
O sr. Gilmar Mendes e seus companheiros de tribunal acabaram, numa penada, com a obrigatoriedade do diploma para jornalistas.
Não vou me estender sobre este assunto tão desgastante. Quem desejar mais informações, por favor, dirija-se ao site de notícias mais próximo.
Eu sei que eu sou jornalista, diplomada, estudei pra caramba, fiz pós, fiz mestrado na ECA da USP, e sou obrigada a concordar que nenhuma das minhas três graduações garantiu-me emprego na área ou um bom salário.
Além de trabalhar como jornalista, a maior parte do tempo, também já fui empresária dona de loja (o Romildo e a Romilda conheceram minha "lujinha", era bonitinha), dei aulas de História e Geografia para um curso supletivo, tive empresa de assessoria de imprensa, escrevi em coluna social com pseudônimo e tudo, vendi bonecos de pelúcia de porta em porta, fui secretária de Apae (e quando o motorista faltava eu dirigia a Kombi da instituição que transportava as crianças), vendi (ou melhor, tentei vender) suco de aloe vera (babosa, para os íntimos), organizei chás beneficentes para a primeira-dama do prefeito de Boituva, tomei chá com Alaíde Quércia e Kika Fleury (aliás, diziam que eu era a cara dela, na época) no Palácio dos Bandeirantes, fui jurada de desfile de moda e concurso de Miss, fui vendedora de piso laminado, carpetes, tapetes, jogos de enxovais, louças e presentes na Lucas Martin, escrevi normas técnicas e fiz auditorias de processos hospitalares no Beneficência de Santo André. Ah! e estive desempregada nos intervalos entre uma coisa e outra.
Agora, se eu pudesse faria mais umas duas faculdades (História e Filosofia). Talvez um dia ainda faça. Adoro estudar, saber, conhecer.
Bom, a verdade é que agora, os jornalistas que virão por aí, estarão na mesma categoria do nosso querido presidente: a de os sem-diploma.
Deve ser motivo de orgulho para alguns.