segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Valquíria e suas histórias

Já fazia um tempinho Valquíria não tinha um namorado. Aliás, não tinha ninguém do sexo masculino. Andava meio interditada, desconfiada, arisca. Vivia um dilema. Queria se apaixonar perdidamente como fizera aos 15, 16, 17, 18, 20 e 23 anos. Mas ultimamente não conseguia se interessar por ninguém. Todos os homens eram feios e velhos. Barrigudos, dentes malcuidados, fedidos. Cabelos desgrenhados. Tudo bem que nos últimos tempos ela não frequentava ambientes assim, digamos, sofisticados. Mas também não andava embaixo de viadutos. Não entendia por que atraía aqueles tipos esquisitos sendo uma mulher tão bonita, inteligente, fina e educada. Seria praga do ex? Praga da vizinha-bruxa? Enfim, a situação não era nada animadora quando Adonis ligou convidando pra sair. Convidar pra sair significava ir pra cama direto. Adonis não era de levar ninguém pra jantar, pegar um cineminha, teatro, imagina? Adonis ia direto ao assunto. Mas Valquíria não sabia disso. E criou uma porção de fantasias, claro. Como fazia um tempão que eles não se viam, Valquíria tratou de ir ao cabeleireiro, fez depilação, comprou uma lingerie sexy.
Fazia um frio de lascar. Chuviscava. Aquela garoa fina e forte de Sampa, saca? Ah, não. Não ia a pé até a estação de trem, de jeito nenhum! Não havia progressiva que resistisse àquela maldita garoa fora de hora! Putz, já estávamos em dezembro! Frente fria com massa polar vinda do Sul. Só faltava essa.
Já tinha gasto uma grana no salão, na lojinha do seu Duílio, e agora, mais essa: ia ter de chamar o táxi.
Trem, metrô. Lá estava Adonis. Ele era tão bonito. Mas, pelo jeito, pelas roupas e por não ter carro, a vida pra ele não fora assim uma brastemp, como não havia sido pra Val. Porém, ficara aquela imagem de quando eram 25 anos mais novos. Ficara na lembrança aquele beijo que não trocaram, aquela transa que não aconteceu. O coração bateu forte.Apesar do tempo passado ele continuava bonito. Será que nessas horas enxergamos apenas com os olhos da alma? É provável.
Abraços, beijinhos discretos no rosto, como velhos amigos que se reencontram depois de muitos anos, metrô, hotel. Rola um certo constrangimento na recepção. Valquíria pensa: será que a funcionária pensa que eu sou mulher de programa? Esposa? Amante? Andam até o quarto como dois irmãos. Porta trancada, se atracam. Querem recuperar tanto tempo perdido. Beijos, línguas, mãos, braços, abraços, aquela loucura. Bom, mas a gente não vai conversar? Jantar? Dar uma volta? Tudo bem, pensou Valquíria, fazemos um lanche mais tarde tudo bem não, não vamos perder tempo com cinema, claro, e beija, beija. Será que ele vai gostar da calcinha? Nossa, você depilou TUDO? Que delícia, tudo lisinho... Agora vai, ela pensa, quando ele dá aquela pegada. De repente, ele para tudo. Reclama do perfume: é alérgico. Começa a tossir. Valquíria pensa que não, aquilo não está acontecendo. Bom, não há muito o que fazer. Por que não toma um banho? sugere o tal Adonis. Com esse frio? É, prefiro o cheirinho de sabonete...hummmm, responde Val. Ela adorava quando ele a chamava de Val. Mania de paulista. Baiano tem mania de chamar pela última sílaba do nome. No caso dela provavelmente viraria "quiria". Ela não estava muito disposta a tirar a roupa naquele quarto gelado. Não tem aquecedor? Não. Hummm. Tudo bem, já passou, avisa o deus grego. Vamos lá. Ele era bom de beijo. Beijava gostoso...e gostava de beijar. O primeiro sintoma de que um relacionamento vai mal é a ausência de beijo na boca. Por isso, ainda conseguiam se beijar tanto. Estavam só no começo. Valquiria cansou de beijar. Já estava com dor no maxilar. Então, mudou a estratégia e ousou tocar naquilo que mais a interessava naquele momento pra avaliar se todo aquele sacrifício e investimento - cabelo, depilação, lingerie nova, táxi - iria valer a pena, afinal. Cadê? Ué? E aí? Que aconteceu? É que está muito frio, justificou o rapaz, sem graça. Hummmm. Vamos pra debaixo da coberta? Lá está mais quentinho. Foram. Mas, como as coisas não estavam correndo como anunciado insistentemente pelo MSN meses a fio, Adonis garrou contar sua vida desde a última vez em que se viram e depois a infância, e depois falou sobre seus medos, manias, neuroses, casamentos, casos....hummm, respondia Valquíria congelando debaixo do cobertor fininho e considerando que não, definitivamente não queria mais disso pra sua vida. Fingiu que dormiu, esperou ele dormir, roncar e saiu, no frio da noite, pra nunca mais voltar. Quando chegou no apê, a primeira coisa que fez foi trocar seu nickname do MSN. E bloquear o do Adonis.

