quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Por que você fala A e o outro entende B?

Como é difícil o relacionamento entre humanos. Quando se é inconsciente, e a maioria das pessoas é inconsciente, fica mais complicado. Relacionamento é um sistema intrincado de projeções e de despertamento de complexos que nem sequer sabemos que os possuímos, ou que somos possuídos por eles. A teoria psicanalítica explica bem o processo.

Você fala A com uma determinada intenção - e a intenção sempre existe ainda que você não tenha consciência - e o outro entende B.

Até aí não teria nenhum problema se a interpretação do outro não viesse carregada de tanto afetamento. E o afetamento acontece por causa das projeções. Eu projeto no outro aquilo que não vejo ou não reconheço em mim e vice-versa.

E por que ocorrem as discussões e os mal-entendidos? Porque o A que você falou inocentemente funcionou como um gatilho, um despertador de algum complexo de inferioridade, ou de superioridade, ou de poder, ou paterno, ou materno, enfim, o tal do A interpretado como B desencadeia aquilo que no linguajar terapêutico é o "ficar afetado pelo complexo".

Quer um exemplo?

Joana, uma moça trabalhadora, simples, porém, sofisticada, feliz de um modo geral, com seu trabalho e com sua vida, diz para Paulo, seu colega de departamento, moço bem-sucedido financeiramente, e provavelmente na vida pessoal já que ele nunca comenta nada sobre o assunto de forma negativa, que ele está num nível acima da média da humanidade. Joana se referiu à uma possível condição em nível espiritual, já que Paulo é sempre considerado e citado pelos seus amigos mais próximos como uma pessoa generosa, ponderada, meio fria, não demonstra muito seus sentimentos, mas por isso mesmo é considerado por alguns como uma pessoa que tem controle sobre seus impulsos mais primitivos, que a  maioria dos reles mortais não possui. Resumindo: Paulo aparenta ser uma pessoa perfeita, que, naturalmente não é, embora não faça nenhuma questão de demonstrar para o mundo sua falibilidade.

Paulo entende que Joana está se referindo à sua condição financeira que é, em termos de conta bancária, propriedades etc, sim, maior do que a de Joana, e ele entende que ela, por ter uma condição financeira inferior estava sendo sarcástica e fazendo uma crítica velada ao fato de ele ter uma posição endinheirada "um nível acima" da dela. E aí, Paulo, tomado pelo seu complexo de inferioridade (sim, apesar das aparências Paulo tinha um enorme complexo de inferioridade que vem sempre acompanhado de um de poder, de forma compensatória, claro) começa a discursar para Joana que sempre que ela se refere ao fato de ele ter mais grana do que ela faz com que ele se sinta como um lorde inglês que, no fim da história será descoberto como sendo na verdade o filho do cocheiro. E que ele tem grana porque sempre trabalhou, que nunca roubou, que acorda cedo, que  se sacrificou (sabe lá Deus quanto), que juntou, que poupou, que fez e  aconteceu, sempre de forma honesta, e que não via nenhum problema em ter mais dinheiro do que Joana ou qualquer outra pessoa etc etc etc.

Bom, Joana se espantou com a reação de Paulo. Justamente ele, o ponderado, o controlado, o educado, o sempre tão inteligente e culto. Paulo perdeu as estribeiras e Joana não entendeu por quê.

Você, com certeza já deve ter vivido ou presenciado cenas assim. Tanto no papel de Joana quanto no de Paulo.

Então, bem-vindo(a) à normalidade dos 95% da população neurótica que habita este planeta. Não se avexe. Você não está sozinho. Sozinho permanece aquele que se acha diferente.  Ou que pensa que esse post não é pra ele.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O que podemos fazer por nossas queridas células?

Em tempos de Prêmios Nobel, fiquei a matutar...

O ser humano possui mais ou menos 50 trilhões de células.

Os padrões de DNA armazenados no núcleo foram acumulados durante mais de três bilhões de anos de evolução.

