quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Qual é a sua máscara?

Somos seres do Criador.

Temos o DNA de Deus dentro de nós.

Qual é a nossa kriptonita?

É a desonestidade com nós mesmos.

Isso reduz o DNA que nos foi dado pelo Criador

e nos faz sentir como carne e osso.

É a isso que nos reduzimos,

carne e osso e nada mais.

Nada de espírito, nada de alma, nada.

Temos que atingir um nível para alcançarmos a nossa verdade.

Não existe uma fórmula que possamos todos seguir.

Não existe pílula azul ou vermelha.

Para cada pessoa, o caminho até a Verdade é diferente.

A pessoa lendo isto perto de você tem uma verdade diferente.

Não pense que o caminho vai ser o mesmo.

Não existe Verdade absoluta.

Precisamos ser verdadeiros com nós mesmos

e no que queremos atingir com nossos sonhos,

desejos e metas.

A maioria de nós, se olha no espelho e não se vê.

Não estamos olhando para o que queremos ser.

Não consideramos nós mesmos em um caminho do que queremos ser.

Olhamos para nós mesmos, somos nós, mas e nesse momento que nos vemos,

vemos também quem queremos ser?

Esta nunca é a pessoa refletida.

Com frequência, em algum momento da vida, nós nos vendemos.

Fazemos um outro caminho e escolhemos o outro lado.

E com frequência, procuramos aprovação de outra pessoa.

Começamos a não viver nossas vidas, não viver as nossas verdades,

começamos a viver a verdade deles.

Isto é construído pelo nosso DNA Oponente

em nós para procurar aprovação em outros.

Ao invés de viver a nossa verdade,

vivemos uma realidade que não é a nossa.

Vivemos a verdade do outro em escala,

talvez de nossos chefes no trabalho.

Nós satisfazemos estas pessoas.

Pensamos que isso nos trará uma promoção.

Começamos a seguir um caminho diferente do que deveríamos ir.

Não somos mais autênticos.

Nós perdemos Luz.
Acabamos de pegar a Kriptonita.

Isso nos reduz a nada.

A verdade é, existem apenas duas forças no mundo.

Existe o oponente.

E existe o seu verdadeiro Eu

– sem aprovação, sem a bajulação,

sem fazer coisas por reconhecimento.

Existe uma coisa chamada Síndrome de Estolcomo,

quando o capturado tem uma conexão com o que o capturou.

Estamos tão dentro deste pensamento

de reconhecimento e aprovação,

que pegamos isto até mesmo da pessoa que nos sequestrou.

É assim que o Oponente trabalha em nossa cabeça.

Talvez, estejamos impressionados pelo Oponente,

presos na cadeia.

Ele colocará as pessoas na nossa frente para nos vendermos,

para nos sentirmos para baixo,

para tirar a nossa essência verdadeira.

Ele sempre nos dará oportunidades para cairmos.

Perguntamos a nós mesmos:

- Quem é você, onde você está?

Nos olhamos no espelho e não conseguimos nos reconhecer.

Entramos nesses momentos.

É essa desconexão que nos aliena de nós mesmos e da Luz.

Tudo o que o Criador quer de nós é que sejamos nós mesmos.

É tudo que Ele quer. Não parecer ser tão difícil.

A cada dia, a cada parte de nossas horas,

não somos nós.

Estamos vivendo as coisas de alguém, a fantasia, o que quer que seja.

Mas, se não vivermos verdadeiramente com nós mesmos,

não iremos viver realmente.

Então estamos mortos por dentro.

O que é uma pessoa quando está deprimida?

Ela não tem desejos.

Por quê?

Porque está morta por dentro.

Existe um vazio dentro.

A semente do vazio vem de estarmos nos sentindo desconectados de nossos sonhos,

desconectados de nós mesmos.

Nós temos uma forma de máscara que colocamos.

Todos temos máscaras.

Não existe uma pessoa que não esteja lendo isto que não a tenha.

Não existe uma pessoas em meio a 6 milhões de pessoas no mundo

que não tenha uma máscara.


O que é uma pessoa controladora?

Uma pessoa que está usando a sua fraqueza e insegurança para controlar os outros.

Por que uma pessoa fica com raiva?

Ele ou ela não querem que você fique muito perto.

Esta pessoa está com medo de ficar perto de qualquer pessoa

e criou para si uma concha de raiva.

Todas as pessoas têm uma máscara.

Uma máscara que nos separa da verdade que há dentro.

Não podemos ser felizes,

não podemos nos sentir completos até removermos a máscara.

Tire ela assim como fez Darth Vader no “Retorno de Jedi.”

Finalmente, ele removeu a máscara e dessa forma eliminou a negatividade.

Temos uma concha fora de nós, que desvia as pessoas.

Queremos que as pessoas vejam isto, o que vendemos para todos,

a máscara.

Esta é a nossa Kriptonita, nosso ingresso para o caos.

No fim do dia, tudo o que temos são máscaras e nada mais.

