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domingo, 2 de agosto de 2020

O que atrai é o mesmo de separa

"O que é o amor?

E o que é o sexo?

Não são parte do mesmo fenômeno, muitas vezes antagônico?

Quando nascemos, ocorre uma mudança para pior. É o fim da harmonia. É a expulsão do Paraíso, nosso Big Bang foi no encontro do espermatozoide com o óvulo.

Levamos um tempo, às vezes a vida toda, para nos adaptarmos ao novo mundo cheio de ameaças, desconforto e desamparo.

E aí começa a sensação de que para que tenhamos algo parecido com aquele aconchego uterino precisamos nos acoplar (de cópula mesmo) a uma outra pessoa, que vai substituir o primeiro objeto de desejo de todos nós: a mãe!

Nossos amores giram em torno disso. Se nosso companheiro não nos proporciona esse "aconchego", conforme essa memória uterian, trocamos por outro que, supostamente, fará essa função, e vamos trocando sempre que entendermos que o outro não nos dar aquilo que entendemos sermos merecedores.

O amor é um remédio para a sensação desagradável de desamparo. É a sensação agradável que deriva do fim da dor ou do desamparo.

"Os homens se atrapalham muito quando tentam juntar sexo com amor. O que deixa as mulheres perplexas!"

Não se pode tomar a sexualidade como referência da qualidade da relação. A maior parte dos casais que se dão bem têm uma vida sexual relativamente pobre. Igualmente não se pode tomar a sexualidade como indicativo do que vai acontecer no futuro.

O amor deriva da admiração (Platão).

O problema é que os critérios dessa admiração vão sofrendo alterações com o passar do tempo (ou da cultura etc, entre os islâmicos os critérios são uns, católicos, outros, asiáticos, ocidentais, etc)

O que pode acarretar o colapso amoroso da relação a qualquer instante. A pessoa é legal, mas aquilo que eu achava legal não acho mais. O sentimento amoroso vai despencar pela mesma razão que um dia ele subiu.

Vou me desencantar pelas mesmas razões que um dia me encantei.

E, ATENÇÃO! quanto mais baixa minha autoestima mais vou me encantar pelo meu oposto!

Aquela história de que os opostos se atraem, como se isso fosse algo positivo, é propaganda enganosa! Muita atenção!

O fim do amor não é necessariamente o fim imediato do relacionamento conjugal. Existem milhares de casais, principalmente na maturidade, que con vivem relativamente bem, sem necessariamente se amarem e muito menos fazerem sexo.

Ah mas eles nunca vão se separar? Pode ser que sim, pode ser que não.

A separação, se acontecer, vai acontecer em decorrência do mesmo motivo que houve o casamento."

(este texto são anotações minhas feitas durante algum seminário do qual eu não me lembro o nome, nem quem o proferiu, por isso coloquei entre aspas. Sorry. Fazendo umas arrumações em armários, cadernos, livros etc encontrei várias anotações como essa, sem data, sem referências precisas... e para que elas não se percam completamente vou compartilhar aqui e no meu blogue que anda meio abandonadinho. LMR)


domingo, 19 de julho de 2015

A Outra


Levava a pequena criança pela mão, atravessava o mar de carros na avenida e voltava pra casa. Era assim todas as manhãs e à tarde. Não questionava.
Depois, bebia o chá, comia o bolo e sonhava: agora sou outra.
Feira, açougue, padaria. Fogão, máquina de lavar. Mas hoje, hoje vai ser diferente. Porque agora sou outra.
Coloca o vestido decotado, calça o sapato de domingo, passa o batom e o perfume emprestados, e sai para encontrar seu amor.
No caminho, alimenta o sonho: agora sou outra.
O coração, acelerado, lugar-comum dos apaixonados, quase pára com as lembranças das cenas na sala de estar da casa da melhor amiga. Foram beijos obscenos, pegação, esfrega-esfrega e a promessa de Jurandir: quero te comer todinha. Me liga. Era sua primeira vez como a outra. Mas que importa? Agora sou mesmo outra.
E no local combinado, assenta o corpo na cadeira do café. Pede um cappuccino e suspira enquanto deseja o marido da amiga, um gostoso tão diferente daquele indigente, pai de sua filha.
Meia-hora, uma hora...finalmente...o encontro naufragado. Os olhos choram por dentro. O que eu fiz de errado? Agora não sou a outra?
Travestida de indiferença, paga a conta pro garçom que, acostumado, adivinha o desfecho do enredo. Mas, não, com ela, não. Afinal, agora ela era outra.
Volta pra casa, se arrasta. Depois, pega a criança pequena pela mão, atravessa de volta o mar de carros e em casa faz sopa de letrinhas. Mistura lágrimas à salsinha, coloca ração para o gato, água para o periquito, tira a roupa do varal... enquanto pensa: agora sou outra mulher.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