Porém, não são os DNA que controlam as funções da célula. Os genes não podem pré-programar uma célula ou a vida dos organismos. 

"Cada célula funciona como uma “fábrica” que produz e exporta moléculas. A insulina, por exemplo, é produzida e secretada para o sangue, e neurotransmissores, que funcionam como sinais químicos, são mandados de uma célula nervosa para outra. Essas moléculas são transportadas em pequenos “pacotes” chamados vesículas.Os ganhadores do Nobel deste ano, James Rothman, Randy Schekman eThomas Südhof, descobriram os princípios moleculares que regulam como esses pacotes chegam no momento certo e no lugar certo dentro de cada célula."( http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/10/dois-americanos-e-um-alemao-levam-nobel-de-medicina-2013.html)
Mas como esses princípios foram definidos? Essa descoberta nos induz a pensar que existe uma inteligência guiando, orientando o que nossas células devem fazer? O que altera esse sistema? Por que qualquer modificação nesse sistema se traduz em doenças? Quem modifica? As células piram? 
Quem controla isso? Os cientistas não sabem dizer, só sabem que o sistema funciona assim. Seríamos nós mesmos? Nós, que já imaginamos sermos o centro do Universo, teríamos o poder de controlar o funcionamento das nossas células? Os cientistas acreditam nisso? Os cientistas se preocupam com isso?
Existe algum controle de algo sobre alguma coisa? Se existe, os céticos chamam de acaso.
Os crentes, Deus.

Mas a grande verdade, se é que verdades existem, é que não controlamos nada.

E aceitar isso talvez seja o grande ato magnânimo de humildade que podemos ter conosco mesmos.

O que podemos fazer por nossas queridas células? Tratá-las com o devido respeito. E elas nos manterão saudáveis. Só.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Homens não ficam sozinhos

Dulcineia não sabia identificar exatamente qual tinha sido o gatilho que despertara aquele afetamento. O fato é que ela acordou deprimida e deprimida não é uma boa condição para se olhar no espelho. 
Ela só enxergou as rugas. Lembrou-se de algumas amigas que estavam muito melhores do que ela, pelo menos na aparência - "por dentro ninguém sabe, mas também quem se importa? as pessoas compram o que está por fora" - e ela olhou com pena para aquela figura refletida ali na sua frente.
Quantas rugas, quantas histórias, cicatrizes do tempo... "Sim, você parece uma velha, Dulcineia. E além de velha é pobre. Não tem grana para colocar os ácidos e os botox que lhe dariam uma aparência melhor", responde implacável a imagem refletida. 
O que foi mesmo que disparou isso tudo?
"Foi a foto daquele homem no Facebook. Aquele homem que convidou você para um fim de semana romântico, e você não teve coragem de aceitar porque teria de mentir para uma ou duas pessoas, não é?", pergunta a imagem no espelho. 
O reflexo de Dulcineia é implacável: "Achou que ia ficar com sentimentos de culpa? Dulcineia desvia o olhar.
"Pelo menos você já se conhece um pouco!", retruca o espelho, espelho meu implacável - "E agora aquele homem já está com outra - porque homens não ficam sozinhos por muito tempo -, mas você chegou a pensar que ele esperaria você resolver suas pendências?", questiona o frio reflexo: "Sua cara não me engana. Sim, pensou. E agora?".
Agora Dulcineia vê uma lágrima escorrer rosto abaixo, passar pelo maldito bigode chinês e se instalar no sulco acima do lábio superior.
Mas nem sempre o espelho é o melhor conselheiro. Quando a autoestima estiver em baixa procure o olhar acolhedor de um amigo.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013


Sol de primavera 
abre as janelas do meu peito
a lição sabemos de cor
só nos resta aprender...




sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O caminhar

Um vento de sombras sopra cinzas de propósitos mortos sobre o que eu sou de desperto. Cai de um firmamento desconhecido um orvalho morno de tédio. Uma grande angústia inerte manuseia-me a alma por dentro, e incerta, altera-me como a brisa aos perfis das copas. (Fernando Pessoa - Na Floresta do Alheamento - "O Eu profundo e outros eus")



terça-feira, 27 de agosto de 2013

Uma novidade da Zaquie Meredith!