Existe um vazio que vem depois.
A hora é agora.
É tempo de removermos a máscara.
É tempo de arriscarmos e viver a nossa verdade.

Yehuda Berg







segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

To love or not to love

E mais uma vez Walkiria olhava para o nada à sua frente. Os sons se misturavam ao sabor do vento enquanto ela pensava se queria ou se não queria ter novamente um relacionamento, um namoro, um casamento? Não, casamento nunca, jamais. Lembrava de ter ouvido frase semelhante anos atrás de um dos seus ex-maridos quando da separação. "Se não for com você não será com mais ninguém." De fato, ele nunca mais se casou. Porém, passados alguns poucos meses lá estava Roberto com uma de suas dezenas de namoradas pós-divórcio. Algumas Walkiria conheceu outras não. O mais engraçado, ria internamente, era que muitos familiares comentaram à época de sua separação que ela estaria com alguém que seria, portanto, o pivô de tudo. Quanta bobagem, lembrava minha amiga Wal. O tempo passava e ela continuava sozinha. De fato, teve um romance logo no início. Foi buscá-lo no seu passado, nas lembranças de sua adolescência.Procurou o nome dele em listas telefônicas (naquele tempo não havia internet) e procura daqui, liga delá, acabou encontrando a figura. Ele era lindo, ela lembrava: alto, olhos azuis, loiro. Passara alguns anos do ginásio tentando conquistá-lo. A história era até bonita. O irmão dele era apaixonado por ela. Ficou amiga do irmão pra se aproximar do seu objeto de desejo. Isso porque ele nem sabia que ela existia, namorava outras meninas, jogava no time de basquete da escola...conversavam na cantina, mas assim como amigos, junto com todo mundo.Suas amigas davam todo o serviço: ele vem vindo, ele está indo, está sozinho, está com a namorada (uma gorda horrorosa  - não, naquele tempo não existia esse negócio de politicamente correto) e Walkiria planejava o "ataque". Um dia ele ainda vai ser meu, pensava. E um dia ela atacou: pegou o rapaz de surpresa subindo a escada. Pensou em todos os detalhes. Falou com ele estando alguns degraus acima para ficar na mesma altura, olhos nos olhos (e que olhos!). Ele sorriu (e que sorriso) e ela disse: Olha eu sei que você está namorando, mas eu sei ser paciente. Tenho certeza que você ainda vai ser meu. Ele sorriu um sorriso largo e nem respondeu, seguiu para sua sala de aula. Walkiria, destemida, perseverante, não se abalou. Semanas depois haveria a formatura do Tiro de Guerra. Ele estaria lá, em formação. O pai era da corporação, comandaria a solenidade. Walkiria e suas duas melhores amigas checaram todas as informações, dia, hora e local. Estrategicamente Walkiria se colocou na frente do palanque onde estavam os pais do dito cujo, o irmão e, pasmem, a namorada - essa já era outra, mais bonita, alta, mas Wal não se abalava, nem temia que fosse páreo -. Ele a viu. Sorriu. Em formação nem poderia. Mas sorriu aquele sorriso que ela amava. A estratégia dera certo. Dias depois, ela estava sentadinha em sua carteira na classe vazia, aguardando a próxima aula - os demais alunos haviam descido, mas ela, por alguma inexplicável razão ficara - e eis que o seu deus grego entra pela sala carregando um álbum de fotografias.Já entrou sorrindo e abrindo o álbum falou: olha só oq ue você fez. Ela estava em praticamente todas as fotos. Ela estava eternizada nas fotografias do desfile de formatura do seu amado dinamarquês. Eles riram da situação e então veio a surpresa: a pergunta mais importante do ano. Se ela iria ao baile de primavera do clube da cidade. Ela nem sabia o que dizer. Por que ele quer saber? perguntou. Por que eu vou, respondeu. Ah, vai apresentar a namorada aos amigos oficialmente, concluiu minha amiga Walkiria. Não, não estou mais namorando. Aquilo soou como música. Sim, é um lugar-comum, mas e daí? Era isso mesmo, foi uma verdadeira sinfonia de Bethoven! Precisava esclarecer, mas, mas, mas, gaguejou, bom, vocês está só perguntando ou me convidando? Convidando, claro! ele disse com aquele sorriso lindo no rosto. Walkiria respondeu sim, iria (nem sabia como, com que roupa? nem falei pra minha mãe, nem sei quanto custa, mas vou, claro que vou) e assim foi feito.