O que quer uma mulher?

"Como Freud demonstrou em seu estudo do lapso, é no erro que melhor se confessa o verdadeiro." Esta frase é do autor do livro O que quer uma mulher, de Sergé André.
Uma mulher quer, no fundo, o que todo mundo quer. Ela pode até não confessar, a não ser pelo lapso, talvez por um olhar, ou por uma lágrima que deixa escapar.
Mas o que quer uma mulher? Quer ser ouvida e escutada (sim, tem diferença e só a prática diária oferece o melhor resultado), acarinhada e acariciada (idem), elogiada, elevada, protegida, cantada em prosa e verso e vice-versa. 
Uma mulher quer ganhar presentes de surpresa e presentes-surpresa. Há que ter uma sensibilidade especial para perceber a diferença. Mulheres são seres diferentes entre si, umas das outras e, ao mesmo tempo, tão parecidas e iguais. Iguais entre si, umas das outras e, ao mesmo tempo, tão parecidas com seus homens, com homens que não são seus, com os homens seres humanos.
Mas é na falta que mulheres (e homens) mais se assemelham aos bebês chorões. Assustados com o sumiço (ainda que temporário) das mamães...Mamães que olham para seus bebês e na sua angústia não sabem, afinal, o que querem seus bebês? 
E todos se perguntam: afinal, o que quer um bebê?
Quer o mesmo que uma mulher, que um homem, que uma criança, que um velho.
Em qualquer fase da vida o que quer o ser humano? Quer o amor, o colo, o calor, o abraço, o cheiro, o beijo, o afeto, o olhar quente, o aconchego.
Mas se querer não é realizar o seu querer...Vamos errando de lapso em lapso confessando nosso desejo verdadeiro.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Sobre black blocs

Sabe quando as crianças, por pura farra, atiravam pedra na janela do vizinho e saíam correndo? 
Ou quando tocavam a campainha das casas de toda a rua e saíam correndo dando risada? 
Quando apertam todos os botões do elevador pelo simples prazer (sádico) de imaginar o próximo usuário parando indefinidamente em todos os andares? 
Então, essa é uma fase normal da criança. Ela desafia as autoridades (mãe, pai, vizinho, síndico) buscando limites. Ela quer - e precisa - saber até onde ela pode ir. Faz parte do seu desenvolvimento psíquico. 
E só a educação lhe dá essa noção. 
Os black blocs de hoje são de uma geração que tudo pode. Provavelmente suas mães/pais não disseram que atirar pedra na casa dos outros é uma falta de respeito com o que não é nosso, que não se deve, enfim, fazer ao outro aquilo que não gostaríamos que fizessem conosco. 
Talvez esses jovens sejam aquelas criancinhas lindas que chutavam a canela dos tios e ninguém as repreendia, ou que judiavam de pets sem nenhuma outra consequência que não fosse o sofrimento do bichinho. 
São pessoas que não aprenderam a respeitar nenhum tipo de autoridade porque não tiveram ninguém fazendo esse papel na sua primeira infância, que é onde tudo é aprendido. Pra sempre!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Ninguém segura esse rojão