A dimensão energética das palavras

 A EDILOOK chega à Bienal do Livro no Rio de Janeiro, que acontece de 29 de agosto à 8 de setembro, com a proposta de editar e vender livros pelo comércio eletrônico. Neste evento serão lançados seus três primeiros títulos: ‘Azulovisita’, ‘Passaporte para uma existência feliz’ e ‘Transbordandum’.

Você sabia que as palavras carregam uma dimensão energética que pode influenciar o seu dia  dia? Essa é a tese do autor Gilson Chveid Oen, cientista e engenheiro, criador da ‘Engenharia Dimensional’, também famoso por sua consultoria de ‘Naming’, em que explica como nomes determinam o sucesso de uma marca ou pessoa, que apresenta suas ideias à respeito da construção da realidade humana por meio de artigos científicos em seu primeiro livro “AZULOVISITA – A HISTÓRIA SECRETA DAS PALAVRAS com vendas pela loja virtual www.livrariaedilook.com.

Neste  primeiro livro de Oen, o leitor poderá encontrar ‘farmácia’ com mais de 100 mantras projetados e criados para ajudar pessoas a desconstruir situações adversas e indesejadas. Outro título dele é o “Passaporte para uma existência feliz”, que se fundamenta na ideia de que cada vez que entramos num novo ano é importante que trabalhemos crenças, previamente instaladas em nosso inconsciente, para que possamos nos  conduzir a experiências eficazes e produtivas. Todas essas técnicas apresentadas no livro foram desenvolvidas matematicamente por Chveid Oen.

Com a autora Elizabety Lo Mirannda, publicitária e poetisa, a Edilook traz um livro de reflexão em “Transbordandum”. A obra traz um conjunto de crônicas e ensaios poéticos e filosóficos  mergulhando seus leitores a uma reflexão da vida sob o olhar de uma mulher. Alegria e bom humor é o ponto forte da autora, proporcionando uma leitura descontraída e dinâmica que nos faz viajar ao passado, mostrando a importância da  infância como uma  rica  base  filosófica  para o desenvolvimento de um futuro conhecimento humanístico de uma pessoa. Fantasias e brincadeiras no  subúrbio carioca, vestem a maioria de sua inspiração

SOBRE OS LIVROS

CAPA DO LIVRO AZULOVISITA
AZULOVISITA A História Secreta das Palavras

AZULOVISITA é primeiro livro do engenheiro Gilson Chveid Oen que, depois de 34 anos de pesquisas e atendimento como terapeuta a mais de 48.000 clientes, apresenta suas ideias a respeito da construção da realidade humana através de artigos científicos, filosóficos e de transformação, escritos e criados por ele na forma de fragmentos de um extraordinário quebra cabeças a ser montado e compreendido por seus leitores. O livro também apresenta a “1ª Farmácia de Mantras” que se tem notícia na história literária humana, com mais de 100 mantras projetados e criados por ele nos últimos 25 anos para ajudar as pessoas a superar problemas classificados em 41 categorias.

PASSAPORTE PARA UMA EXISTÊNCIA FELIZ

CAPA DO LIVRO PASSAPORTE PARA UMA EXISTÊNCIA FELIZ
PASSAPORTE PARA UMA EXISTÊNCIA FELIZ é o segundo livro criado pelo engenheiro Gilson Chveid Oen para levar a um público de mais de vinte milhões de pessoas o seu especial anual de televisão realizado em conjunto com o jornalista Amaury Jr. há mais de 25 anos. O livro será divulgado e colocado à venda sempre seis meses antes do ano que irá entrar. O livro se fundamenta na ideia de que cada vez que entramos num novo ano é importante que tenhamos crenças, previamente instaladas no inconsciente, para que possamos ser conduzidos com segurança à bolhas de existência repletas de experiências muito felizes. No livro, o leitor aprenderá o que fazer para estabelecer uma conexão com o universo que o faça receber um tratamento maravillhoso e diferenciado ao longo do ano de 2014.