No dia, ou melhor, na noite do baile, foi. Entrou. O salão propriamente ficava no andar de cima. As amigas já informaram empolgadas: ele está lá em cima. Sozinho? Sim, sim, com uns amigos. Ah, bom, com amigos, pode. Subiu. As amigas atrás. Ele veio recebê-la. Deu um beijinho no rosto e uma bronca: você demorou. Então ele sentiu minha falta, estava ansioso? Ah isso tudo Walkiria só sabe, só entende agora. Naquele dia tudo era mágico. Ele a tirou para dançar (é, era assim, os meninos esperavam uma música lenta e "tiravam" a menina para dançar). Foram. Era engraçado. Ele muito alto, ela baixinha...nem sabe direito como foi, mas ele perguntou: quer namorar comigo? se ela dissesse sim, podia beijar na boca. Imaginem o que ela respondeu? Sim, sim, sim. Dançaram e se beijaram a noite toda. Depois, em casa, nem dormiu. À tarde, ele ligou. Esse era o sinal de que a coisa era séria (já naquele tempo era assim). Namoraram quase um ano. Um amor tão bonito. Namoro na varanda da casa dela, com a luz apagada, ouvindo o som da Tv que vinha da sala e quando dava 10 horas a mãe aparecia na janela avisando que já estava tarde e como era difícil a despedida. E ele descia a rua e andava quase de costas pra continuar a olha pra Walkiria que ficava no portão olhando até ele desaparecer na escuridão da rua mal-iluminada.
Mas um dia, Walkiria entrou da faculdade e imaginou que a partir daí um mundo, um universo se descortinaria e que não poderia estar compromissada com nada nem com ninguém. Não, namoro, sáriodeus grego e ele por ela. Hoje Walkiria acha que era mais ele por ela. Sem dó nem piedade Walkiria acabou com aquilo tudo.Ele corava copiosamente. Até sua mãe foi ver o que estava acontecendo. Até hoje, quando Wal se lembra da cena, sente uma dor no peito, uma dor de culpa, uma dor de remorso. e foi movida por esse sentimento que Walkiria procurou seu loiro dinamarquês quando estava recém-separada. Queria reparar o erro, quem sabe retomar de onde pararam. O reencontro foi lindo. Se beijaram com saudades, se abraçaram, se amaram como que pra compensar 18 anos de ausência. Cada um contou sua vida. E quanto mais ele falava, mais Walkiria se sentia culpada. Porém, a segunda chance não teve também um final feliz. Desta vez, ele deu o fora nela. Seria vingança? Provavelmente. O fato é que Walkiria chorou como nunca chorara por homem nenhum na sua vida. Não conseguia se imaginar sem ele novamente. Mas não teve jeito. Era o fim. Depois ainda se encontraram algumas vezes, escondidos, os filhos de Walkiria não aprovavam aquele relacionamento e seu ex, apesar de ter outras, não admitia que ela tivesse seus romances. Não, não foi por causa desse rapaz que Walkiria terminou seu casamento. Na verdade, seu casamento já havia terminado lá pelo 5º ou 6º ano dos quase 20 que durou.
Depois, Walkiria teve alguns namorados sem importância.Walkiria fugia de controle como o diabo foge da cruz. Quando começavam as cobranças, muitos torpedos, muitas perguntas, patrulhamento ideológico, ela pulava fora. Melhor sozinha. Melhor sozinha. E agora, olhando para o nada, pensava. Passar por tudo isso novamente? Não sabia se queria. Talvez fosse legal ter alguém que se importasse com ela, que ligasse antes de dormir, que perguntasse se chegou bem em casa, se pegou chuva, se dormiu bem...o que almoçou, com quem? Vai demorar? Alguém pra ir num cinema ver o último filme do Woody Allen ou do Coppolla...alguém pra fazer amor, pra fazer carinho, pra ter carinho, pra dar carinho, pra cuidar, pra ser cuidada, alguém pra fazer uma comidinha gostosa, bater um papo despreocupada, beber junto uma garrafa de vinho, dar risada até perder o fôlego; alguém pra escrever um poema, pra ganhar um poema, pra ler um livro antes de dormir; alguém pra dizer bom dia de manhã com mau hálito, com a cara amassada? quem sabe? Pra ouvir o ronco? Pra ouvir o seu ronco? dividir o banheiro? a cama? o cobertor? se não fosse todos os dias, quem sabe? Walkiria não sabia. Não ainda.