Durante uma aula de teoria psicanalítica, alguém comentou sobre suicídio e a nossa professora disse que o suicídio é um ato falho do psicótico. Por que? perguntou alguém. E ela explicou que, de verdade, a pessoa não quer se matar. Mas aí, dá certo: Bingo! ato falho. Bom, pra quem não está acostumado com o linguajar psicanalítico atos falhos são coisas que se faz ou se fala "sem querer", mas que no fundo possui uma intenção inconsciente. Atos falhos são manifestações do nosso inconsciente. Por exemplo: você troca o nome de uma pessoa, tipo chama Ana de Maria porque vê em Ana algo de Maria. O problema é quando fazemos isso durante uma transa e chamamos o marido pelo nome do amante ou vice-versa, falamos o nome do marido quando estamos com o amante. Se isso acontecer, livre-se dos dois porque na verdade você está ou trocando seis por meia dúzia ou é masoquista e quer sofrer duplamente, enfim, ninguém tem nada a ver com isso, cada um faz o que quer, mas cá entre nós: quem acha o amante parecido com o marido ou vice-versa, precisa de um analista urgente, né, não?
Mas voltemos ao nosso suicida.
Então, segundo a teoria psicanalítica freudiana, a maioria dos suicidas são psicóticos. "Mas NEURÓTICOS TAMBÉM SE MATAM!", disse minha professora olhando pra mim!!!! Na hora falei: puxa isso dava um excelente nome de filme! e a sala despencou a rir. Tenho mania de chistes. Isso é outro "sintoma" da minha neurose e talvez tema para outro post. Aliás, dois sintomas: mania e chistes. Segue a aula: alguém disse, ou um livro! Sim, boa ideia, repliquei. Então, antes que a notícia se espalhe, já providenciei a troca do nome do meu blog de O Revelado e o Oculto, para Neuróticos também se matam, nome do meu próximo livro.
Por que neuróticos não costumam se matar? perguntará o leitor mais atento. Sim, não costumam se matar porque os neuróticos são neuróticos, entre outras razões, porque estão sempre cheios de dúvidas, de incertezas, por isso, dificilmente conseguem se matar. Eles gastam muita libido, que é a energia criativa e criadora (daí ser a energia sexual, como dizia o mestre Freud, afinal, que outra energia é mais criativa e criadora? fazemos outro ser humano com essa energia! somos quase deuses!!!!), discutindo consigo mesmos se devem ou não fazer isso ou aquilo, se fecharam as janelas na iminência de uma chuva, se trancaram de fato a porta da frente antes de dormir ou quando saem de casa (alguns voltam várias vezes para conferir), se estão vestidos adequadamente, se estão falando dele (tipo: por que a minha professora estava olhando justamente para mim quando disse aquela frase?) e assim vai. Os neuróticos são a maioria. Freud já havia percebido isso há mais de 200 anos.
Claro que as coisas não são assim tão simples. Estou brincando (chiste?) com algo sério. Que deve e precisa ser tratado de maneira séria. Mas que também pode ser olhado de uma forma mais branda e bem-humorada. Afinal, como dizia Chico Buarque
"Aqui na terra 'tão jogando futebol
Tem muito samba, muito choro e rock'n' roll
Uns dias chove, noutros dias bate sol
Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta
Muita mutreta pra levar a situação
Que a gente vai levando de teimoso e de pirraça
E a gente vai tomando, que também, sem a cachaça
Ninguém segura esse rojão"...


Link: http://www.vagalume.com.br/chico-buarque/meu-caro-amigo.html#ixzz2QY2XB2Yg

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

FREUD E O LUCRO DOS SEUS NEGÓCIOS


Luiz Fernando Garcia
Neste post, dou espaço para Luiz Fernando Garcia que é especialista em psicodinâmica aplicada à gestão. Ele  reúne empresários de médio e grande porte e por meio de uma terapia em grupo ajuda-os a compreenderem e, com isso, alterarem seus comportamentos no dia a dia dos negócios.
 No artigo “Freud e o lucro dos seus negócios”, Luiz Fernando explica como o controle de alguns comportamentos _ presentes na rotina dos negócios  e também estudados por Freud – pode melhorar o desempenho de toda a empresa.