TRANSBORDANDUM

CAPA DO LIVRO TRANSBORDANDUM
TRANSBORDANDUM é um conjunto de crônicas e ensaios  poéticos e filosóficos escrito por Elizabety Lo Mirannda que traz para os leitores uma reflexão da vida sob o olhar de uma mulher marcante e madura. Alegria e bom humor são seu ponto forte, numa leitura descontraída e dinâmica que faz a todos nós viajarmos ao passado, recordando infância, fantasias e as brincadeiras de criança num subúrbio carioca. TRANSBORDANDUM é um livro que fará o leitor  repensar e renovar suas  atitudes e desejos deixados de lado há muito tempo  para se tornarem,  seja no que tempo for, pessoas mais produtivas, promissoras e sempre capazes de caminhar poderosamente na direção de todos os sonhos .






 Sobre os autores:

Gilson Chveid Oen - formado em Engenharia pela PUC/RJ, possui formação em Física, Matemática e em Ciência da Computação, Pós Graduado em Engenharia Financeira. No início da sua vida profissional trabalhou como operador de banco de investimento em São Paulo e abandonou o mercado financeiro para dedicar-se ao seu trabalho de numerologia em 1978. De lá pra cá, deu consultoria a artistas, políticos e empresários. É famoso por seus mantras e temans do ano novo.

Elizabety Lo Mirannda é carioca, publicitária e poetisa. Depois de se dedicar por 30 anos a um grande veículo de comunicação como Coordenadora de Produção Comercial  e Redatora,  encara agora o desafio de agradar leitores de todo o mundo com seu olhar ameno e inocente sobre as experiências de vida humanas.
        
Sobre a Bienal do Livro
A Bienal do Livro Rio é um dos maiores eventos literários do país. Para os leitores, é a oportunidade de se aproximarem de seus autores favoritos, além de conhecerem muitos outros. Durante 11 dias, o Riocentro sedia a festa da cultura, da literatura e da educação. Nos espaços dedicados às atrações, o público pode participar de debates e bate-papos com personalidades culturais e de atividades recreativas que promovem a leitura. Atraente e diversificada, a Bienal do Livro Rio é diversão para toda a família.

Serviço:
XVI Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro

29 de Agosto a 8 de Setembro de 2013
Horários
Dia 29 de Agosto: 13h às 22h
Dias de semana: 9h às 22h
Fins de semana: 10h às 22h

Local do Evento
Riocentro
Av. Salvador Allende, 6555 – Barra da Tijuca
22780-160 – Rio de Janeiro – RJ

Valor do Ingresso
Inteira - R$ 14,00
Meia-Entrada - R$ 7,00

Ingressos Antecipados
Venda antecipada de ingressos para o público através do site: www.ingressomais.com.br

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Uma dor de barriga é sinônimo de doença incurável????

Quando Freud pedia para se dizer qualquer coisa, sabia que não é o mesmo
 que pedir para dizer uma coisa qualquer.
Quando as pessoas se sentem organicamente doentes, ou seja, quando têm dores, mal-estares físicos em geral, correm para o médico ou para a farmácia com o objetivo de aliviar aquilo que as incomoda.

Muitas vezes comentam com seus pares, colegas de trabalho, vizinhos, membros da religião que frequenta. Falam de suas dores, de seus desconfortos...parecem não se envergonhar nem do calo do dedinho do pé, nem da enxaqueca e muito menos da fibromialgia. Aliás, às vezes têm-se a impressão de que até gostam de comentar sobre suas dores físicas que, claro, sempre são maiores do as dos seus ouvintes.

