domingo, 2 de agosto de 2020

O que atrai é o mesmo de separa

"O que é o amor?

E o que é o sexo?

Não são parte do mesmo fenômeno, muitas vezes antagônico?

Quando nascemos, ocorre uma mudança para pior. É o fim da harmonia. É a expulsão do Paraíso, nosso Big Bang foi no encontro do espermatozoide com o óvulo.

Levamos um tempo, às vezes a vida toda, para nos adaptarmos ao novo mundo cheio de ameaças, desconforto e desamparo.

E aí começa a sensação de que para que tenhamos algo parecido com aquele aconchego uterino precisamos nos acoplar (de cópula mesmo) a uma outra pessoa, que vai substituir o primeiro objeto de desejo de todos nós: a mãe!

Nossos amores giram em torno disso. Se nosso companheiro não nos proporciona esse "aconchego", conforme essa memória uterian, trocamos por outro que, supostamente, fará essa função, e vamos trocando sempre que entendermos que o outro não nos dar aquilo que entendemos sermos merecedores.

O amor é um remédio para a sensação desagradável de desamparo. É a sensação agradável que deriva do fim da dor ou do desamparo.

"Os homens se atrapalham muito quando tentam juntar sexo com amor. O que deixa as mulheres perplexas!"

Não se pode tomar a sexualidade como referência da qualidade da relação. A maior parte dos casais que se dão bem têm uma vida sexual relativamente pobre. Igualmente não se pode tomar a sexualidade como indicativo do que vai acontecer no futuro.

O amor deriva da admiração (Platão).

O problema é que os critérios dessa admiração vão sofrendo alterações com o passar do tempo (ou da cultura etc, entre os islâmicos os critérios são uns, católicos, outros, asiáticos, ocidentais, etc)

O que pode acarretar o colapso amoroso da relação a qualquer instante. A pessoa é legal, mas aquilo que eu achava legal não acho mais. O sentimento amoroso vai despencar pela mesma razão que um dia ele subiu.

Vou me desencantar pelas mesmas razões que um dia me encantei.

E, ATENÇÃO! quanto mais baixa minha autoestima mais vou me encantar pelo meu oposto!

Aquela história de que os opostos se atraem, como se isso fosse algo positivo, é propaganda enganosa! Muita atenção!

O fim do amor não é necessariamente o fim imediato do relacionamento conjugal. Existem milhares de casais, principalmente na maturidade, que con vivem relativamente bem, sem necessariamente se amarem e muito menos fazerem sexo.

Ah mas eles nunca vão se separar? Pode ser que sim, pode ser que não.

A separação, se acontecer, vai acontecer em decorrência do mesmo motivo que houve o casamento."

(este texto são anotações minhas feitas durante algum seminário do qual eu não me lembro o nome, nem quem o proferiu, por isso coloquei entre aspas. Sorry. Fazendo umas arrumações em armários, cadernos, livros etc encontrei várias anotações como essa, sem data, sem referências precisas... e para que elas não se percam completamente vou compartilhar aqui e no meu blogue que anda meio abandonadinho. LMR)


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