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domingo, 19 de julho de 2015

Inteiro



Pedaço, pedaço, pedaço, 
Um pedaço pra cada uma. 
Mas quando ele vem
Meu pedaço é só meu. 
Não divido com ninguém. 
O meu pedaço é inteiro
Não vem aos pedaços.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Porque só faço com você, só gosto com você, adivinha o quê?

Hoje cedo quando ia ao supermercado, ouvi a música Adivinha o quê?, cuja frase dá título a este texto, e que foi composta por Lulu Santos, na década de 80, a década da criatividade pós-ditadura militar. 

Eu ouvia essa música e ela me fez pensar nas relações múltiplas dos dias de hoje, nesses casos de amor onde várias pessoas se envolvem simultaneamente, implícitas na música do Lulu, embora nos anos 80 nem existisse a expressão poliamor. E antes que me corrijam é claro que a música dá margem a outras interpretações, mas agora vou ficar com a que me ocorreu mais cedo.

Poliamor, resumidamente, é manter várias relações amorosas simultaneamente, com pessoas diferentes (óbvio!) com o conhecimento e o consentimento de todos os envolvidos. E quando se fala em relações amorosas é isso mesmo e não sacanagem sexual pura e simples. Aliás, alguns adeptos do poliamor nem sempre fazem sexo com seus parceiros. Aliás, tem gente que vive um poliamor e nem sabe disso!

Enfim, o que a música me fez pensar não foi no poliamor em si, mas sim na capacidade do ser humano de amar mais de uma pessoa ao mesmo tempo e de formas diferentes, de intensidades diferentes, daí o "porque só faço com você..."

Porque cada pessoa é um universo exclusivo e, portanto, é possível sim amar duas ou mais pessoas simultaneamente, mas de formas diferentes. 

Não vou entrar no mérito do moralismo religioso que permeia a discussão, lógico, mas posso afirmar, baseada na minha experiência clínica, que essa história de todos os envolvidos saberem e consentirem é conversa pra boi dormir (boi, boi, boi, boi da cara preta...)

Existem casos de poliamor bem-sucedidos citados pela mídia, é fato.

A realidade, porém, está bem distante do que a mídia divulga. O que tenho ouvido no consultório são relatos de combinações das mais variadas formas, por exemplo, por uma mulher e três homens ou o inverso, um homem e três mulheres, ou ainda, um homem e duas mulheres...ou dois homens e uma mulher...onde nem todos têm conhecimento dos demais participantes. Alguém não sabe, alguém não conta. 

Alguém sente culpa. Alguém se sente traído quando sabe e se não sabe desconfia e sente que tem algo diferente...e aí é que entra a música. 

Como cada pessoa tem suas particularidades, quando se ama, amamos justamente essas diferenças. Por não poder suprir a falta da relação perfeita, compomos um mosaico de preferências com diferentes pessoas.

Na literatura, no cinema, temos exemplos vários disso que estou falando: as pessoas se completam com vários amores. Com um somos mais amigos, abrimos nosso coração, somos transparentes (geralmente quem tem esse perfil é o sujeito para o qual se revela a existência dos demais parceiros).

Com outro gostamos de fazer sexo, apreciamos outras qualidades, mas jamais moraríamos com aquela pessoa! Seria morte na certa! Com outra, o pacto é de ajuda mútua, estima, mas não existe contato físico.

Dá pra viver assim? É possível. Mas é preciso analisar o que existe por trás dessa necessidade de procurar preencher esse vazio (negado, é claro) com tantos parceiros.  A neurose que se instala a partir de um único relacionamento já é complicada de administrar, calculem com um relacionamento com um número superior a duas pessoas! e se imaginarmos que basicamente fomos constituídos a partir de um relacionamento com três personagens - filhinho(a), papai e mamãe - fica mais fácil entender por que relações múltiplas incomodam. Ou não!

E é preciso também ficar alerta para as dores que esse tipo de amor pode gerar. Não existe entrega total para todos os envolvidos. Com um não tem sexo, mas tem ternura. Com outro tem sexo, mas não tem confiança; com outro tem sexo, confiança, ternura, mas não tem disponibilidade.

Enfim, é preciso pesar os prós e os contras de entrar numa relação desse tipo, ou de manter relações desse tipo por tempo indeterminado. Alguém sempre sai machucado, é o que demonstram os fatos.

Mas seja como for, Lulu estava certo: há coisas que só fazemos e só gostamos de fazer com determinadas pessoas e não com outras. E talvez essa seja a saída! 

E mesmo que você não concorde com nada do que eu escrevi, curta a música que tem um saxofone genial e um suingue afrodisíaco! e é do Lulu! o nosso rei do pop!

https://www.youtube.com/watch?v=p61gmM5ZOuw



Ainda lembro aquela noite
Só porque eu cheguei mais tarde
Ainda arde a lembrança de te ver
Ali tão contrariada

Meu bem, meu bem
Será que você
Não vê não
Não houve nada
Só o passado rondando
Minha porta
Feito alma penada

Você vive me dizendo
Que o pecado mora ao lado
Por favor, não entra nessa
Porque um dia
Ainda te explico direito
Eu sei, eu sei
Que esse caso tá meio
Mal contado
Mas você pode ter certeza
Nosso amor
É quase sempre perfeito

Porque eu só faço com você
Só quero com você
Só gosto com você ê ê
Adivinha o quê?...(2x)

Mas eu só faço com você
Só quero com você
Só gosto com você ê ê
Adivinha o quê?

Ainda lembro aquela noite
Só porque eu cheguei mais tarde
Ainda arde a lembrança de te ver
Ali tão contrariada

Meu bem, meu bem
Será que você
Não vê não
Não houve nada, nada!
Só o passado rondando
Minha porta
Feito alma penada...

Porque eu só faço com você
(Só faço com você!)
Só quero com você
(Só quero com você)
Só gosto com você
(O que?)
Adivinha o quê?...

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