Então, por que será que essas mesmas pessoas que se entopem de analgésicos comprados até em supermercados, se recusam a procurar ajuda quando o mal-estar é psíquico ou emocional? Ou seja, quando esses mesmos pares que as ouvem pacientemente, lá um dia...se viram para elas e dizem: estou te achando meio deprê; ou estou te achando meio cheio de manias; ou, parece que você está deturpando o que as pessoas te falam; ou são mais objetivas: você não está bem e precisa de ajuda....

Por que nessa hora - quando alguém lhes diz que precisam de ajuda, que devem procurar um psicólogo, um terapeuta ou nos casos mais graves, um psiquiatra - as pessoas se ofendem?

Por que a reação mais comum é dizer: o quê???? você acha que estou louca?

Por que ainda hoje, apesar de tão divulgado sobre os benefícios de uma boa análise, uma boa terapia...por que, as pessoas acham que estão querendo dizer que elas estão loucas quando se sugere procurar a ajuda de um profissional da alma? 

Porque se essas mesmas pessoas  reclamam de uma dorzinha abdominal e alguém lhes diz para ir ao médico elas não respondem defensivamente: Você pensa que eu estou com câncer? Uma dor de barriga é sinônimo de doença incurável? Não necessariamente. Então, não necessariamente é louco todo aquele que, embora doente da alma, procura um analista, psicólogo ou psiquiatra!

Então, por qual motivo inconsciente e inconsistente, homens e mulheres fogem dos analistas, psicoterapeutas e terapeutas em geral como o diabo foge da cruz, como o vampiro foge do alho, como o lobisomem foge da bala de prata?

Bom, se não procurarem uma ajuda imediatamente nunca saberão!

terça-feira, 16 de abril de 2013

O pior da insônia é quando você ouve o primeiro pio do bem-te-vi

A insônia pode acontecer em qualquer idade. Conheço jovens adolescentes que sofrem desse distúrbio do sono. Crianças da mesma forma não estão livres de noites maldormidas.
Você sabe que está com insônia quando tenta dormir e não consegue. Essa tentativa pode ser no momento em que se vai deitar com o objetivo de dormir, mas também ocorre no meio do sono. A pessoa se deita no seu horário habitual e depois de duas ou três horas acorda, muitas vezes sem nenhuma razão aparente, e aí começa a tortura.
Primeiro você tenta dormir. Fecha os olhos, reza, tenta se concentrar num único pensamento, lembra de um mantra e rola de um lado pro outro sem sucesso na intenção de dormir. Acende  a luz, bebe um pouco da água que está no copo do criado-mudo ao lado da cama. Apaga a luz novamente, afofa o travesseiro, e deita a cabeça sorrindo feliz e pensando: agora, vai.
Fecha os olhos, mantra, reza, ouve a moto que sobe a rua, o guarda-noturno apitando no final do quarteirão...lá longe, o trem de carga que passa discreto no silêncio da noite. E a mente? Um turbilhão. Milhões de pensamentos, em dado momento você~e não sabe mais se está acordado ou dormindo porque tem a sensação que de que está sonhando mas ao mesmo tempo ouve todos os sons da noite. O ressonar da gatinha que dorme do seu lado, o ronco da cachorrinha, o vizinho da casa ao lado que se levanta para ir ao banheiro e, dependendo do caso, você ouve tudo o que ele faz lá. Conferir que horas são nesses casos só piora a sensação de impotência diante dessa luta inglória entre o seu desejo de dormir e o seu cérebro que teima em permanecer acordado.
Então, você ouve o primeiro ônibus passar na rua de cima, o primeiro pio do bem-te-vi e descobre que está há quatro ou cinco horas acordado quando deveria ter dormido.Bate um desespero infernal. Se por acaso você tem um compromisso logo pela manhã então, não tem remédio mesmo. Se sua rotina pode ser adiada, é possível que você ainda consiga dormir mais umas duas ou três horinhas porque, por incrível que pareça, existem insones que, após uma noite inteira maldormida, conseguem até sonhar em duas ou três horas depois de o sol já estar na ativa.
As causas da insônia são inúmeras e só um especialista pode ajudar. Se você leu esse post e se identificou com o problema, procure um médico.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Ninguém segura esse rojão