A morte não separa os corações

Sexta-feira 3, meu ex-sogro faleceu. Seo Antônio foi um sogro bacana. Não interferia, não dava palpites. Ajudou sempre que possível. Sempre foi um homem simples e correto. Falava o que pensava. Aparentemente estava sempre de boa comigo. Se tinha diferenças, não fiquei sabendo. Quer dizer, houve um tempo, logo após a separação, me deram uma informação que, no final das contas, provocou um afastamento desnecessário. Passei boa parte desses dez anos de divórcio sem visitá-lo e sem conviver com ele por conta dessa informação. Agora, quando ele esteve internado num hospital aqui em São Paulo, já bastante adoentado, perguntei ao meu ex se eu poderia visitá-lo. Embora minha consciência e meu coração estivessem tranquilos eu não queria causar nenhum constrangimento, principalmente para alguém acamado. Meu ex informou que não haveria problema. E assim, depois de 10 anos, reencontrei seo Antonio, magrinho, mais envelhecido, mas a mesma carinha, o mesmo sorriso e o bonezinho na cabeça que ele tanto gostava de usar. Me recebeu sorridente como se ontem estivéssemos juntos. Conversamos animadamente. Ele estava com esperanças de ter a saúde recuperada com a cirurgia que deveria sofrer. Fez planos de voltar a pescar - coisa que adorava, mas que ultimamente havia abandonado -. O Rafa se animou também e disse que sempre quis ir pescar com o avô. Mas, ele não resistiu à cirurgia. Eu o visitei duas vezes durante os 30 que esteve internado. No sábado fomos ao velório e enterro. Revi muitas pessoas que, confesso não me lembrava mais o nome. Mas, incrível, elas lembravam do meu! Não sabia que algumas daquelas pessoas tinham tanto apreço por mim, não imaginava que deixara tão boa impressão. Era como se o hiato de 10 anos não tivesse existido. As pessoas, vinham e abraçavam com aquela simplicidade que só quem é e mora no interior tem, e diziam palavras de conforto, convidavam para voltar à casa delas em outra ocasião, mais alegre...vários convites recebi.  Outras disseram: "Nossa, outro dia mesmo estávamos falando de você, lembrando disso e daquilo", outras me perguntavam se eu me lembrava disso e daquilo...De algumas lembrei, de outras, não...mas coisas boas...que bom, que no fim, prevalece o bom. Engraçado, como a morte, apesar da dor, pode aproximar pessoas que não se veem há tampo tempo. Engraçado constatar que, apesar da distância física, os corações ainda estavam próximos.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

O abismo que nos une

Sempre que alguns amigos a convidavam para sair e se divertir lá vinha a sensação de culpa. Primeiro a obrigação, segundo a obrigação, terceiro, a obrigação. Sem sofrimento não há progresso. Assim educaram a minha amiga Wal. Então, naquela tarde os colegas de trabalho a convidaram para jogar sinuca num bar da Lapa e beber umas "brejas" enquanto reencontravam outros amigos e se despediam do ano que já estava no fim.
Walkiria ficou com muita vontade. Mas....sempre o mas....e os filhos que a aguardavam em casa? e a grana que, afinal, ia gastar e que, afinal não estava assim sobrando, e...será que teria carona para voltar? Primeiro, Walkiria enxergava os empecilhos.Fora educada assim. À parte a educação, alguns outros fatos de sua vida corroboravam nesse momento para reforçar suas convicções. Errôneas e bem arraigadas. Walkiria pensou, pensou....e lembrou de uma outra época, anos atrás, que era tão feliz...saía com os amigos sem culpa apesar de os filhos serem menores, e tudo dava certo. Por conta da falta de culpa e da falta de medos bobos e infundados conhecera muitos restaurantes bacanas, participou de conversas memoráveis... Divertiu-se sem preocupação. Nessa época Walkiria tinha carro. Um carro bacaninha, quatro portas, seminovo, filmado, travas e vidros elétricos. Um carro que levava Walkiria aonde ela quisesse. Walkiria, nesses tempos, não tinha receio de passar às duas da manhã na avenida que cortava a maior favela de São Paulo. Ela ia que ia, toda faceira, cantando suas músicas preferidas. Nunca sofrera nenhum tipo de acidente, nem assalto, nem pneu furado. Nada. Ia despreocupada de volta para sua casinha com chuva ou sem chuva. Nem enchentes nem alagamentos enfrentava. Milagrosamente.Então, por que agora minha amiguinha colocava tantos mas antes de suas frases, antes de seus desejos, antes de suas vontades, antes de seus sonhos?
Seria porque justamente no meio daquela fase as coisas começaram a não dar muito certo? Ela me contou que resolvera vender aquele carro, cuja prestação estava um pouco alta para o seu orçamento, e dali a alguns meses, quando recebesse a restituição do seu Imposto de Renda, daria entrada num outro veículo, com uma prestação mais ajustada às suas contas. Porém, (e talvez por causa desse porém Walzinha adquiriu outros mas e poréns) quando chegou em casa a pé, levou um superpito de sua filha mais velha que lhe disse poucas e más sem dar a ela nenhuma chance de defesa. Mais uma vez, Wal se calara, como tantas e tantas outras vezes fizera em sua vida desde quando era bem pequenininha (só que nessa época, ela desconhecia esse sistema que só agora a terapia havia revelado). A filha despejou sobre ela todos os medos que eram dela, filha, e Wal absorveu tudo calada, pior do que calada, vexada, pior do que vexada, humilhada. Wal queria explicar: não, filha, eu vendi agora porque está difícil pagar, mas daqui a alguns meses comprou outro com a restituição do IR...mas a mocinha não deu trégua. Disse que ela não sabia conduzir a própria vida, que era irresponsável, que não planejava nada em sua vida (mas, mas, tentou dizer) e terminou com a frase que nunca mais Walkiria esquecera, a frase-sentença, a frase-guilhotina: sabe quando você vai conseguir outro carro igual a este que você acabou de vender? nunca mais!
Wal não tem certeza se a filha disse o que disse da boca pra fora, apenas no calor do desespero por ver a mãe a pé e todas as dificuldades decorrentes disso. O fato é que daquele momento em diante, como uma mágica ao contrário, sua vida foi se esvaindo, perdeu o emprego, a alegria, a segurança e a restituição, quando chegou, não pôde ser usada para comprar seu sonhado carrinho porque teve de ser usado para pagar contas e a bola de neve de azares cresceu tanto que engoliu minha amiguinha levando-a ladeira abaixo, carregando junto sonhos, vontades e desejos. Minha amiga ficou seis anos sem um emprego fixo. Foram seis anos contando moedas para comprar pão no final da tarde que garantiam não passar fome até a hora de dormir. Moedas muitas delas surrupiadas do cofrinho de moedas juntadas desde a infância por essa mesma cria que, por decreto, ainda que involuntário, talvez inconsciente e inconsequente jogou a mãe de ego frágil para o patamar mais baixo que ela poderia suportar. Seis anos dependendo da boa vontade de amigos para pagar contas, para emprestar dinheiro até para comprar papel higiênico. Seis anos se achando incapaz, incompetente, impotente. Wal se nutria do pão que o diabo amassou e como prêmio ganhou uma anemia e várias hemorragias. Para que viver? era o recado que ela dava sem ter consciência, para o universo. Para completar, o distanciamento que se deu entre elas a partir da venda do carro se tornou abissal. Oito longos anos se passaram desde então e Wal ainda não conseguiu comprar um carro, exatamente como previra sua filha. Walkiria acredita que um dia ainda vai comprar novamente um carro. E aos poucos superar o Grand Canyon que se abriu entre elas.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

