nessa libertação da mulher, Ele libertou o homem também do complexo de superioridade, da arrogância e do espírito de dominação. A libertação desejada por Jesus é uma libertação profunda e definitiva, ultrapassando direitos recuperados ou dignidades perdidas”, explica.

Dividido em cinco capítulos – e cada um com sua respectiva conclusão –, o livro tem linguagem clara e acessível, além de citações bíblicas, trechos de Cartas Apostólicas e Encíclicas do papa João Paulo II relacionados ao tema, partes da Constituição Dogmática Lumem Gentium, referências bibliográficas, entre outros elementos que auxiliam na reflexão sobre o importante papel das mulheres do passado e também das de nosso tempo.

Jesus, libertador da mulher pertence à coleção Temas Bíblicos, série com mais três títulos: Paulo para os conquistados – Reimaginando a missão de Paulo, de Davina Lopez, A Igreja doméstica nos escritos de Paulo, de Vincent Branick, e A antropologia pastoral de Paulo, de Jerome Murphy-O’Connor, todos reconhecidos pela contribuição com os estudos e as pesquisas na área bíblica.

Padre Emile Eddé nasceu em Biblos (Líbano). Fez os estudos universitários na Espanha e a pós-graduação na França. Em Paris, obteve o mestrado em Pastoral e História e o doutorado em Ciências Teológicas. Autor de vários livros, em árabe, francês, espanhol e português, é membro da Ordem dos Jornalistas do Brasil, da União Católica da Imprensa (Genebra) e do Centro Católico de Informação (Beirute).

Há muito tempo, outras religiões, entre elas, o Espiritismo, já apresentava Jesus como aquele que, numa época de total desconsideração pelo sexo, valorizava a mulher inclusive integrando-as em seu grupo de apóstolos, entre elas, a mais famosa, Maria de Magdala cuja preferência foi comentada - e está registrado nos evangelhos sinóticos, como a discípula que mais de perto seguiu a Jesus e aquela a quem Jesus teria aparecido primeiro após sua ressurreição.

É um bom sinal que, agora, também a Igreja Católica reconheça o valor da mulher, ainda que historicamente e através de seu maior ícone, já que é sabido, a instituição não a valorizou durante muitos séculos. Pode ser um sinal do movimento pendular da história, do patriarcado para o matriarcado, até a humanidade encontrar um equilíbrio entre as duas forças.Mas isso é assunto para outro post.

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