Durante uma aula de teoria psicanalítica, alguém comentou sobre suicídio e a nossa professora disse que o suicídio é um ato falho do psicótico. Por que? perguntou alguém. E ela explicou que, de verdade, a pessoa não quer se matar. Mas aí, dá certo: Bingo! ato falho. Bom, pra quem não está acostumado com o linguajar psicanalítico atos falhos são coisas que se faz ou se fala "sem querer", mas que no fundo possui uma intenção inconsciente. Atos falhos são manifestações do nosso inconsciente. Por exemplo: você troca o nome de uma pessoa, tipo chama Ana de Maria porque vê em Ana algo de Maria. O problema é quando fazemos isso durante uma transa e chamamos o marido pelo nome do amante ou vice-versa, falamos o nome do marido quando estamos com o amante. Se isso acontecer, livre-se dos dois porque na verdade você está ou trocando seis por meia dúzia ou é masoquista e quer sofrer duplamente, enfim, ninguém tem nada a ver com isso, cada um faz o que quer, mas cá entre nós: quem acha o amante parecido com o marido ou vice-versa, precisa de um analista urgente, né, não?
Mas voltemos ao nosso suicida.
Então, segundo a teoria psicanalítica freudiana, a maioria dos suicidas são psicóticos. "Mas NEURÓTICOS TAMBÉM SE MATAM!", disse minha professora olhando pra mim!!!! Na hora falei: puxa isso dava um excelente nome de filme! e a sala despencou a rir. Tenho mania de chistes. Isso é outro "sintoma" da minha neurose e talvez tema para outro post. Aliás, dois sintomas: mania e chistes. Segue a aula: alguém disse, ou um livro! Sim, boa ideia, repliquei. Então, antes que a notícia se espalhe, já providenciei a troca do nome do meu blog de O Revelado e o Oculto, para Neuróticos também se matam, nome do meu próximo livro.
Por que neuróticos não costumam se matar? perguntará o leitor mais atento. Sim, não costumam se matar porque os neuróticos são neuróticos, entre outras razões, porque estão sempre cheios de dúvidas, de incertezas, por isso, dificilmente conseguem se matar. Eles gastam muita libido, que é a energia criativa e criadora (daí ser a energia sexual, como dizia o mestre Freud, afinal, que outra energia é mais criativa e criadora? fazemos outro ser humano com essa energia! somos quase deuses!!!!), discutindo consigo mesmos se devem ou não fazer isso ou aquilo, se fecharam as janelas na iminência de uma chuva, se trancaram de fato a porta da frente antes de dormir ou quando saem de casa (alguns voltam várias vezes para conferir), se estão vestidos adequadamente, se estão falando dele (tipo: por que a minha professora estava olhando justamente para mim quando disse aquela frase?) e assim vai. Os neuróticos são a maioria. Freud já havia percebido isso há mais de 200 anos.
Claro que as coisas não são assim tão simples. Estou brincando (chiste?) com algo sério. Que deve e precisa ser tratado de maneira séria. Mas que também pode ser olhado de uma forma mais branda e bem-humorada. Afinal, como dizia Chico Buarque
"Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n' roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando, que também, sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão"...


