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domingo, 11 de janeiro de 2015

O amor que a gente inventa

Nossa vida é preenchida por pequenas questões rotineiras.
Não são as grandes causas que nos movem. Como por exemplo a defesa dos animais, das minorias étnicas ou de gênero.
Não. O que nos movimenta são as questiúnculas tipo se temos grana suficientes para honrar nossas contas ficamos felizes e aliviados. Se não temos, bate a angústica, a dúvida e a insegurança.
Se a pessoa que imaginamos que amamos (sim, imaginamos porque não há nenhuma garantia de que de fato amamos e muito menos de que somos amados, por isso, inspiradíssimo, Cazuza declarou "o nosso amor a gente inventa" ) nos manda mensagens pelo WhatsApp recheada de coraçõeszinhos, numa tentativa de demonstrar o quanto nos ama, como se a quantidade de emoticons mensurasse o tamanho do amor, então ficamos felizes, sorrimos e nosso dia se ilumina. Se, porém, o som de notificação emudece, o sol se esconde entre as nuvens e o horizonte anuncia raios e trovoadas.
É assim que tocamos nossa vida. A maior parte do tempo entregamos a decisão de ser feliz ou infeliz em função de situações (ter ou não dinheiro para as contas) ou de pessoas (será que ele não me ama porque não me chamou hoje para um bate-papo?). Quando na verdade deveríamos assumir nossa responsabilidade pelo fato de ter ou não condições de se bancar e ser independente, em vez de culpar terceiros. Ou pensar que não tem problema nenhum tomar a iniciativa de enviar um coraçãozinho em vez de achar que a obrigação é sempre do outro.  Parece lugar-comum o assunto, mas é que ele é recorrente no consultório.

As mulheres, mais do que os homens, costumam cometer esse engano, e viajam loucamente na maionese, deliram mesmo, são quase psicóticas porque criam realidades paralelas fantasísticas para justificar a momentânea ausência do on-line do seu parceiro ou candidato a. Onde, com quem e fazendo o quê são os devaneios mais frequentes. Talvez em primeiro lugar com quem e em segundo, com certeza, fazendo o quê! E às vezes eles estavam de fato apenas numa reunião de trabalho onde o chefe mandou que todos desligassem os smartphones.  E vamos ser realistas: que garantias de que é verdade a gente tem, se a pessoa disser onde está ou com quem ou fazendo o que? É só desligar o localizador geográfico que o sujeito pode estar na Tailândia e dizer pra você que está no Bras! Portanto....Lembrando que isso vale para as mulheres também, é óbvio!
Os homens, porém, são bem mais desencanados em relação a isso, principalmente se estiverem em horário de trabalho. Quando um homem está no seu trabalho o foco dele fica todo concentrado ali. Até porque meninos não conseguem fazer duas coisas ao mesmo tempo, portanto, não adianta ficar mandando figurinhas e mensagenzinhas o dia todo porque o risco de eles não responderem é bem grande. Mas se responderem não estiquem o assunto. Responder pra eles significa muita coisa. Então, fique feliz.
As mulheres são multitarefa desde o tempo das cavernas. Por isso é tão difícil para nós entendermos como ele não arrumou dois segundos pra responder minha mensagem? Dois segundos pra eles é muito tempo!
Agora é claro! Desconfie de sumiços muito longos que não foram antecipadamente avisados. Vez por outra é comum eles prepararem o terreno para os "perdidos" com justificativas triviais: vou viajar a serviço e lá não tem wi-fi e o 3G você sabe, nunca funciona. Provavelmente é verdade e provavelmente mesmo sendo verdade você pode ficar com aquela incômoda pulga atrás da orelha, mas, infelizmente, não tem o que fazer: ou a gente acredita ou termina tudo porque ninguém aguenta viver desconfiando e sendo alvo de desconfianças. Mas também não adianta nada repetir a mesma neura com o próximo amado.
Por isso Cazuza tinha razão: "O nosso amor a gente inventa pra se distrair, e quando acaba a gente pensa que ele nunca existiu". Uma música feita nos anos 80 nunca foi tão atual. Porque é agora, nos dias de hoje, que vemos amores começarem e terminarem na velocidade da transmissão de dados. Não sofra por tão pouco. Vá atrás de ganhar mais dinheiro ou corte gastos pra conseguir equilibrar seu orçamento, se o seu problema for esse. Olhe mais pra você mesma e cheque menos vezes por minuto se chegou ou não uma mensagem nova ou uma curtida nova se o seu problema for relacionamento. Viva mais focada em você e invente menos amores pra satisfazer a sua vaidade.
E pra quem não conhece Cazuza ou quer relembrar o sucesso de 1986 segue a letra e o videoclip (wow que coisa mais antiga!):

