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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Partiu maternidade

Há 30 anos nascia Iara. Iara foi concebida de propósito, de caso pensado. Parei de tomar pílula quando voltamos da "lua de mel" de Olinda/Recife/Salvador. Hoje eu entendo o que minha ex-chefe de redação quis dizer com "vocês não têm um lugar mais nobre para passar a lua de mel, em algum país da Europa, por exemplo?" E olha que ela era do "partidão", hein, e com essas ideias burguesas....Pois é dona Luzia, quase 30 anos depois eu estive na Europa, sozinha, sem marido pendurado, graças a essa menina fruto da abstinência anticoncepcional. Ela estava morando num dos países mais prósperos do Velho Continente e eu fui visitá-la. Se não tivesse jogado fora a cartelinha...nada de Suécia!
Eu era fértil, paca! Parei num dia, no outro, pimba! Mas apesar dos meus, apenas, 26 anos, foi uma gravidez de risco. Tive ameaça de aborto aos 5/6 meses e precisei ficar em repouso absoluto até o nono. Claro, que esse absoluto não foi tão absoluto assim, mas cheguei até o fim com o barrigão. Assim mesmo ela, apressadinha como sempre, nasceu sem completar as 38 semanas de praxe. Aliás, quase nasceu no táxi. Era domingo de Carnaval. Nada de celulares ou de whatsapps naquela época, meus caros. O obstetra me garantiu que não ia viajar. Mas não podia prever um parto num domingo folião. Então passamos o dia tentando localizá-lo.
Lotamos o pager dele de recados. Secretária eletrônica idem. Isso desde as dez da manhã quando as contrações começaram. No início não dei bola. Afinal, passei a maior parte do tempo com elas...até que a bolsa estourou. Pânico geral. Nada de encontrar o doutor. Quase 12 horas depois conseguimos contato. Estava no sítio da sogra. Me mandou correr para o hospital. Óbvio que correr era uma figura de linguagem. Eu mal conseguia parar em pé, mas também não conseguia parar sentada. Finalmente, "partiumaternidade".
A "corrida" não foi fácil. O táxi não era nenhum Uber, gente. Anos 80...era uma carroça qualquer. Todos os carros eram ruins se comparados aos que existem hoje. O que mudava era que os mais novos eram menos piores. Mas esse não era o caso daquele táxi. A sorte é que pelo menos o taxista era educado e cuidadoso ao dirigir, artigo raro nos dias atuais.
A Maternidade foi a São Paulo, na rua Frei Caneca. Na época, ainda uma rua classuda. 
Iara não esperou muito. Às 23h45 deu o ar da graça. Parto normal, sem dor, com peridural e tudo. Até hoje algumas pessoas se espantam: mas no século passado, parto normal com anestesia??? Oui, chérie. Meu médico era "prafentex" e tinha o mesmo nome de um dos autores da literatura brasileira que eu mais admiro e me inspiro: Nelson Rodrigues.
Parto normal é ótimo! Você sai andando serelepe assim que termina o efeito da anestesia. Sem dor, sem incômodos. O leite desce facinho e o bebê fica feliz. Você dorme tranquila - sem cortes - e acorda disposta.
Retoma rapidinho seu manequim anterior à gravidez e logo entra naquela calça jeans, justinha, azul e desbotada. Coloca seu rebento no carrinho e vai orgulhosa passear na pracinha ou no play. E faz o maior sucesso! Eu fiz!

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