segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ser rico é melhor do que ser pobre

"Já fui pobre e já fui rico - ser rico é melhor." "É melhor ser rico e saudável do que pobre e doente." (Ditados em iídiche).

Quem gosta de ser pobre? Ninguém. Talvez a gente se conforme. Mas é claro que ser rico é muito melhor. Dinheiro não é tudo, mas é o dinheiro que possibilita uma vida bacana. Então, por que existem tantos pobres no mundo? Porque a maioria de nós, ocidentais, foi criada acreditando que a pobreza nos daria a chave do céu. Que o sofrimento leva à iluminação, enfim, nos ensinaram tudo errado. Já está mais do que provado que essa tradição católica só abalou, quando não destruiu mesmo, as estruturas de sociedades inteiras por conta dessa crença, enquanto os cofres do Vaticano se abarrotavam de ouro e prata. Hoje em dia, falam tão mal da Universal do Reino de Deus que, afinal, só repete, contemporaneamente, o que a Católica fez durante quase dois mil anos sem ninguém protestar, até porque quem protestou se deu mal.
E quem levou a fama foram os judeus. Mas será que os judeus são mesmo esse demônio pintado para nós?

Estou lendo (entre outras coisas) o livro "A Cabala do Dinheiro", de Nilton Bonder, da trilogia que se completa com "A Cabala da Comida" e a "Cabala da Inveja". Nilton Bonder é rabino profundo conhecedor da tradição judaica e autor do talvez mais popular "Tirando os sapatos". Estou começando a entender por que os judeus são tão prósperos! Eles têm uma relação com o dinheiro muito diferente da nossa que é, essa sim, baseada no lucro egoísta e sempre prejudicial a um terceiro.
Ao contrário das anedotas maldosas que dão a entender que os judeus são sovinas e espertinhos, esse povo só entra num negócio se o outro também for beneficiado. Fazer um negócio (gesheft) para os judeus implica assumir responsabilidades para além de si mesmo. "(...) é preciso sair do gesheft com o máximo de ganho, tendo como referência o máximo de ganho do outro e o mínimo de transtorno ou consumo para o universo." Isso é surpreendente e fantástico.Surpreendente porque a ideia (errônea) que temos dos judeus é que eles só pensam em ter lucro. E pelo que o livro descreve as coisas não são bem assim.
"Desse dinheiro retirado das trocas justas que visam otimizar ganhos para todos os envolvidos, se obtém dinheiro real. Dinheiro real é aquele garantido por Deus e que tem liquidez cósmica." Ou seja, é um dinheiro que beneficia todo mundo e não poucos. Agora, o melhor é: os judeus fazem voto de riqueza, mas não essa riqueza egoísta e individual que vc está pensando. Trata-se do ishw ha-olam - a obrigação de aumentar o nível de vida do cosmos.Que fantástico! Enquanto grande parte da população mundial não judaica destrói o planeta os judeus estão preocupados em fazer negócios que respeitem a natureza. Segundo esse conceito devemos nos comprometer com a constante elevação da qualidade de vida de forma sustentada com o mundo. "É uma obrigação de todo indivíduo fazer com que a riqueza, não apenas a sua, se expanda pelo mundo ao seu redor". E: "Como 'riqueza' entende-se o maior nível de organização e transformação possível do ambiente de tal maneira que tudo que é vivo e é importante para o que é vivo exista sem escassez. Ou seja, quanto mais abundante for possível tornar uma demanda dos seres vivos SEM QUE ESTA REPRESENTE UMA ESCASSEZ de outra demanda dos seres vivos, melhor. Esta é uma obrigação do indivíduo - melhorar o nível de vida do universo á sua volta".
Isso significa que só dá pra criar abundância se não houver escassez do outro lado, ou seja, se não faltar para alguém. Para os judeus, o legal é ficar rico sem ter de tirar de ninguém. "Um não perde nada e o outro se beneficia". Essa é a pior das hipóteses: um ganha e o outro não ganha, mas não perde. O ideal é ambos ganharem.
Além disso, a tradição do voto de riqueza preconiza que devemos sempre ajudar as pessoas a obter ganhos. "Alienar-se da obrigação de fazer favores é uma infração cujas implicações são similares às do roubo. Se você impede alguém de ganhar algo, mesmo que não obtenha benefício disso, incorre num roubo de patrimônio potencial da humanidade e dos seres vivos. (...) O fato de você impedir que alguém obtenha algo é comparável ao ato de retirar alguma coisa de alguém. Ao represar o enriquecimento do mercado à sua volta  sem aparentemente prejudicar o mundo, você colabora com a quantidade de escassez e impede que forças de sustento se concretizem neste lado do cosmos. Desta maneira, impede o aumento do nível de vida deste cosmos imediato e infringe a lei da busca pelo enriquecimento do mundo."
Um exemplo prático: duas pessoas que trabalham num mesmo lugar, exercendo a mesma função. Uma sabe que por lei tem direito a um determinado bônus, mas que para obtê-lo tem de solicitar à chefia, mas não passa essa informação ao seu colega que desconhece o procedimento. Pela tradição judaica, isso é roubo.

Ainda estou no começo do livro, mas já foi possível perceber que os judeus são muito mais éticos em relação a dinheiro do que pode imaginar nossa vã ilusão.

2 comentários:

digital disse...

Lourdes,só não vamos generalizar de que os judeus são todos bons.Os judeus são uma nação espalhados por todo o mundo, e se é uma nação tem indivíduos de todos os perfis como toda outra nação.Esse livro que você está lendo é dum bom judeu ético e moral. Mas há uma influência negativa muito grande por parte dos judeus no mundo há séculos devido a posições estratégicas de comando como, banqueiros internacionais americanos, russos, franceses, ingleses.São dinastias que vem de séculos ensinadas de pai para filho a arte das finanças por que é a área que dá o domínio e assim se cumpre a parte bíblica do antigo testamento que diz"Coloco vocês por cabeça(patrão)e não por cauda(colaborador.O tema é muito mais abrangente.

Anônimo disse...

Ficar rico? Por quê? Não são mais um povo e sim uma religião, qualquer pessoa adepta do judaísmo é um judeu. Se misturaram por todo o mundo e dizem ser um povo de sangue judeu? Judeu é uma religião, e religião não precisa de uma terra! Bem na vida é uma coisa, mas Judeu gosta mesmo é de ficar rico, porque o interior geralmente é pobre, por conta da ganância e valores errados passados de geração em geração!

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