O teu amor é uma mentira
Que a minha vaidade quer
E o meu, poesia de cego
Você não pode ver
Não pode ver que no meu mundo
Um troço qualquer morreu
Num corte lento e profundo
Entre você e eu
O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba a gente pensa
Que ele nunca existiu
O nosso amor
A gente inventa
Inventa
O nosso amor
A gente inventa
Te ver não é mais tão bacana
Quanto a semana passada
Você nem arrumou a cama
Parece que fugiu de casa
Mas ficou tudo fora de lugar
Café sem açúcar, dança sem par
Você podia ao menos me contar
Uma história romântica
O nosso amor a gente inventa
Pra se distrair
E quando acaba a gente pensa
Que ele nunca existiu
O nosso amor
A gente inventa
Inventa
O nosso amor
A gente inventa

https://www.youtube.com/watch?v=ajU6b0HJ9yU 

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Uma estação chamada Facebook

Você segue sua vida caminhando pelas trilhas que ligam suas várias estações. A estação de sua casa, de seu trabalho, de seus familiares; de seus amores, de ex-amados; dos mais odiados, dos desprezados.
Tudo tão pessoal e, ao mesmo tempo, tudo tão parecido, mas diferente, junto e separado, misturado e distante.
E como num passe de mágica lá na estação Facebook todos se encontram.
Vidas paralelas se cruzam ali, naquele palco virtual, com holofote permanente. Entrou, olhou e curtiu, comentou, postou? As luzes se voltam para você. 
Caiu na rede, é Face! Caiu na malha, na trama, mergulhou no oceano virtual do narcisismo.
Parada obrigatória em algum momento do seu dia, na estação chamada Facebook se desnudam emoções, o real se mostra a si mesmo se mostrando ao mundo. Seu post fica ali, não é mais seu. É do mundo agora. Não adianta espernear, ameaçar e reclamar. Agora você e suas ideias são de domínio público.
O espaço virtual onde todas as trilhas e tribos se encontram, onde se troca, se ama, se odeia, se vive, se nasce, se mata, se enamora, se bloqueia, se deleta, se adiciona, se engana, engana, odeia, ama, marca encontro, desencontro, manifesto, festa, protesto, casamento, nascimento e funeral. 
Na estação chamada Facebook sua vida é medida pelo tanto de likes e visualizações e compartilhamentos que seu post provocou. Seu post é um pouco você, é uma parte sua, talvez a menos visível pra você mesmo. Só se preserva quem está fora, out!
E você segue sua vida - aquela que pensa que ninguém vê - e num instante, num link ela cruza com a de todos os "faces" da sua lista. Você vê e é visto. Isso é bom, às vezes não. 
Estar na estação pode aliviar a solidão. Ou piorar. 
Conversas paralelas, secretas, in box, dentro da caixa, podem tecer o fio da meada da sua trama pessoal, como podem enredá-lo e jogá-lo num abismo. Percebe-se o sorriso, a intenção, a quilômetros de distância. As palavras são carregadas de emoção e sentimentos. É quase palpável apesar de virtual. Essa é a mágica inexplicável, o canto da sereia da estação chamada Facebook. 
Alguns Ulisses já se afogaram.