sábado, 2 de outubro de 2010

Brinde à sexta-feira

Ah, que delícia chegar em casa e encontrar uma garrafa de vinho na geladeira e uma pizza de mussarela no forno. Acendo o forno, esquento a pizza e bebo um gole do vinho gelado. As gatas fazem festa. Uma delas sobe na mesa. Espanto, ela faz de conta que não é com ela, se espalha na mesa. Espanto novamente. As cachorrinhas se acomodam no chão aos meus pés. Aguardam as migalhas. Como podem os cães ser assim, tão subservientes, se contentar com migalhas? e quantas vezes, como pude ser assim, tão subserviente e me contentar com as migalhas que a vida me ofereceu?
Vou pra sala. Me esparramo no sofá com meu copo de vinho. Ligo a TV. No Canal Viva. Passa apenas programas antigos de sucesso da Globo. Está´passando Hilda Furacão. Zezé Polessa parece irmã mais velha de si mesma. Hoje ela está muito mais bonita depois da plástica e dos botox. E viva a tecnologia! Esse Canal exibe vários bons programas: Engraçadinha (uma adaptação de Bonitinha mas ordinária de Nelson Rodrigues, com Cláudia  Raia e Alessandra Negrini - no comecinho da carreira - simplesmente fantástico. A partir do dia 9, se não me engano o canal vai exibir à 00h45 - pasme - Vale Tudo. Por que não passa mais cedo? Aos sábados o canal exibe vários outros sucessos. Gente, como as novelas eram boas nos anos 80 e 90...o que aconteceu com tudo? Com a educação, com a música, com a arte de um modo geral? Pelo menos essa que passava na TV? Sim, porque o cinema continuou e aprimorou, a música, mais ou menos, o teatro, bem ou mal se manteve, mas, gente, a televisão deu uma guinada pra baixo de 360º. Dá uma olhada: Big Brother, A Fazenda... Deus! é demais!
ADOREI a Geisy Arruda na Fazenda 3: o Sergio Mallandro e um outro tipo que eu não sei quem é sugeriram que  reproduzissem a cena que ela protagonizou na Uniban quando foi repudiada e tal, por causa do vestido cor-de rosa. Muito bem.A galera pediu que ela vestisse um tal de vestido rosa igual ou parecido com o do trágico dia e enquanto ela se vestia os "malandros" combinaram que eles fariam o papel dos ex-colegas de facul da Geisy e ela faria o papel dela mesma com o diferencial que agora ela poderia falar o que ela quisesse visto que na ocasião ela se calou.
Muito bem, sai a Geisy do quarto com um vestido rosa semelhante ao da ocorrência (ela ainda argumentou que não ia trocar de roupa - estava com frio e com um agasalho - porque não havia tomado banho), de chinelos de dedo e vai pra varanda encontrar os colegas de desdita (sim, porque estar num programa como esse, mesmo correndo o risco de ganhar vários prêmios e muito dinheiro é uma desdita) que lhe informam sobre o plano e tal. Ela não concorda, vejam só. Eles dizem que seria uma oportunidade de ela dizer o que não disse na hora em que sofreu toda aquela discriminação e ela, diz categoricamente: não, não vou repetir aquela cena porque aquilo ainda me dói muito, me magoa, não quero lembrar daquela cena.
Muito bem, dona Geisy. Então, é isso aí. A televisão pode te aprisionar ou te libertar, aliás, como tudo na vida. Se você depende de drogas, quaisquer, para ser feliz, você não é livre.
TV, rádio, relacionamentos, crenças, religião, certos compromissos, trabalho, vinho, cocaína. Qualquer uma dessas coisas podem aprisionar.
Liberte-se! Brinde à vida! Livre e soberana! Doa a quem doer! Mas que não não doa em você!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Quem precisa?