E se?

Você tem certeza do que vai acontecer quando morrer?
Como será partir desta, e por que dizem "para uma melhor"? Quem garante será melhor? E se eu gosto da minha vida, gosto de viver aqui, porque seria "uma melhor" morrer?
E se o "Nosso Lar" estiver certo? e se estiver errado? E se não existir nada ou e se existir o nada? Como será viver no nada? Allan Kardec escreveu à exaustão sobre o tema e ainda existem milhões de pessoas que não acreditam numa linha do que está contido em O Livro dos Espíritos, Gênese, Céu e Inferno....budistas e hinduístas acreditam que podemos renascer como formigas, pulgas, bois, ratos, peixes...e se for assim mesmo? teremos consciência disso? seremos um gato filósofo? uma aranha hermetista? e se existir o céu como os católicos tanto apreciam? e São Pedro com sua chave mestra, e o Diabo tomando conta do Inferno...e os anjinhos tocando flauta? Como as flautas ou harpas (tem gente que fala que não é flauta, que são harpas, enfim) chegaram lá no céu? Quem levou? De que material são feitas? Teremos espíritos samaritanos nos ajudando na passagem? Existe um espírito auxiliar para cada ser humano encarnado? Tipo Nicolas Cage em "Cidade dos Anjos"? Até pra traficante? Traficante tem mentor? O que faz o mentor de um assassino? Chora? Lamenta? Se sente um fracasso? E de político corrupto? O que sente o mentor de um corrupto, e de um pedófilo, de um estuprador? Somos consciências divinas e para onde vai essa energia que nos anima aqui neste planeta? Do pó viemos? Do pó cósmico, sim, viemos e para lá iremos? Por que é tão difícil amar ao próximo? por que é tão difícil amar a si mesmo? Por que tem gente que acredita em deus, em deuses, em santos, em ídolos (de barro, da música, do cinema) e não acredita em si mesmo? E. afinal, Deus é homem? É mulher? É as duas coisas? E se for? Deus é quem ou o que? E se...