quinta-feira, 22 de março de 2012

A estratégia é o autoconhecimento

É pura ilusão pensar que vivemos em paz. Só porque não temos tropas de exército inimigo nas ruas, literalmente, como ocorre em outros países, não significa que estamos em paz.
Em geral,  estamos em guerra permanente com todas as pessoas com as quais nos relacionamos e, pior, conosco mesmos.
Disputamos poder com filhos, maridos, esposas, chefes, colegas de trabalho; disputamos poder quando achamos que temos mais direito que o outro de sentar num assento vazio no metrô, ou de ser atendido primeiro numa fila de banco, ou de que o caixa do supermercado deveria ser mais rápido - para atender à nossa pressa.
Estamos em guerra permanente. Quando um amigo nos conta sobre sua doença e dizemos que a nossa é maior ou quando dizemos que nunca adoecemos.
E como o soldado no campo de batalha literal precisamos de estratégias para vencer as nossas batalhas diárias, muito mais do que estarmos armados. Aliás, isso é o que mais fazemos: a maior prova de que vivemos em guerra permanente é que vivemos na defensibilidade, ou seja, estamos sempre na defensiva, em estado de alerta, prontos para o ataque.
Mas, como nem sempre aceitamos o fato de que estamos em guerra permanentemente, como nem sempre somos conscientes de nossos atos, o ideal seria fazer como sugere o mais antigo tratado no assunto, "A Arte da Guerra", de Sun Tzu, que diz o seguinte:
"Se conhecer seu inimigo e a si mesmo, ainda que você enfrente 100 batalhas, nunca sairá derrotado. Se não conhecer seu inimigo mas conhecer a si mesmo, suas chances de perder ou ganhar serão as mesmas. Se não conhecer o inimigo nem a si mesmo pode ter certeza de que perderá todas a batalhas."
Uma das maneiras de nos conhecermos é através da terapia analítica.
Algumas religiões também levam ao autoconhecimento.
E você? quer continuar a perder ou quer enfrentar seus inimigos com mais propriedade?

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Afinal, o que é psicoterapia?

Por  Adriana Tanese Nogueira 

“A psicoterapia é um ramo da arte de curar que se desenvolveu e alcançou uma certa autonomia nos últimos cinquenta anos. As opiniões neste campo foram se transformando e se diferenciando de vários modos, e a massa de experiências que se acumulou deu lugar a diferentes interpretações. Isso porque a psicoterapia não é aquele método simples e único que num primeiro tempo se acreditava, mas revelou-se aos poucos uma espécie de “procedimento dialético”, um dialogo, uma avaliação entre duas pessoas. A dialética, originariamente arte de conversar dos filósofos antigos, logo serviu para designar um processo criativo de novas sínteses.” (“Pratica della Psicoterapia”, C. G. Jung Opere, Torino, Boringhieri, 1981, Vol. XVI, p. 7).

