Um mergulho no repertório mais estranho, profundo, eclético, divertido, dramático e pungente. Um mistério que nem Freud nem Lacan conseguiram definir... o que é uma mulher? o que quer uma mulher?
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Os sem-diploma
O sr. Gilmar Mendes e seus companheiros de tribunal acabaram, numa penada, com a obrigatoriedade do diploma para jornalistas.
Não vou me estender sobre este assunto tão desgastante. Quem desejar mais informações, por favor, dirija-se ao site de notícias mais próximo.
Eu sei que eu sou jornalista, diplomada, estudei pra caramba, fiz pós, fiz mestrado na ECA da USP, e sou obrigada a concordar que nenhuma das minhas três graduações garantiu-me emprego na área ou um bom salário.
Além de trabalhar como jornalista, a maior parte do tempo, também já fui empresária dona de loja (o Romildo e a Romilda conheceram minha "lujinha", era bonitinha), dei aulas de História e Geografia para um curso supletivo, tive empresa de assessoria de imprensa, escrevi em coluna social com pseudônimo e tudo, vendi bonecos de pelúcia de porta em porta, fui secretária de Apae (e quando o motorista faltava eu dirigia a Kombi da instituição que transportava as crianças), vendi (ou melhor, tentei vender) suco de aloe vera (babosa, para os íntimos), organizei chás beneficentes para a primeira-dama do prefeito de Boituva, tomei chá com Alaíde Quércia e Kika Fleury (aliás, diziam que eu era a cara dela, na época) no Palácio dos Bandeirantes, fui jurada de desfile de moda e concurso de Miss, fui vendedora de piso laminado, carpetes, tapetes, jogos de enxovais, louças e presentes na Lucas Martin, escrevi normas técnicas e fiz auditorias de processos hospitalares no Beneficência de Santo André. Ah! e estive desempregada nos intervalos entre uma coisa e outra.
Agora, se eu pudesse faria mais umas duas faculdades (História e Filosofia). Talvez um dia ainda faça. Adoro estudar, saber, conhecer.
Bom, a verdade é que agora, os jornalistas que virão por aí, estarão na mesma categoria do nosso querido presidente: a de os sem-diploma.
Deve ser motivo de orgulho para alguns.
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2 comentários:
Impossível não ver que a decisão do STF foi a resposta que os intocáveis encontraram para se contrapor às sucessivas denúncias da imprensa. Amiga, Gilmar Mendes e Cia jamais poderiam deixar passar a oportunidade da vendetta. Cabe-nos agora reaprender como se organizar e lutar por nossos direitos.
Aliás, uma graça seu blog, tanto quanto você. Bjinho daquela que o tempo e a distância não fizeram eu te esquecer.
Vera Alves
Querida Amiga;
Dificil entender e aceitar que após anos de estudo, especialização, voce fica "sem diploma"
Quando vi a reportagem lembrei muito de voce, mas que essa decisão do tribunal não seja motivo de desânimo, "com diploma" ou "sem diploma" a classe jornalistica é VENCEDORA!!!!!!!!
E voce é uma delas.
Bjs
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