O que o famoso alemão Sigmund Freud tem a ver com o sucesso de empresários e seus empreendimentos? Muitas vezes, a reposta é simples: tudo. Entender os conceitos da Psicanálise e aplicá-los à prática do universo corporativo pode ser a solução para muitos homens e mulheres que não conseguem entender por que suas empresas não conseguem ter um bom desempenho.

Considerado por muitos como um dos grandes gênios dos séculos XIX e XX, Freud deixou um legado àqueles que buscam o entendimento da própria mente – fato este que, muitas vezes, não é almejado pelos donos de negócios. Sobre isso, vale dizer que um dos maiores desafios que enfrento no dia a dia com empresários é fazer com que entendam que a origem de problemas como baixos resultados financeiros pode não estar em estratégias, funcionários ou sócios. Em grande parte dos casos, o ponto-chave é a própria dinâmica mental desses executivos.

Ao se aproximarem dos conceitos do Pai da Psicanálise, homens e mulheres de negócios “desatam os nós” que possuem, e quase sempre passam a colher os frutos com o melhor desempenho de todos na empresa e, consequentemente, com o aumento dos lucros. Durante a convivência com mais de 1.200 empresários ao longo dos últimos 12 anos, busquei fazer com que entendessem os Mecanismos de Defesa da Psicanálise, algo constantemente presente no cotidiano corporativo.

Praticamente todos os empresários, inconscientemente, põem em prática esses mecanismos, o que prejudica – e muito – o desempenho dos negócios. Ao levar para a empresa um problema mal resolvido em casa, eles aplicam o que Freud chamou de Deslocamento e apenas transferem as preocupações de ambiente. Outro fator presente no comportamento dos donos de negócios é a Negação. Ou seja, eles deixam de enxergar determinado problema para realizar seu objetivo, por exemplo, um investimento arriscado. Mesmo que os números do relatório preparado pelo contador apontem que o momento não é propício para ampliar a fábrica ou fazer contratações, os empreendedores em estado de negação optam pelo caminho do “sei que vai dar certo” e correm até o risco de quebrar.

Além de negar o risco em uma negociação, o empresário, frequentemente, é “muito apaixonado” por seu negócio. Por conta disso, põe em prática a Idealização para justificar uma decisão, especialmente as que parecem não fazer sentido para o restante das pessoas. A chamada Projeção também é algo muito presente no ambiente empresarial. Esse Mecanismo de Defesa pode ser observado, por exemplo, em uma relação de sociedade, com a transferência de desejos ou conteúdos que estão em você ao outro – “ele vive viajando” e “ele vive com mulheres mais jovens” são frases que podem exemplificar esse tipo de atitude. Em linhas mais populares, poderíamos tratar esse último tópico como “uma inveja disfarçada pela visão crítica”, já que os defeitos dos outros são, na verdade, muitas vezes as virtudes que gostaríamos de ter.

Com o conhecimento dos conceitos da Psicanálise e a prática de algumas técnicas, esses comportamentos inconscientes são compreendidos e alterados. Ao mudar sua maneira de pensar, o empresário também passa a agir de forma diferente. Isso potencializa o desempenho de seus subordinados e acaba por ampliar os lucros nos negócios.

Luiz Fernando Garcia – Administrador de Empresas, criador da metodologia de Psicodinâmica em Negócios, formando em Psicanálise e responsável pelo desenvolvimento de mais de 50 metodologias de treinamento destinadas à capacitação de empresários e profissionais de liderança, com mais de 1.500 empresas atendidas em 30 mil horas de aplicação em estratégia de desenvolvimento.

domingo, 12 de agosto de 2012

Jung e sua impopularidade

Jung em 1910
Uma das razões para a impopularidade de Jung é o fato de ele sempre bater na tecla da necessidade do autoconhecimento, para que as pessoas se transformassem em pessoas melhores (através do processo de individuação) e as pessoas sendo melhores o mundo se transformasse num mundo melhor.