Você precisa?
Precisa saber tudo? ter visto tudo? conhecer tudo?
Tem gente assim, né? Vc fala sobre uma rua, ela sabe onde fica.
Vc comenta sobre um filme, ela já viu.
Vc diz que está com sono...ela te olha com pouco caso. Imagina! ela está sempre a mil por hora, ligada no 220! Sono não é com ela!
Ela já teve os melhores empregos - hoje trabalha num lugar que ELA diz que não gosta, vive reclamando, mas não sai fora, sabe como é? - mas já trabalhou em grandes empresas, e, consequentemente, quando vc comenta sobre alguém que vc conheceu em mil novecentos e nada...pimba! ela tb conheceu, claro! Ela se lembra do cara! Ela até tomava cafezinho com ele.
A pessoa não é bonita - é até feinha, sabe? - não se veste bem - tem um mau gosto de doer, é cafona, breguinha - mas se acha! E o cabelo, gente? Sabe poodle? Então, é naquele estilinho. E a voz? De meninha, claro. Fala e ri ao mesmo tempo, parece que está sempre pedindo um afago na cabecinha. Fica ali, esperando vc jogar um petisco.
Mas é falsa! Se faz de vítima: está sempre cansada - apesar de viver no 220, lembra? - porque trabalhou muito, mais e melhor do que todo mundo! Porque só o que ela faz dispende energia. O que vc faz, não. O trabalho dela é importante. Os direitos todos são dela. Vc não precisa disso. Ela é master, vc é júnior. Ela trabalha mais que vc, sempre! O seu trabalho é fácil, o dela é difícil, especializado...o seu é comum. Sabe aquele tipo de pessoa que não erra? só se engana? E assim mesmo porque estava cansada, porque trabalha muito, porque o trabalho dela é o mais difícil. Vc se casou, teve filhos, tem pets, uma casa pra cuidar....a pessoa não tem um gato pra puxar pelo rabo, como se diz, mas se acha indispensável.
Não faz um trabalho voluntário, não visita um doente num hospital, não visita um orfanato, asilo, nada! Sua grande preocupação quando chega as sextas-feiras é escolher o filminho cabeça que passa naquele circuito Paulista, Frei Caneca, Augusta, pre ter assunto na segunda-feira. Mas o mais incrível é que ela consegue ir ao cinema, ao teatro e estar sempre por dentro de tudo o que rolou no Domingão do Faustão e no Fantástico. Mas se vc fizer um comentário sobre a Fazenda, ela também viu.
Junta grana pra viajar pra Europa no inverno (mas não tira foto porque tb não tem máquina digital),  mas não tem máquina de lavar - pra dizer na segunda-feira que ficou esfregando a calça jeans na mão, no tanque, porque diz não ter grana pra comprar máquina de lavar. Ah! Tb não deve ter dez reais pra comprar um tonalizante capilar porque a raiz - branca - está sempre aparecendo. Ah, sim, porque ela junta grana pra ir pra Europa. Mas comprou uma tela enorme pra colocar na sala que custa quase meia passagem pra Paris. Mas não tem grana pra máquina de lavar...porque se comprar a lavadora, como é que ela vai dizer que lava suas roupas no tanques em pleno século 21?
Vc tem plantinhas em casa? Ela tb. Mas as dela, claro, são mais bonitas e mais bem cuidadas que as suas, lógico!
Vc tem TV a cabo? Ela tb, mas o pacote dela é melhor que o seu. Aliás, a pessoa tb não comprou um DVD player porque....vc já sabe, né? Europa e tal... Ah! tem um fogão que não tem forno! Já viu isso? Se vc der uma receita de bolo pra ela ela vai dizer que vai levar pra fazer na casa ada mãe porque ela não tem forno (?).
Não, deve ter gente que gosta dela. Assim, que não se incomoda...sei lá. Tudo bem, sorte dela. É engraçado porque ela nunca comenta sobre um amigo ou amiga, uma turma, nada! Tem uma ou duas pessoas que a gente sabe que sai com ela porque ela faz questão de anunciar. Fora isso, é um deserto! Devia ter dó?