          Essas são as primeiras palavras que abrem o livro de Jung “Princípios da psicoterapia prática”, cuja primeira edição saiu em 1935. Vejamos o que elas querem dizer.
          A psicoterapia é uma cura, precisamente “uma arte de curar”, uma forma de produzir saúde, no caso, saúde “mental”. A saúde psíquica em questão se expressa como alegria de viver e geral bem estar, capacidade de tomar iniciativas, de  concentrar-se e perseguir os objetivos postos, criatividade para formular projetos de vida e atividades, independência física, emocional e intelectual, habilidade de reagir de forma adequada frente às decepções e dificuldades. É psicologicamente saudável a pessoa age não conforme estereótipos e “obrigações morais”, mas como resultado de sua profunda auto-consciência. Também, possuir discernimento e escolha faz parte do ser psicologicamente saudável.
          Psicoterapia não é destinada a doentes mentais, apesar deles poderem em alguns casos se beneficiar dela como tratamento colateral ao psiquiátrico. Esquizofrenia, psicóses, alucinações e outros distúrbios mentais graves pode ser inteiramente devidos a problemas orgânicas, necessitando portanto de tratamento médico. O psicoterapeuta não faz uso de remédios e conta com a consciência do analizando para poder fazer seu trabalho. Quando esta consciência (de qualquer nível for) faltar, o único tratamento possível é o psiquiatro. Como Jung escreve, psicoterapia é dialogo, e sabemos que com os loucos não tem conversa.
          A psicoterapia é destinada a todas as pessoas “normais” que não estão satisfeitas com sua vida ou aspectos da mesma. São pessoas que querem entender o que sentem e por que sentem o que sentem; desejam se conhecer para compreender suas escolhas e as situações que vivem; querem mudar o padrão de suas relações ou encontrar a bússola para sua vida. Enfim, a psicoterapia é para pessoas “normais” que têm problemas. Estes porém todos temos, problemas fazem parte da vida. Então por que fazer terapia?
          Einstein disse: “É a teoria que decide o que podemos observar”, o que significa que a mentalidade que temos (a teoria) nos faz ver uma coisa e não outra, privilegia pontos de vista, esconde ou revela o que é aceito pelos seus conceitos. Ninguém percebe o que seus olhos não estão acostumados a ver; a forma de pensar decide o que existe e o que não existe, além de dar interpretações previstas pela “teoria”. Logo, quando não se consegue resolver um problema é preciso analisar os olhos que estão enxergando esse problema. Isso é o que a psicoterapia faz (além de muitas outras maravilhas).
          A psicoterapia oferece outro ponto de vista. Ele é sempre mais abrangente e rico do que a mentalidade comum, mesmo aquela dos “cultos”, porque sua visão basea-se não só num mais amplo conhecimento da natureza humana como também nos conteúdos inconscientes (sonhos, sensações e etc.). O ponto de partida da psicoterapia é também mais profundo do que o da mentalidade comum porque pressupõe que o psicoterapeuta tenha feito seu trabalho interior e tenha conhecimentos que vão desde as teorias que ele segue à física quântica, antropologia, mitologia, literatura, sociologia e etc.
          Concluindo, psicoterapia é um trabalho de cura baseado no processo de auto-conhecimento do analisando ajudado pelo psicoterapeuta. Acontece semanalmente, uma ou duas vezes por semana, quando analista e analisando se encontram. É pago, pois esta é uma profissão e não um hobby, e fundamenta-se no compromisso, honestidade e continuidade de ambas as partes. O objetivo da psicoterapia é promover o bem estar do indivíduo, capacitando-o a compreender-se melhor e, portanto, a direcionar sua vida de acordo com suas necessidades reais, enfrentando de forma apropriada os conflitos e dificuldades que encontrar. A chave para isso tudo é o poderoso processo de evolução da consciência que leva para inesperadas e atraentes novas interpretações e modos de viver.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O que vc precisa saber sobre Constelações

Informações importantes e esclarecedoras estão no livro da socióloga, consteladora e psicoterapeuta Zaquie Meredith  "O Que Você Precisa Saber"/"A Consciência das Sensações e Constelações".

O livro já foi lido por centenas de milhares de pessoas importantes como eu e você, mas nem todas tão conhecidas como a  mulher de Ronaldo Fenômeno, Bia Antony, que tirou uma foto com a autora, deixou um recado em seu blog (www.zaquie.com), e que eu divido aqui com meus leitores:

Bia e Zaquie, lindas
 “Oi querida, comecei a ler seu livro!!! Estou encantada! Desde a ilustração, a narrativa até a descrição e explicação das sensaçaões ligando-as ao orgãos… Veio em ótima hora! E sim, definitivamente você pode dizer que é escritora! Parabéns! Quero outros exemplares para compartilhar… Beijos” (Bia Antony)
Dia 17 de setembro Zaquie vai promover o curso da Constelação Organizacional que estará aberto (pouquíssimas vagas) para o público. E, dia 1º de outubro, novamente o workshop Constelações Familiares
Vc pode ver a Zaquie em ação também no programa pela internet que vai ao ar às quartas-feiras, mas fica gravado no link que pode ser acessado logo abaixo, onde também divulgo os endereços dela no Linkefin, no Facebook e no Twitter para quem quiser fazer parte da rede dela. Em breve, mais notícias! Na página da Zaquie é possível ver toda a programação de cursos e workshops. Acesse!

Deixando o Rancor de Lado: Cultivando a Liberdade Interior

O   rancor é um sentimento negativo que pode prejudicar nossa saúde mental e nossos relacionamentos. Abaixo, apresento algumas estratégias ...