Um texto que retrata bem essa posição de Carl. G. Jung, está no livro "Sobre o Amor", em que o analista suíço fala sobre o autoconhecimento e sua importância. 

"Deveríamos ter algo como escolas para adultos, m que poderíamos ensinar às pessoas pelo menos as coisas mais elementares do autoconhecimento e do conhecimento das pessoas. Já fiz essa proposta várias vezes, mas ela permaneceu como um desejo de fé, apesar de todos admitirem teoricamente que sem autoconhecimento não pode haver um entendimento geral. Acabaríamos encontrando meios e caminhos caso se tratasse de algum problema técnico. Mas como se trata apenas do que é mais importante, ou seja, da alma do ser humano e dos relacionamentos humanos, não existem professores nem alunos para isso, nem material didático nem currículos, tudo fica sempre encalhado naquele encolher de ombros, no 'deveríamos'. É muito impopular dizer que cada um deveria começar consigo mesmo por isso tudo continua na mesma. Só quando as pessoas ficam tão nervosas a ponto de o médico diagnosticar uma neurosa é que consultamos os especialistas, cujo horizonte na medicina via de regra não inclui a responsabilidade social." (Briefe II 419)

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Constelações: a descoberta daquilo que está oculto



No sábado 14, tive a oportunidade de participar mais uma vez de um workshop com a especialista em Constelações, Zaquie Meredith, no seu espaço na rua França Pinto, na Vila Mariana, em São Paulo.
E mais uma vez pude constatar a verdade sobre "A verdade das relações entre as pessoas".
Durante uma constelação somos "bonecos" movimentados pela força do inconsciente das pessoas (personagens) que ali se apresentam.
É uma experiência que nos enriquece como seres humanos apenas como participantes ou mesmo só assistindo. Quando você constela, então, o que está oculto vem à tona. São fatos, emoções e sensações desconhecidas do nosso consciente. E o quebra-cabeças de nossas vidas começa a ter as peças encaixadas e a visão de nossas vidas começa a fazer sentido.
Não é possível explicar ou descrever. Tem de experimentar, vivenciar a experiência para entender como funciona o sistema, o processo.
A seguir, Zaquie nos brinda com um artigo de sua autoria. No final, você encontra todas as informações necessárias para participar das atividades propostas por ela como o curso de formação cujo 1º Módulo acontece dias 18 e 19 de agosto e os workshops. No dia 18, às 14h é possível participar apenas do workshop vivencial que acontece dentro do curso. Para maiores esclarecimentos, entre em contato diretamente com Zaquie. As informações estão ao final do texto. Boa leitura!


A Constelação nada mais é do que uma descoberta sobre a verdade das relações entre as pessoas. Elas mostram o verdadeiro sentimento e sensações que se passam entre as pessoas e que raramente são ditas.
Quando constelamos algo do passado,  então isso vem à tona mais claramente, por exemplo, quando antigamente havia muitos “segredos” de família que ninguém ousava falar.
Tive um deles quando constelava uma família em Brasília a respeito de um “erro médico”. Descobrimos que o segredo da negligência do bebê estava com a mãe e não no “erro médico”.
Isso aliviou a família que podia continuar o seu destino, agora, de uma forma mais libertadora.
É isso que faz a constelação. Ela liberta. Ela esclarece. Ela direciona. Ela alivia. Ela une.
Na época em que Bert Hellinger, seu autor, se dispunha a responder os e-mails e cartas, eu enviava alguns dos meus achados sobre a constelação e ele respondia com um “well done”.
Hoje sabemos que Bert é muito ocupado com os seus 86 anos bem vividos e doados à humanidade.
Lembro-me de outra constelação fantástica sobre quatro tias solteiras:
Uma mulher que reclamava de quatro tias que a controlavam por causa do dinheiro. Ela disse que já não tolerava mais esse controle e que era excessivo.
Então fizemos uma constelação. Coloquei as quatro tias, uma por uma de frente para o Dinheiro. Alguma coisa me disse para escolher um homem jovem para representar o dinheiro. E assim o fiz.
Sem saber da estória da família, surpreendentemente, a primeira tia começou a falar com o Dinheiro como se fosse o noivo que ela perdera. E, uma por uma, sucessivamente, cada uma tinha um caso a contar sobre o homem com quem não pudera se casar.
Segundo a sobrinha, o pai tinha sido um homem rico e proibira as filhas de se relacionarem com esses homens. O Dinheiro substituíra os noivados malsucedidos.