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

The water

A água está presente em 70% do planeta, 70% do nosso corpo. Nos oceanos estão 97.5% de toda a água da Terra, mas é uma água salgada, portanto, imprópria para beber, tomar banho etc. A água doce, isto é, com salinidade próxima a zero, é uma pequena fração dos recursos hídricos do planeta. Fora isso, do pouco que existe, quase 70% da água doce está congelada e 30% é subterrânea. Apenas 0,3% da água doce disponível está em rios, lagos e represas. Agora vejam: 70% dessa pouca água irriga as plantações e hidrata o gado, ou seja, aquele bife que vai para o nosso prato (não mais para o meu, mas ainda vai para o prato de uma porção de pessoas) consome a maior parte da água disponível no planeta e que poderia ter outro destino. As indústrias, sempre tidas como as grandes vilãs do desenvolvimento, consomem 20% dessa mesma água boa e nós, pobres mortais, em nossa residência, utiliza os apenas 10% do H2O potável.
Com tanta água salgada dando sopa (sem trocadilhos) a primeira coisa que vem à cabeça é: então por que não dessalinizamos os mares? Bom, primeiro porque isso tem um custo, mas mesmo assim já existem 300 milhões de pessoas que moram na Espanha, em Chipre e na Austrália que consomem 60 bilhões de litros de água dessalinizada diariamente. (fonte: National Geographic, abril, 2010). Segundo, porque em vez de procurarmos alternativas caras o que deveríamos é ter mais consciência e gastar menos água, ou melhor, desperdiçar menos água. Ainda deixamos a torneira da pia do banheiro aberta enquanto escovamos os dentes? Ainda deixamos a torneira da pia da cozinha aberta no máximo enquanto lavamos a louça? quantas vezes por semana usamos a máquina de lavar? reutilizamos a água da máquina para lavar o quintal ou a garagem ou o banheiro? usamos a mangueira como vassoura para limpar a calçada? tomamos banho demorados? - mais de sete minutos?
Se respondemos sim a alguma dessas perguntas acima, sim, ainda desperdiçamos muita água boa.
Não. Não é só responsabilidade nossa. Acredito que o poder público tem sido omisso. Por exemplo, por que as prefeituras não implantam descontos progressivos no IPTU para quem atingir uma determinada faixa de consumo mínimo de água? Por que as prefeituras não obrigam os novos condomínios residenciais a instalar sistemas de reaproveitamento de águas de chuva para utilização no vaso sanitário, lavagem de garagem e jardins? E, ao mesmo tempo, também poderiam dar algum tipo de incentivo fiscal.
Enfim, sozinhos, individualmente, nossa contribuição é pouca, mas não pode ser desprezada. Mas podemos deixar de ser acomodados e procurar aquele vereador que ajudamos a eleger (se é que nos lembramos de quem foi?), ou o deputado estadual, federal, senador, ou mandar um e-mail se não for possível falar pessoalmente com a criatura, e cobrar dele uma atitude, um posicionamento, um projeto. Esse pessoal também precisa ser lembrado constantemente que está onde está porque foi eleito, tem seu salário gordo e polpudo pago com nosso rico e suado dinheirinho.
Muito ainda se pode fazer em relação à água, em relação ao lixo (outro grande problema) que merecia uma atenção tão grande ou maior do que a que se está dispensando agora, por exemplo, a esse caso dos traficantes no Rio de Janeiro que, me desculpem os crentes inocentes, só está acontecendo porque em algum momento algum acordo não foi cumprido. Quem viver verá!

LEMBRE-SE DA QUANTIDADE DE ÁGUA NECESSÁRIA PARA A PRODUÇÃO DESTES ITENS, NA PRÓXIMA VEZ QUE FOR CONSUMI-LOS:
carne de frango: 3.900 litros por quilo
maçã: 70 litros por unidade
uma folha de papel: 10 litros
camiseta de algodão: 2.700 litros por unidade
carne de porco: 4.800 litros por quilo
arroz: 3.400 litros por quilo
pão: 1.300 litros por quilo
queijo: 5.000 litros por quilo
carne bovina: 15.500 litros por quilo
calça jeans: 11.000 litros por quilo
laranja: 50 litros por unidade
couro bovino: 16.000 litros por quilo 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Vegetarianismo

Desde maio não sinto vontade de comer carne vermelha. Não consigo, não vai. Nem presunto, salame, embutidos em geral. Já não era muito fã de embutidos mesmo. Hoje, não consegui comer uns pedacinhos de frango que havia cozinhado com abobrinha e milho verde. Comi só os vegetais. Até o cheiro da carne me enjoou. O que será isso? Tenho por meta ser vegetariana, mas ainda como ovos e leite de origem animal. Gosto de queijos, requeijão, gelatina...então, tenho consciência de que há ainda um longo caminho a percorrer. A notícia boa é que já estou no caminho.

