Prédio onde funcionava o Deops, em 64 |
O Memorial foi inaugurado em 24 de janeiro de 2009, para lembrar a população de uma fase negra, escura e triste na nossa história.
Estive lá na semana passada e pude ver as celas onde os presos políticos eram mantidos. Eram quatro celas. Em cada uma delas ficavam de 16 a 30 pessoas, dependendo da época. As pessoas eram torturadas - não nas celas - mas próximo dali de modo que os presos ouviam os gritos dos torturados além de verem em que condições eles voltavam das sessões de tortura.
Lá no museu é possível ouvir depoimentos de sobreviventes sobre a rotina da prisão.
Uma das celas foi mantida intacta com as marcas nas paredes dos nomes das pessoas que passaram por lá. Mantiveream alguns colchonetes e toda uma ambientação representando aqueles dias negros.
É de arrepiar.
Tirando esse aspecto triste o Memorial possui um programa museológico estruturado em procedimentos de pesquisa, salvaguarda (ações de documentação e conservação) e comunicação (exposições e ação educativa e cultural) patrimoniais por meio de seis linhas de ação. Voltadas à pesquisa e à extroversão dos principais conceitos norteadores do Memorial e atuando articuladamente, essas linhas objetivam fazer da instituição um espaço voltado à reflexão e que promova ações que possam colaborar na formação de cidadãos conscientes e críticos, sensibilizando para a importância do exercício da cidadania, da valorização da democracia e do respeito aos direitos humanos.
- Centro de Referência (conexão em rede com fontes documentais e bibliográficas)
- Lugares da Memória (inventário dos lugares da memória localizados no Estado de São Paulo)
- Coleta Regular de Testemunhos (registro de testemunhos de cidadãos envolvidos com as ações do Deops/SP)
- Exposição (exposição de longa duração e mostras temporárias)
- Ação Educativa (encontros de formação para educadores, produção de materiais pedagógicos de apoio, visitas educativas e palestras)
- Ação Cultural (seminários, lançamento de filmes e de livros, apresentação de peças de teatro)(parte do texto extraído do site da Pinacoteca do Estado).
Após a visita é possível relaxar na cafeteria do espaço, bem decorada e com vista para o pátio do estacionamento da SalaSão Paulo. Tomamos dois cafés simples, uma Schwepps e comemos um pão de quijo e dois quibes. Pagamos em torno de R$ 20.
Saguão da Estação Sorocabana/Sala São Paulo |
Quando fui não estava aberta à visitação, mas apreciar a arquitetura do prédio em si já é um deleite. Ele possui um salão gigante com três lustres enormes, que faz divisa com a estação. Aliás, a estação também possui uma arquitetura fantástica com as estruturas de ferro e a bilheteria que manteve a decoração em madeira original, bem como o relógio que lembra o da estação de trem da antológica cena do filme Os Intocáveis.
"O caipira picando fumo", de Antonio Almeida |
Algumas obras a Pinacoteca estão no Jardim da Luz |
Em 1900 foi aí inaugurada a sede do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, prédio que atualmente abriga a supracitada Pinacoteca.
O aquário da Luz está com a água muito suja |
Algumas obras do acervo da Pinacoteca estão expostas no parque que também possui um aquário (que poderia estar mais bem cuidado)
Um casal de namorados |
Vista lateral do prédio da Pinacoteca |
2 comentários:
olá,
Sou aluno da Universidade de São Paulo e busco pessoas que foram ao memorial da resistência e possam responder um breve questionário a respeito do memorial https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dFFEOGJnTFhDb1FRd3FKY1oxU1dwbHc6MQ
agradeço imensamente pela ajuda,
Alan Peagno Moraes Prado
Oi, Alan!
Já respondi ao questionário conforme sua solicitação.
Obrigada por passear por aqui! Abs!
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