E assim vai. De fato, jamais haverá alguém de tanta importância quanto Bert no quesito de relacionamentos familiares. Nós, discípulos de sua teoria e filosofia de vida sabemos da grande missão que nos foi passada.

E que assim continue!

Zaquie C Meredith

Socióloga, Consteladora e Psicoterapeuta
www.clictv.com.br ("Alterna-Vida")
Autora dos Livros: "O Que Você Precisa Saber"/"A Consciência das Sensações e Constelações"/"É a Fé que sustenta o Pássaro"



quinta-feira, 22 de março de 2012

A estratégia é o autoconhecimento

É pura ilusão pensar que vivemos em paz. Só porque não temos tropas de exército inimigo nas ruas, literalmente, como ocorre em outros países, não significa que estamos em paz.
Em geral,  estamos em guerra permanente com todas as pessoas com as quais nos relacionamos e, pior, conosco mesmos.
Disputamos poder com filhos, maridos, esposas, chefes, colegas de trabalho; disputamos poder quando achamos que temos mais direito que o outro de sentar num assento vazio no metrô, ou de ser atendido primeiro numa fila de banco, ou de que o caixa do supermercado deveria ser mais rápido - para atender à nossa pressa.
Estamos em guerra permanente. Quando um amigo nos conta sobre sua doença e dizemos que a nossa é maior ou quando dizemos que nunca adoecemos.
E como o soldado no campo de batalha literal precisamos de estratégias para vencer as nossas batalhas diárias, muito mais do que estarmos armados. Aliás, isso é o que mais fazemos: a maior prova de que vivemos em guerra permanente é que vivemos na defensibilidade, ou seja, estamos sempre na defensiva, em estado de alerta, prontos para o ataque.
Mas, como nem sempre aceitamos o fato de que estamos em guerra permanentemente, como nem sempre somos conscientes de nossos atos, o ideal seria fazer como sugere o mais antigo tratado no assunto, "A Arte da Guerra", de Sun Tzu, que diz o seguinte:
"Se conhecer seu inimigo e a si mesmo, ainda que você enfrente 100 batalhas, nunca sairá derrotado. Se não conhecer seu inimigo mas conhecer a si mesmo, suas chances de perder ou ganhar serão as mesmas. Se não conhecer o inimigo nem a si mesmo pode ter certeza de que perderá todas a batalhas."
Uma das maneiras de nos conhecermos é através da terapia analítica.
Algumas religiões também levam ao autoconhecimento.
E você? quer continuar a perder ou quer enfrentar seus inimigos com mais propriedade?

segunda-feira, 12 de março de 2012

Mulheres são mais vulneráveis aos males do alcoolismo


Neste mês de março, as mulheres comemoram uma porção de conquistas. Mas é interessante que fiquem ligadas no consumo excessivo de bebidas alcoólicas - já está comprovado que, neste quesito, não se deveriam igualar aos homens

Porém, não é o que vem ocorrendo. De acordo com o site www.semexcesso.com.br durante muitos anos as mulheres se mantiveram longe das bebidas alcoólicas. Até o início da década de 1920 era praticamente impossível ver uma mulher em bares ou mesmo bebericando algo em um restaurante com amigos. Em 1932, nos Estados Unidos, mais de um milhão de americanas já tinham se associado à Womens Organizations for Nacional Proibition Reform, algo como “liga das Mulheres Contra a Lei Seca", que cairia um ano depois naquele país.  