Reencontros

Numa tarde de um dia qualquer de 2008 o telefone tocou. Atendi e do outro lado uma voz feminina pedia para falar comigo. Confirmei que era eu mesma e a moça falou: sou eu, a Margareth da Folha de São Paulo, que trabalhou com você, lembra? Lembrei imediatamente! Como poderia me esquecar daquela moça andava de moto, sempre de jaqueta de couro, sorridente, de óculos à lá John Lennon que despertava ciúmes no meu namorido, também jornalista e revisor da Folha?
Ela estava me convidando para um almoço que pretendia reunir os quase 100 revisores que passaram por lá até os estertores em janeiro de 84 (ou foi fevereiro?). Bom, Margareth conseguiu seu intento: no primeiro reencontro reuniu praticamente todos os remanescentes vivos. A gente levava um susto às vezes, não reconhecia esse ou aquele e  depois fiquei mais aliviada por não reconhecer vários que, na verdade, haviam saído bem antes de eu entrar. Fui pra Folha em maio de 83. Saía de um casamento fracassado com uma filha bebê - Raquel tinha 10 meses - e precisava sustentá-la de alguma forma. Quem me levou pra Folha foi a Rute, na época, esposa do Coimbra, que havia sido meu professor na faculdade Metodista onde estudara jornalismo. Coimbra me avisou: a revisão da Folha está fechando. Mas a Rute achou que pelo menos mais um ano funcionaria e que eu precisava cuidar da menina, enfim, topei. Fiz o teste (ela me emprestou o Manual da Folha) e alguns dias depois o Carlinhos - nosso eterno chefe - me chamava para conversar. Disse que eu e um outro rapaz (cujo nome não me recordo) havíamos passado no teste, mas que ele ia dar a vaga para mim por causa da minha filha (ele vira naquela ficha que a gente preenche e tal).Essa foi a nossa conversa. Logo estava eu lá naquela revisão enorme cheia de gente que eu nunca tinha visto. Entrava às 21h00. Como eu era nova, ninguém queria fazer dupla comigo. Ia lá pra "cozinha" como era chamada uma salinha nos fundos com uma mesa e várias cadeiras em volta onde os boys despejavam os "mortinhos" (sessão de fúnebres) e os "navios" (tabelas gigantes do jornal "Cidade de Santos" com as chegadas e partidas dos navios). Lá pelas tantas, o pessoal da elite que entrara mais cedo, saía e aí o pessoal da cozinha podia ir para o salão principal fazer dupla com alguém. A Rute sempre me dava uns toques: vai com fulano, vai com sicrano...e foi assim que um dia ela me apresentou ao tal do Soldera, que depois virou meu marido. Trabalhávamos sábados e domingos. Aos sábados entrávamos ao meio-dia. Aos domingos às 18h. Eu folgava às terças, coincidentemente o mesmo dia que o tal do Soldera o que depois, facilitou o namoro, a procura por um apê pra dividir, etc. Fomos em várias festas. O pessoal da revisão era muito animado pra festas em geral. Tínhamos 20 e poucos anos. Nessa idade, não faltam motivos pra se comemorar. Ficávamos no bar em frente, o bar do seu Ribeiro, depois do expediente, às vezes até amanhecer. Íamos a pé pra casa - morávamos na Conselheiro Nébias esquina com a Nothmann - e éramos muito felizes. Depois, engatei um trabalho à tarde numa revista sobre informática e como precisava levar minha filha pra morar comigo - porque por causa do meu horário maluco ela ficava com a minha mãe, embora eu fosse à casa dela todos os dias, dormisse a hora que fosse - porque o meu ex, pai dela ameaçara tirar a guarda de mim, pedi pro Carlinhos me demitir. Isso foi em janeiro de 84. Em fevereiro, a revisão acabou.
Graças à iniciativa da Marhareth - que depois de sofre um grave acidente com sua moto e de ter ficado entre a vida e a morte vários dias, e de ter optado pela vida, nunca mais andou de moto - reencontramos os ex-colegas.
O encontro mais recente aconteceu no dia 20 de novembro. Depois, conto mais histórias desse grupo. São várias.