Nossa, hoje os minutos não passam!

domingo, 5 de setembro de 2010

Para os amigos

Ah, meus amigos...meus amigos são lindos. O Luis Pellegrini, por exemplo. É um jornalista superexperiente, viajado, vivido, enfim, um sujeito que manja pra caramba do que faz. Então, quando ele me diz, e diz publicamente, que eu escrevo tão bem, além de lisonjeada, fica me pesando na consciência não estar usando esse talento mais amiúde.
É verdade Lulu, faz tempo pessoas importantes como vc me dizem isso. Sabe quem mais me falou assim? minha professora orientadora do meu mestrado inconcluído da USP, a Nancy Ramadan. Ela sempre dizia e diz até hoje que eu escrevo bem e tal. Quando eu era adolescente, tive um professor de português que é meu amigo até hoje, Lulu, e ele até hoje não se conforma de eu não estar escrevendo para uma grande revista ou de estar numa grande emissora de TV. Ele diz que eu devia estar no lugar da Fátima Bernardes porque sou mais inteligente e mais simpática. Veja só, os amigos, como eles são generosos e agradáveis ao nosso ego.
Não sei dizer o que aconteceu Lulu. Tempos atrás, muito atrás, por alguma razão, que agora a análise está me ajudando a desvendar, eu acreditei nas pessoas que disseram justamente o contrário. E fui me boicotando de lá pra cá. Sabe o medo? Medo do sucesso, medo de ser feliz (não, eu sou feliz, mas poderia ter sido antes, e muito mais), medo, medo, medo. Ele sempre me acompanhou e, claro, me atrapalhou.
Você sabe Lulu, muitas das nossas atitudes são produzidas pelo nosso inconsciente. Então, os meus autobloqueios de sucesso foram inconscientes. Mas, mesmo hoje em dia, lá no fundo, ainda preciso brigar com ele, agora que eu já o encaro, digo pra ele sai pra lá e tudo, mas aí pinta outro bloqueio: o da criatividade. Fico desejando bolar uma pauta super, ultra, mega original, perfeita! Isso tb é resultado de outra necessidade de agradar, de ser perfeita, que vem lá de criancinha. Eu era a bonequinha da mamãe, dos priminhos, do vovô, da titia, então, não podia errar, fazer feio, essas coisas. Isso fica gravado Lulu. Estou trabalhando todas essas coisas. Mas agora já sou velha pro mercado, sabe Lulu. Então, as pessoas que talvez pudessem me dar uma chance - nossa uma chance aos 50? - olham pra mim com muito carinho, mas fica nisso.
Então, eu sorrio e escrevo para os amigos, como vc e tantos outros que leem meu blog, meus momentos de revelação.
Você já me deu uma dica: pra eu ter foco. Ah, isso é difícil, pra mim é uma tarefa hercúlea. Não que eu seja dispersa no sentido de avoada, mas eu quero fazer tudo ao mesmo tempo, penso em escrever sobre várias coisas, tudo me parece interessante e ao mesmo tempo, não. Sabe como é?
Mas, tenho pedido ao meu Eu superior, à minha grande alma que me guie, me mostre o caminho...e vou falando com um, com outro, pensando aqui, ali. Tenho fé. E sou grata pelas pessoas como você, a Nancy e o Guilherme e tantos outros.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Mundos superpostos

Veja só que incrível! A física quântica já falou no assunto. Só que muito antes a tradição judaica já falava. Estou apaixonada pela Cabala. Agora estou lendo "A Cabala da comida" de Nilton Bonder, da trilogia que já citei anteriormente.      
Agora "escuta" isso: " A ideia de diferentes mundos que se sobrepõem e se interferem mutuamente é essencial na Cabala, nos mistérios do recebimento. Os segredos que advêm desta consciência maior da realidade e de como ela se desdobra em diferentes dimensões ou mundos acabam sendo a arte de enxergar além, de viver além. No nosso caso específico, trata-se do ato de se alimentar considerando aspectos que vão além dos significados físicos ou éticos."
Segundo a tradição dos rabinos a alimentação é um processo de recebimento, mas igualmente de troca, pois o que entra, sai, mas antes de sair transmuta e interfere em nossos "mundos" físico, intelectual, emocional, espiritual e um quinto, chamado de emanações.
O fluxo da troca de energia vital diz o livro, vai do físico para o puramente energético e vice-versa.
O bloqueio do fluxo em um desses mundos (chamados de corpos em outras crenças, como as herméticas ou esotéricas) provoca as doenças. Dependendo do "mundo" o tipo de doença. Se o bloqueio ocorrer apenas em nível físico você pode ter uma náusea, ou uma dor de barriga. Se for no emocional, geram doenças psicossomáticas. No espiritual, doenças mais graves como lesões no coração e até câncer.
"É preciso ter consciência de que todos estes problemas encontram-se interligados. Ignorar um simples mal-estar ou dopar-se com remédios pode fazer no máximo com que a luz amarela se apague, o que não quer dizer que desapareçam suas representações emocional e espiritual em outros níveis, mas tão somente que será mais difícil identificá-las, pois cada plano apresenta um quadro de sintomas próprio. Tente entender isso profundamente." alerta o autor.
Saúde, portanto, nada mais é do que a troca de energia, o fluxo constante da energia vital através do nosso corpo e de volta para o Universo, sem bloqueios de qualquer ordem. UAU!