Hoje as mulheres estão completamente livres para frequentar bares e festas e estão começando a abusar dessa liberdade, comprometendo negativamente sua saúde, muito mais do que os homens. 

Segundo o dr. Drauzio Varella "O metabolismo do álcool nas mulheres não é igual ao dos homens. Se administrarmos para dois indivíduos de sexos opostos a mesma dose ajustada de acordo com o peso corpóreo, a mulher apresentará níveis alcoólicos mais elevados no sangue.
A fragilidade aos efeitos embriagadores do álcool no sexo feminino é explicada pela maior proporção de tecido gorduroso no corpo das mulheres, por variações na absorção de álcool no decorrer do ciclo menstrual e por diferenças entre os dois sexos na concentração gástrica de desidrogenase alcoólica (enzima crucial para o metabolismo do álcool).
Por essas razões, as mulheres ficam embriagadas com doses mais baixas e progridem mais rapidamente para o alcoolismo crônico e suas complicações médicas.
Diversos estudos documentaram os benefícios do consumo moderado de bebidas alcoólicas, tanto em homens como em mulheres. A margem de segurança entre a quantidade de álcool benéfica e a que traz prejuízos à saúde das mulheres, entretanto, é estreita e nem sempre fácil de delimitar"
Leia mais sobre o assunto no site www.semexcesso.com.br, primeiro portal no Brasil que aborda exclusivamente o consumo responsável de bebidas alcoólicas, estimulando a reflexão e a conscientização a respeito das consequências da falta de moderação. Trata-se de uma iniciativa da Associação Brasileira de Bebidas – Abrabe, num esforço conjunto com suas mais de 50 associadas. O portal consolida a campanha nacional “Comemore com Sucesso, sem Excesso” que em dois anos já desenvolveu uma série de ações e foi agraciada em 2010 pelo 30º POP – Prêmio de Opinião Pública, concedido pelo Conselho Regional dos Profissionais de Relações Públicas – CONRERP.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O outro é você e você é o outro