domingo, 14 de novembro de 2010

Estávamos certos e não sabíamos

As sacolinhas de plástico oferecidas pelos supermercados existem há uns 30 anos mais ou menos. Eu me lembro que  quando eu era criança isso não existia. Minha mãe, meu pai iam ao mercadinho da esquina ou à feira munidos de uma sacola enorme feita de lona. Muita gente usava carrinhos nas feiras - esse imbatível objeto que atravessou o século 20 merecia um estudo! -. Aliás, quando eu era criança, pra vocês terem uma ideia do quanto sou antiga, nem supermercado existia na região do ABC. Em Santo André - que sempre foi uma cidade mais cosmopolita - o mais parecido com supermercado era a cooperativa da Rhodia, hoje Coop e hoje com quase dois milhões de sócios. Me lembro que ia lá com a minha madrinha quando passava o fim de semana na casa dela. Era uma bagunça incrível. Tudo meio misturado. Parecia uma feira com empório. Mas era legal, eu adorava ir lá porque minha tia comprava coisas que só lá eram vendidas. Naquela época a cooperativa era fechada, exclusiva para funcionários da Rhodia. Minha tia comprava lá porque meu tio trabalhava na Rhodia. Um outro tio meu, funcionário da Coral, comprava numa outra cooperativa: a da Volkswagen que não era assim tão fechada, já que meu tio não trabalhava na montadora e comprava lá. Na despensa da casa dele também sempre havia coisas diferentes das que eu estava acostumada. Tipo: Ovomaltine, patê de presunto, castanha de caju em latinha...Eles compravam as coisas e levavam pra casa em caixas de papelão. Não haviam embalagens de espécie alguma. Quem tinha carro se virava bem. E quem não tinha? 
Atravessou o século 20
Não sei. Acho que levavam carrinhos de feira e as sacolas de lona. Nunca prestei atenção porque meus tios tinham carro, então não me ligava no problema até porque meus pais, como disse, não compravam nesses locais. Perto de casa tinha o mercadinho do seu Onofre, uma quitanda que sempre mudava de dono, uma padaria...e a feira, duas ruas pra baixo de casa. O essencial. Novidades meu trazia do centro da cidade quando voltava do trabalhoo. Na mão, embrulhado em jornal - hoje em dia dizem que é anti-higiênico embrulhar comestíveis em palpel de jornal, mas naquela época era assim que as coisas funcionavam e ninguém morria por causa disso. Enfim, fora isso o primeiro super que eu vi foi um Peg-Pag que havia no largo do Cambuci, em São Paulo, onde morava uma professora que era amiga da minha mãe - e eu apaixonada, namoradinha, do filho dela, o Renato Felini, lindo de matar! todos os anos fomos os noivinhos da quadrilha junina no Externato Nossa Senhora do Carmo onde estudávamos -. E eu achava muito chique fazer compras naquele tal de Peg-Pag com suas prateleiras todas arrumadas, com aquela infinidade de shampoos de marcas famosas que anunciavam na TV - sim, já existia a TV quando eu era criança, preto e branco claro, mas estava lá na sala quando eu nasci -. Nesse lugar as mercadorias eram colocadas em pacotes de papel bem grosso, parecidos com as embalagens de cinco quilos de açúcar e de arroz da época que também eram feitas de papel reforçado e tinhas uma costura na borda.
Mais tarde, quando me casei pela primeira vez fui morar na alameda Santos em São Paulo - é...já tive meus momentos, leitores - e ali, na Santos, atrás do Conjunto Nacional havia um super (isso foi no início dos 80) chamado Barateiro, mas não era esse Barateiro que hoje pertence ao Pão de Açúcar. Na época, o Barateiro tinha um certo glamour, havia algumas lojas, não era parte de uma grande rede...enfim, ali, as mercadorias também eram colocadas em grandes sacos de papel grosso. Eu saía do super me sentindo a Diane Keaton chegando em casa em Manhattan com seus pacotes de supermercado. Aliás, nos filmes americanos até hoje as pessoas chegam em casa carregando pacotes de papel. Parece que a febre das sacolas de plástico só atingiu o terceiro mundo.
Depois, já no segundo casório, morava próximo à Santa Cecília e ali, na rua das Palmeiras também tinha um Barateiro antes de ser vendido ao GPA. O inconveniente dos pacotes de papel era que, se por acaso você comprasse algo úmido como frios ou carne, o pacote rasgava, ou caso você colocassae mais coisas do que o papel conseguia suportar, ou se alguma das mercadrias possuísse uma ponta, todo cuidado era pouco. Era necessário ser organizado e meticuloso na hora de ensacar a mercadoria, senão você corria o risco de chegar na calçada e ver tudo escorrer pelos seus braços - aliás, cena bem comum na época, diga-se de passagem. Talvez por isso nessa mesma época os supermercados mantinham meninos empacotadores nas pontas dos caixas. Algunes eram verdadeiros especialistas na arte de empacotar sem rasgar a embalagem.
Muito bem, as sacolinhas chegaram e eu nem percebi exatamente quando foi mas sei que eu e milhões de pessoas adotamos as tais vilãzinhas sem pensar. Ninguém, ninguém falava nada contra a talzinha.
As ecobags vão nos salvar?
Hoje em dia, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estima-se que o Brasil consuma, por ano, cerca de 12 bilhões de sacolas plásticas tradicionais. Para modificar esse quadro, o Instituto Nacional do Plástico (Inp), a Associação Brasileira das Indústrias de Embalagens Flexíveis (Abief) e a Plastivida criaram, em 2007, o programa de Qualidade e Consumo Responsável de Plástico. Com amplitude nacional, houve um incentivo ao uso de ecobags e sacolas mais resistentes. Como resultado para as redes que aderiram, já no primeiro ano houve uma redução de 19,9 bilhões no consumo de sacolas e em 2010 estima-se uma diminuição de 14 bilhões.
Em 2008 foi criada uma certificação pelo Inp concedida aos produtores de sacolas para que eles cumprissem as normas da ABNT e fizessem uma sacola mais resistente. “Nós também incentivamos o uso das ecobags. Mas a adesão depende de uma mudança na cultura e um custo acessível”, diz Paulo Dacolina, presidente do Inp.
(fonte: Bruna Bessi, iG São Paulo |13/11/2010 05:30).
O problema é que essas danadinhas estão indo pros esgotos, pros bueiros e, consequentemente, para os rios, mares, oceanos e para as barriguinhas de tartarugas, pinguins, focas que as confundem com comida. Poluem e matam. Pois bem, precisamos voltar ao passado. Não acho que seja uma questão de cultura, a mudança de hábito, mas sim de esclarecimento, porque a cultura existia e não faz assim tanto tempo. Não sei exatamente em que momento perdemos isso. Mas é urgente que se resgate essa consciência e se diminua esse consumo. Já faz algum tempo que eu uso as sacolas de lona, caixas de papelão...mas estou londe de ter conseguido abolir completamente as sacolinhas de plástico, infelizmente. Estou me esforçando.

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