Link: http://www.vagalume.com.br/chico-buarque/meu-caro-amigo.html#ixzz2QY2XB2Yg

terça-feira, 12 de março de 2013

Os corruptos segundo Osho

 Guru indiano mostra como ajudar o mundo a se tornar um lugar melhor
O indiano Osho (1931-1990), em suas palestras, sempre tratou dos mais diversos assuntos: desde buscas individuais até questões sociais e políticas. Com isso, ele se tornou um dos mais influentes líderes espirituais do século XX. O curioso é que ele não deixou nada por escrito, mas as transcrições de suas palestras gravadas em vídeo ou em áudio foram transformadas em livros já vendidos para milhões de leitores em todo o mundo.
Os brasileiros terão, a partir de agora, acesso a mais um título com os pensamentos de Osho: Poder, política e mudança (Editora Planeta, 272 págs., R$ 24,90), o terceiro da série Osho – Questões Essenciais, publicada pelo selo Academia da Editora Planeta.
O livro aborda assuntos como corrupção, ambição, política, rebeldia e religião. Polêmico, Osho defende, por exemplo, que, ao contrário do que diz o senso comum, o poder não corrompe as pessoas. Ao contrário, as pessoas corruptas é que são atraídas pelo poder. Para ele, o poder não é a causa da corrupção, mas apenas a oportunidade para a sua expressão.
Sempre de forma direta e sincera, o guru elucida questões fundamentais como: de onde vem a vontade de poder; como lidar com pessoas que pisam nas outras e por que as pessoas se preocupam mais em odiar do que em amar.
Algumas frases de Poder, política e mudança:
“Todos os políticos que estão no poder, e todos os políticos que não estão no poder – eles são todos iguais. Aqueles que estão no poder parecem ser reacionários porque chegaram ao poder e agora querem protegê-lo. Agora querem mantê-lo em suas mãos; assim, parecem ser o establishment. Aqueles que não estão no poder falam em revolução porque querem derrubar aqueles que estão no poder. Quando chegarem ao poder vão se tornar reacionários, e as pessoas que estiveram no poder antes, mas que foram expulsos do poder, vão se tornar os revolucionários.”
“Não é função nossa salvar o mundo. Em primeiro lugar, nós nunca o criamos. Não é responsabilidade nossa para onde ele vai e o que vai acontecer com ele. Nossa única responsabilidade é que, enquanto estivermos aqui, vivamos uma vida de alegria, de amor, de felicidade. Enquanto estivermos aqui, nossa responsabilidade é saber quem somos e em que consiste esta vida.”
“O provérbio diz: ‘Quando existe vontade, existe solução’. Não acho que isso seja certo. Em toda parte há vontade, e não há nenhuma solução. Algum idiota deve ter criado esse provérbio. Mas onde há esperança sempre há uma solução. Eu gostaria de mudar o provérbio.”
Sobre o autor
Nascido em 1931 – no vilarejo de Kuchwada, na Índia –, Chandra Mohan Jain é considerado um dos mais provocativos e inspiradores professores espirituais do século XX. Sua vida e suas mensagens influenciam milhões de pessoas de todas as idades, culturas e religiões, desde os anos 1950, e sua influência continua a crescer, atingindo leitores em todo o mundo. Sua contribuição para a ciência das transformações internas é considerada revolucionária. Criou a técnica da "meditação ativa", que reconhece o ritmo acelerado da vida atual, permitindo a liberação do estresse do corpo e da mente de modo a facilitar a possibilidade de experimentar um estado de meditação relaxado e aberto ao livre-pensamento. A meditação é, para ele, uma experiência de liberdade.
Em 1971, mudou seu nome para Bhagwan Shree Rajneesh – ou “Rajneesh, o senhor abençoado”, em sânscrito. Voltou a mudar de nome, desta vez para Osho – "oceânico" em sânscrito –, em 1990, ano de sua morte. Deixou milhares de palestras gravadas, a maior parte delas publicada em centenas de livros.

Deixando o Rancor de Lado: Cultivando a Liberdade Interior

O   rancor é um sentimento negativo que pode prejudicar nossa saúde mental e nossos relacionamentos. Abaixo, apresento algumas estratégias ...