              

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Sagrada sabedoria

Pra quem ainda pensa que Cabala é coisa de judeu, e que, exatamente por isso, não deve perder tempo com "essas coisas!", leia o texto abaixo.

Cada vez mais precisamos ser UNIVERSALISTAS. Em tudo existe uma sabedoria sagrada e muito semelhante àquela que se professa. Porque a origem e a essência de tudo é uma só. 

"Um dos temas mais sérios e práticos estudados na cabala é o lashon hará ou maledicência. A quase totalidade das pessoas, independentemente de religião, idade ou classe social, pratica o lashon hará diariamente e experimenta seus indesejáveis efeitos.
O lashon hará se apresenta sob várias formas: a mais conhecida é quando uma pessoa fala a outra sobre os aspectos negativos de uma terceira pessoa. São pequenos machucados na alma, envolvendo neste caso:
1) Quem fala: expressando pura negatividade atrai a mesma negatividade;
2) Quem ouve: recebe toda aquela negatividade destrutiva;
3) De quem se fala: aquele que não ouve, mas sente e se enfraquece.
Este tipo de lashon hará é comum e aparece de muitas maneiras disfarçadas, mas não por isso menos nocivas. Por exemplo, quando você está com um amigo e começa a falar mal do governo, você realimenta a sua negatividade, a de seu amigo e daquele que exerce a função de governante. Mesmo que o governante seja desonesto, se o seu comentário não tiver um caráter construtivo simplesmente não o faça.
Mas existem outros tipos de lashon hará, também nocivos e mais difíceis de serem identificados. Você vive lamentando sobre si mesmo para os outros. “Coitadinho de mim, estou sempre doente, sem dinheiro, insatisfeito”. Neste caso o número de pessoas “machucadas” é de apenas dois, mas o efeito sobre suas vidas é igualmente devastador.
Um terceiro tipo de lashon hará ocorre quando você ouve a maledicência de um outro. Seja seu amigo de infância, seja seu parente mais próximo, quando sentir que este começa a despejar negatividade em seus ouvidos, experimente correr dali e estará fazendo uma nobre ação para ambos.
Enfim, se você, caro leitor, ainda duvida da importância de evitar todo este mal provocado pela negatividade da palavra experimente um exercício: passe uma semana inteira sem falar mal dos outros, sem falar mal de si mesmo e evitando ao máximo ouvir a negatividade alheia. Prepare-se, não será tarefa fácil, mas o resultado final pode ser um milagre em sua vida."

Fonte: www.portaldacabala.com.br

Desafinado

É tão engraçado (e triste ao mesmo tempo) como a gente vai vibrando numa outra faixa e aí, algumas pessoas, que permanecem naquela que vc estava até há pouco tempo, começam a se tornar insuportáveis. 
Não, elas não mudaram. Foi vc que mudou.
Aí, vc tem de exercer a sua compaixão. A outra pessoa não sabe disso. Ela não percebe. Talvez ela até sinta que vc está diferente. E quando isso acontecer ela vai ficar muito brava com vc é claro, e ela provavelmente irá se afastar sem que vc precise se esforçar para isso.
Simplesmente suas vibrações são diferentes.
Nem melhor nem pior. Apenas incompatíveis.
Na escala musical um Dó é um Dó e um Ré é um Ré. Cada nota é desenhada numa linha diferente da escala musical. E se não houver harmonia entre as notas, não tem música.