Preste atenção:  aquilo que você fala sobre o outro, na verdade é uma projeção sua no outro. Ou seja, você vê no outro aquilo que está em você mas você não reconhece em você.
Tem muito você no texto? É de propósito.
Por exemplo: você acha sua vizinha irritante, falsa, esnobe. Então, pare e observe: o que existe de irritante, falso e esnobe em você e que você não reconhece? 
É natural nós não nos enxergarmos a não ser que estejamos em frente a um  espelho - objeto que deve ter sido criado, acredita-se, no Egito antigo, e que foi muito utilizado pela Rainha Má da história da Branca de Neve -, nós não temos como nos ver. É o outro quem me diz quem eu sou. São os outros que dão dicas, pistas de quem somos, como somos ou de como aparentamos ser quando nos dizem: "Que cara feia é essa?" você pode estar distraidamente sério, nem percebeu, mas está com o cenho franzido, ares de preocupado...não é assim mesmo? Ou ainda quando dizem que você está com um sorriso no semblante, um brilho no olhar e você nem se deu conta disso. É o seu inconsciente se manifestando através do seu corpo ou do seu rosto, através dos seus gestos. "O corpo fala", tem até um livro muito conhecido que trata com propriedade desse assunto.
Muito bem.
Outro ponto: a fala da outra pessoa sobre mim é, na verdade, a minha fala (sobre mim). E eu tenho de entender o que ele fala. Ou seja, alguém diz algo sobre mim que está em mim, eu não reconheço, mas é como se eu estivesse falando de mim mesma. Por exemplo: alguém me diz: Nossa, como você está mau-humorado. É como se eu estivesse falando de mim. Mas como eu não reconheço o mau humor em mim, eu penso que o outro está dizendo isso de mim equivocadamente. Então,pare e pense: estou (ou sou)  de fato mau-humorado, desleixado, desequilibrado etc etc etc?
Confuso? Não. Complexo? Sim.
Daí a importância de nós nos conhecermos. Como? olhando para dentro de nós e prestando atenção na fala do outro e na minha fala sobre o outro. Já que o que eu vejo no outro está em mim.
Já colocou um espelho de frente para outro espelho. Faça a experiência.
Somos espelhos uns dos outros. O outro sou eu. Eu sou o outro. O outro é minha sombra, eu sou a sombra do outro. E todos somos um. 
Isso é física quântica. Senão, vejamos: "(...) sabe-se que uma imagem holográfica guarda em cada uma de suas partes, por minúsculas que sejam, as informações do todo. O mesmo espírito norteia a Teoria Geral dos Sistemas, que considera o mundo em função da inter-relação e interdependência de todos os fenômenos. Os sistemas são totalidades integradas, cujas propriedades não podem ser reduzidas às de unidades menores. (...) a engenharia genética ensina-nos que um único filamento do DNA contém todo o código genético de um ser vivo. A biologia também apresenta a Teoria dos campos morfogenéticos, do bioquímico inglês Rupert Sheldrake, que define o campo morfogenético como uma força não energética, uma espécie de memória coletiva que atua além do espaço e do tempo, conectando todas as coisas e todas as formas da natureza. (...) a ecologia, demonstra que todas as formas vivas encontram-se inter-relacionadas numa complexa e delicada teia de relações mútuas." (Farjani, Antonio Carlos - Psicanálise e Quantum, Editora Plêiade, 1995)
No filme Avatar (James Cameron, 2009) ficou famosa a cena em que a personagem de Zoe Saldaña, Neytiri, diz para o personagem de Sam Worthington, Jake Sully: "Eu vejo você". Quando ela o vê? Quando ela descobre que o ama. E o que ela ama em Jake? O que ele tem dela dentro dele. Ela ama o Jake transformado nela. E ele ama o que ela tem dentro dele que ele não sabia. Ou seja, nós nos apaixonamos por nós mesmos!
O perigo disso é estarmos tão identificados com o outro que não sabemos mais quem nós somos e passarmos a atender apenas as necessidades do outro pensando que estamos atendendo às nossas necessidades. Quando eu fico muito identificado com o outro (quando estou apaixonado,por exemplo, ou muito bravo com outra pessoa por causa do que ela me disse e que eu não gostei, que me afetou) fico alienado de mim mesma. Se eu não gostei é porque me identifiquei. Se me for indiferente, provavelmente não me pertence de fato.
Qual a saída para eu ser eu mesma, de forma íntegra e totalmente.
Preciso me conhecer para atender ao que meu EU Superior, ou meu SELF, ou Deus interior, ou partícula divina (depende da crença de cada um) quer que eu faça, atender à minha missão de alma. Se eu não atender ao que o Self quer, eu vou atender ao que o EGO (aquela parte racional que me controla) quer. E o EGO quer atender ao que o outro quer (quando não sabe quem é, quando está identificado com o outro). Daí a importância do AUTOCONHECIMENTO.
Algumas religiões ajudam nesse processo (outras, atrapalham bastante). Mas não são suficientes para alcançarmos bons resultados.
Só uma boa terapia nos ajuda a elucidar quem somos, por que agimos desta ou daquela maneira,por que atraímos isso ou aquilo para a nossa vida (situações que se repetem, pessoas parecidas....), por que temos a sensação de andar em círculos ou para trás, por que nada dá certo comigo, por que sempre me meto em dívidas, confusões, relacionamentos  complicados, por que sempre sou traído(a), enfim, por que sou assim, por que funciono assim?
Dá pra mudar? Dá. Mas não é fácil. O caminho é longo, traz angústia. É preciso coragem, disciplina e determinação.
Gente, estou escrevendo isso para mim mesma! Não é sensacional?

Deixando o Rancor de Lado: Cultivando a Liberdade Interior

O   rancor é um sentimento negativo que pode prejudicar nossa saúde mental e nossos relacionamentos. Abaixo, apresento algumas estratégias ...