quarta-feira, 16 de março de 2011

PSICOLOGIA DO DINHEIRO

Quem disse que dinheiro não dá em árvore?
Compreender o significado e as atitudes das pessoas perante o dinheiro levando em conta padrões familiares e tabus transmitidos de geração em geração ao longo do ciclo vital, é o processo proposto pela psicóloga Valéria Meirelles, que estuda a Psicologia do Dinheiro – teoria ainda inédita no Brasil, uma das áreas da Psicologia Econômica.

Especialista em terapia de Casal e Família (PUC-SP) e Mestrado no Núcleo de Estudos de Psicologia Clínica em Família e Comunidade (PUC-SP), aprofundou-se no tema já publicado na Europa em 1987 e detalhado em 1998 no livro “The Psychology of Money” (Adrian Furnham e Michael Argyle) que refinou a teoria, incluindo as patologias financeiras: vício em jogo, consumismo, avareza, entre outras.

Agora, Valéria traz a teoria para a realidade brasileira em sua tese de doutorado, em andamento, intitulada “Cara e Coroa – Atitudes de Homens e Mulheres perante o Dinheiro ao longo do ciclo vital”.

Tanto nas pesquisas bibliográficas como na prática clínica, a psicóloga encontrou os motivos que levam as pessoas a terem péssimas relações com o dinheiro. “Ainda que o dinheiro faça parte de nosso dia a dia, se pensarmos bem, nem mesmo nossos pais se pararam para nos dar noções básicas sobre o seu uso. Aprendemos muito mais assistindo do que com explicações. Sem perceber, repetimos padrões financeiros familiares que ora nos ajudam, ora nos atrapalham, dependendo do contexto e da relação”, diz Valéria.

A Psicologia do Dinheiro torna-se importante ferramenta especialmente aqueles que se interessam pelo Planejamento Financeiro, pois antes de saber como poupar, onde investir e gastar com inteligência é importante saber o que ele significa para você e qual o lugar que ocupa em sua vida.

“A questão do dinheiro não é só capitalista, é mental. Afinal, por que sabemos exatamente o que deve ser feito para poupar, e mesmo assim, muita gente não consegue, demonstrando atitudes completamente irracionais?”, questiona.

Há também a questão familiar: Muitas vezes, frases feitas e repetidas ao longo da vida de um indivíduo marcam profundamente a visão dele sobre o dinheiro. Por exemplo: “Dinheiro não é tudo na vida”. “Só com muito esforço o dinheiro vem”. “Quem muito quer, pouco tem”. Parece simples desvencilhar-se dessas crenças, mas elas ficam muito mais enraizadas do que se pode imaginar e para isto, é importante também identificar e direcionar.

Através da junção de conceitos de terapia familiar (área de origem na formação de Valéria) com a Psicologia do Dinheiro, a psicóloga se propõe a ajudar as pessoas a identificarem o que foi exposto até aqui para então poderem colocar em prática os ensinamentos sobre dinheiro (que fazem parte da Educação Financeira) e claro, atingirem seus objetivos de maneira mais consciente e saudável.

Tabu

Falar de Dinheiro seja em família, entre amigos, com parceiros, cônjuges muitas vezes é mais difícil do que falar de sexo. “O dinheiro é um verdadeiro tabu. Pouco se discute, pois a maioria das pessoas sente-se desconfortável em falar sobre ele, especialmente quando envolve amor. Por dinheiro muito se constrói, mas também muito se disputa. Famílias se rompem e muitas heranças negativas são deixadas por gerações”, diz Valéria. Segundo a especialista, a Psicologia do Dinheiro trabalha todos esses assuntos com objetivo de ajudar as pessoas a compreenderem o significado do dinheiro em suas vidas, identificar as atitudes que possuem em relação a ele e a partir daí promover uma mudança que gere ganhos financeiros e pessoais.

São estes os temas que a Psicologia do Dinheiro engloba: atitudes frente ao dinheiro; jovens, socialização econômica e dinheiro; dinheiro e a vida do dia a dia; loucura do dinheiro – dinheiro e saúde mental; bens e heranças; dinheiro e a família; dinheiro no trabalho; desperdício de dinheiro; os muito ricos; dinheiro e felicidade.

Valéria Meirelles é formada em Psicologia pela USP há 21 anos; Mestre e Doutoranda pela PUC-SP e especialista em Terapia de Casal e Familiar (PUC-SP). Atua em na área clínica há 19 anos. Também é Coach.

Fonte:Floter & Schauff Assessoria de Imprensa
Jornalista Responsável: Christiane Alves
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Email: christiane@flotereschauff.com.br

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