Ser rico é melhor do que ser pobre

"Já fui pobre e já fui rico - ser rico é melhor." "É melhor ser rico e saudável do que pobre e doente." (Ditados em iídiche).

Quem gosta de ser pobre? Ninguém. Talvez a gente se conforme. Mas é claro que ser rico é muito melhor. Dinheiro não é tudo, mas é o dinheiro que possibilita uma vida bacana. Então, por que existem tantos pobres no mundo? Porque a maioria de nós, ocidentais, foi criada acreditando que a pobreza nos daria a chave do céu. Que o sofrimento leva à iluminação, enfim, nos ensinaram tudo errado. Já está mais do que provado que essa tradição católica só abalou, quando não destruiu mesmo, as estruturas de sociedades inteiras por conta dessa crença, enquanto os cofres do Vaticano se abarrotavam de ouro e prata. Hoje em dia, falam tão mal da Universal do Reino de Deus que, afinal, só repete, contemporaneamente, o que a Católica fez durante quase dois mil anos sem ninguém protestar, até porque quem protestou se deu mal.
E quem levou a fama foram os judeus. Mas será que os judeus são mesmo esse demônio pintado para nós?

Estou lendo (entre outras coisas) o livro "A Cabala do Dinheiro", de Nilton Bonder, da trilogia que se completa com "A Cabala da Comida" e a "Cabala da Inveja". Nilton Bonder é rabino profundo conhecedor da tradição judaica e autor do talvez mais popular "Tirando os sapatos". Estou começando a entender por que os judeus são tão prósperos! Eles têm uma relação com o dinheiro muito diferente da nossa que é, essa sim, baseada no lucro egoísta e sempre prejudicial a um terceiro.
Ao contrário das anedotas maldosas que dão a entender que os judeus são sovinas e espertinhos, esse povo só entra num negócio se o outro também for beneficiado. Fazer um negócio (gesheft) para os judeus implica assumir responsabilidades para além de si mesmo. "(...) é preciso sair do gesheft com o máximo de ganho, tendo como referência o máximo de ganho do outro e o mínimo de transtorno ou consumo para o universo." Isso é surpreendente e fantástico.Surpreendente porque a ideia (errônea) que temos dos judeus é que eles só pensam em ter lucro. E pelo que o livro descreve as coisas não são bem assim.
"Desse dinheiro retirado das trocas justas que visam otimizar ganhos para todos os envolvidos, se obtém dinheiro real. Dinheiro real é aquele garantido por Deus e que tem liquidez cósmica." Ou seja, é um dinheiro que beneficia todo mundo e não poucos. Agora, o melhor é: os judeus fazem voto de riqueza, mas não essa riqueza egoísta e individual que vc está pensando. Trata-se do ishw ha-olam - a obrigação de aumentar o nível de vida do cosmos.Que fantástico! Enquanto grande parte da população mundial não judaica destrói o planeta os judeus estão preocupados em fazer negócios que respeitem a natureza. Segundo esse conceito devemos nos comprometer com a constante elevação da qualidade de vida de forma sustentada com o mundo. "É uma obrigação de todo indivíduo fazer com que a riqueza, não apenas a sua, se expanda pelo mundo ao seu redor". E: "Como 'riqueza' entende-se o maior nível de organização e transformação possível do ambiente de tal maneira que tudo que é vivo e é importante para o que é vivo exista sem escassez. Ou seja, quanto mais abundante for possível tornar uma demanda dos seres vivos SEM QUE ESTA REPRESENTE UMA ESCASSEZ de outra demanda dos seres vivos, melhor. Esta é uma obrigação do indivíduo - melhorar o nível de vida do universo á sua volta".
Isso significa que só dá pra criar abundância se não houver escassez do outro lado, ou seja, se não faltar para alguém. Para os judeus, o legal é ficar rico sem ter de tirar de ninguém. "Um não perde nada e o outro se beneficia". Essa é a pior das hipóteses: um ganha e o outro não ganha, mas não perde. O ideal é ambos ganharem.
Além disso, a tradição do voto de riqueza preconiza que devemos sempre ajudar as pessoas a obter ganhos. "Alienar-se da obrigação de fazer favores é uma infração cujas implicações são similares às do roubo. Se você impede alguém de ganhar algo, mesmo que não obtenha benefício disso, incorre num roubo de patrimônio potencial da humanidade e dos seres vivos. (...) O fato de você impedir que alguém obtenha algo é comparável ao ato de retirar alguma coisa de alguém. Ao represar o enriquecimento do mercado à sua volta  sem aparentemente prejudicar o mundo, você colabora com a quantidade de escassez e impede que forças de sustento se concretizem neste lado do cosmos. Desta maneira, impede o aumento do nível de vida deste cosmos imediato e infringe a lei da busca pelo enriquecimento do mundo."
Um exemplo prático: duas pessoas que trabalham num mesmo lugar, exercendo a mesma função. Uma sabe que por lei tem direito a um determinado bônus, mas que para obtê-lo tem de solicitar à chefia, mas não passa essa informação ao seu colega que desconhece o procedimento. Pela tradição judaica, isso é roubo.

Ainda estou no começo do livro, mas já foi possível perceber que os judeus são muito mais éticos em relação a dinheiro do que pode imaginar nossa vã ilusão.

domingo, 25 de julho de 2010

Borboleta

É engraçado observar a vida.

De tempos em tempos mudamos. Nem todos, algumas pessoas. Tem gente que usa o mesmo tipo de cabelo desde a adolescência, tipo Malu Mader. Nunca a vi de cabelo curto ou enrolado, repicado, mais claro...não. sempre igual. É uma opção, claro. Ou uma resistência a mudanças?
Atualmente estou me sentindo gorda, envelhecida, feia. Quando me olho no espelho não gosto muito do que tenho visto.

Mas, também sei que isso é passageiro e que faz parte do processo.
Estou num processo de mudança.
Coisas se realizando, informações importantes estão chegando. Acontecendo. E isso é maravilhoso.
Hoje vi dois filmes:
Poder além da vida - a história se baseia no livro de Dan Milmann e a interpretação de Nick Nolte e de Scott Mechlowicz (Dan Millman) é de prender a atenção. Não vou contar a sinopse. Apenas assistam. Vale a pena.

 Conversando com Deus - filme biográfico sobre o autor dos livros "Conversando com Deus" - adaptação do livro de Neale Donald Walsch,  Conversando com Deus conta a história de quando, no pior momento de sua vida, Walsch (Henry Czerny), fez a Deus algumas perguntas bem difíceis. Dentro de cada um de nós há uma voz que fala a verdade. As respostas que ele recebeu de Deus se tornaram a base de um livro internacionalmente reconhecido, que já vendeu mais de 7 milhões de cópias em 34 idiomas. O filme narra a jornada de poucas e boas de Walsch que inadvertidamente se tornou um guia espiritual. (texto encontrado na Internet)

No final das contas, os dois filmes falam sobre a mesma coisa de formas diferentes.
Engraçado porque eles falam de momentos vivenciados por mim. Por todos nós, de um jeito ou de outro. Ou não.

Estou na fase lagarta novamente. Mas uma lagarta realizadora.

 

sábado, 29 de maio de 2010

Sábado dourado

Deveria ter dormido mais, mas acordei cedo. Tenho uma atividade, um trabalho voluntário e é aos sábados pela manhã. À noite, trabalho. Então, se quero fazer algo pelo próximo que seja com o sacrifício de algumas horas das minhas manhãs de sábado.
Fui. Acordei às 7h. Tomei banho, café, dei uma passada dólhos nos jornais (sim, no plural: aos sábados recebo a Folha e o Estadão. Gosto, e  daí?) Fui de ônibus e, apesar de tudo demonstrar o contrário cheguei na hora combinada.
Na volta, carona. Fiquei no Shopping. Almocei com a filha do meio. Fizemos uma comprinha básica de super. Em casa às 14h30. Arrumar as compras, ajeitar armários, limpar o pedaço que me cabe limpar diariamente. No meio disso tudo, vejo e-mails, e caio na rede. Facebook, YouTube...e quando percebo, a tarde do sábado já era. Meu plano era dormir a tarde toda pra tentar recuperar as noites mal dormidas da semana. Imagine, estou aqui. São 18h. Quase 12 horas depois de acordar. No maior pique, ouvindo Titãs - Insensível - e com um milhão de outras coisas para fazer. Gatas e cachorrinhas, dormem. Elas, sim, dormem. Profundamente. Que inveja!

Deixando o Rancor de Lado: Cultivando a Liberdade Interior

O   rancor é um sentimento negativo que pode prejudicar nossa saúde mental e nossos relacionamentos. Abaixo, apresento algumas estratégias ...